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“A seta está para cima”

21-09-2016 | 03:57
Por Liga Nacional de Basquete

Vice-presidente de Marketing, Estratégia e Integração da NBA no mundo, brasileiro Gustavo de Mello fala sobre parceria com LNB e evolução do basquete no Brasil

Maior liga esportiva do planeta, a NBA tem um brasileiro à frente de seu departamento de Marketing: o carioca Gustavo de Mello. Desde 2015 exerce o cargo de Vice-presidente de Marketing, Estratégia e Integração da liga norte-americana no mundo, o executivo concedeu entrevista ao site da LNB durante a segunda edição do NBB MKT Summit, na última terça-feira, em São Paulo (SP).

Natural do Rio de Janeiro (RJ), Gustavo é formado em publicidade na ESPM e Jornalismo na Cásper Líbero, ambas na capital paulista. Depois, rumou para os Estados Unidos, onde fez mestrado em Marketing na Northwestern University, em Chicago. Ainda em solo norte-americano, construiu grande histórico no mercado publicitário, inclusive tendo liderado a estratégias globais de McDonald’s, Pepsi e State Farm.

+Saiba mais: Com “magia no ar”, NBB MKT Summit 2016 é realizado em São Paulo

O executivo chegou à NBA por convite de ninguém menos que Pam El, atual Vice-Presidente Executiva de Marketing da NBA e uma das 25 mulheres negras mais influentes do mundo esportivo, que trabalhava na State Farm. Junto dela, Gustavo palestrou na primeira edição do NBB MKT e mostrou um pouco de seu trabalho na liga norte-americana.

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Gustavo de Mello palestrou na 1ª edição do NBB MKT, em 2015, e também compareceu ao evento neste ano (João Pires/LNB)

Durante a edição de 2016 do evento, Gustavo de Mello bateu um papo com o portal da LNB e abordou diversos assuntos, dentre eles a parceria entre NBA e LNB e a evolução da aliança e seus resultados. Além disso, falou também sobre o próprio NBB Marketing Summit e um panorama geral da popularidade do basquete no Brasil. Confira:

Confira o bate-papo exclusivo com Gustavo de Mello, VP de MKT, Estratégia e integração da NBA:

Parceria LNB-NBA

“Se nós (NBA) não acreditássemos realmente no basquete brasileiro, não estaríamos aqui. A NBA é uma empresa, mas não decidimos um investimento baseado somente no retorno deste investimento, existem vários valores envolvidos: sociais, pessoais, humanos e etc. Mas é um negócio. Não somos parceiros da LNB porque gostamos do Brasil ou porque eu sou brasileiro. Fizemos a parceria porque temos uma oportunidade de negócio. E a LNB vem provando a cada temporada a capacidade de entregar essa evolução”.

Evolução

“Ainda temos um longo caminho pela frente e vimos isso hoje, no NBB MKT Summit. Alguns números apresentados ainda são relativamente pequenos, mas eles são, como dizemos em inglês, ‘the arrow is pointing up’, que quer dizer ‘a seta está apontando para cima’. Temos um movimento para cima. E isso que é importante para a gente. Acho muito legal porque o país tende a crescer. Cresci com basquete, e também com futebol, mas é muito bom ajudar uma parte tão importante da minha infância. Agora a parte pessoal e a parte profissionais estão juntas para mim e isso é muito bom”.

NBB MKT Summit

“O evento foi muito legal. A apresentação do Emilio (Collins) mostra coisas que a gente geralmente divide por trás das quadras, como a parte da operação, ensinando como fazemos. Coisas que são muito úteis para a LNB. Hoje ele (Emilio) mostrou muitas coisas importantes. E os que estão de fora puderam aprender também como a própria LNB faz as coisas. Conversamos sobre isso o tempo todo. Esse tipo de valorização do profissionalismo da estrutura é muito importante e espero que ajude muito o basquete brasileiro”.

Basquete no Brasil

“Há um nítido movimento muito positivo em cima do basquete ultimamente. A gente não vê outros esportes com competição por aqui. Recentemente fizemos um estudo global que mostra que o coração do fã de esporte é muito grande. Tem lugar para mais um esporte, claramente. Mesmo onde o basquete é líder os fãs gostam de outros esportes, onde o futebol é líder somos segundo ou terceiro esporte. Nosso super fã é super fã de outros esportes também. Temos que entender que a relação de amor a cada esporte não é exclusiva. Mas cada esporte transmite uma mensagem, e acho que o basquete brasileiro tem mandado uma mensagem de muito profissionalismo, envolvimento com a sociedade, que não vemos muito no Brasil”.