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Mundial de Clubes

Bagagem de valor

21-09-2015 | 10:57
Por Liga Nacional de Basquete

Capitão do Pinheiros no Mundial de 2013, armador Paulinho Boracini usará sua experiência para ajudar o Bauru a chegar ao topo do mundo contra o Real Madrid

Recém-chegado ao Bauru, Paulinho é o único atleta do elenco que já disputou uma Intercontinental (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Recém-chegado ao Bauru, Paulinho é o único atleta do elenco que tem a disputa de uma Intercontinental no currículo (Luiz Pires/LNB)

Com a conquista da Liga das Américas na temporada passada, o Paschoalotto/Bauru conquistou o direito de disputar o título da Copa Intercontinental diante do campeão da Euroliga, o Real Madrid (ESP), nos dias 25 e 27 de setembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP). Mesmo sem ter experiência neste tipo de competição, a equipe bauruense contará com um reforço dentro de quadra que já viveu esta situação: Paulinho Boracini.

Contratado pelo Dragão no início da temporada 2015/2016, o armador de 30 anos chega com experiência de já ter disputado um Mundial de Clubes por sua ex-equipe, o E.C. Pinheiros, no ano de 2013, quando enfrentou o tradicional Olympiacos (GRE), então campeão da principal competição do Velho Continente. Na ocasião, o título ficou com os gregos, que venceram as duas partidas realizadas em Barueri (SP), por 80 a 71 e 86 a 69.

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Dentro de quadra, Paulinho, que foi o capitão do Pinheiros na histórica participação no Mundial, bateu de frente com alguns dos melhores jogadores da Europa, muitos deles da seleção da Grécia, como os renomados Vassilis Spanoulis, Georgios Printezis, Vangelios Mantzaris, Stratos Perperoglou e Kostas Sloukas, além do esloveno Mirza Begic, do belga Matt Lojeski e dos gigantes norte-americanos Bryant Dunston e Brent Petway.

“Os jogos contra o Olympiacos foram os mais importantes da minha carreira e foram bem difíceis. Lembro que uma semana antes já estávamos em concentração nos preparando, pois sabíamos que mesmo dando nosso melhor não seria fácil. Um time campeão da Euroliga tem que ser respeitado como um dos melhores do mundo. O Real Madrid vem com um elenco forte há anos isso os faz mais entrosados e confiantes”, contou Paulinho, que terá ao seu lado outro ex-pinheirense que participou da Intercontinental em 2013, o ala/pivô Rafael Mineiro.

Recém-chegado ao Bauru, Paulinho é o único atleta do elenco que já disputou uma Intercontinental (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Paulinho já disputou 8 partidas pelo Bauru no Campeonato Paulista (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Agora, o cenário será talvez ainda mais complicado, pois diversos jogadores de nível NBA estarão em quadra, como os espanhóis Rudy Fernandez e Sergio Rodriguez, o mexicano Gustavo Ayón e o argentino Andrés Nocioni, todos eles com passagens pela maior liga do mundo, além do armador Sergio Llull, titular da seleção da Espanha e que recentemente recusou uma proposta milionária do Houston Rockets, e do lituano Jonas Maciulis, capitão do selecionado de seu país.

“Acredito que serão jogos de muita intensidade e sem moleza. Às vezes sai um titular e o que entra no lugar dele é melhor ainda. Mas acredito que tantos nomes de peso só representa um desafio maior para cada um de nós durante esses jogos. Todo atleta sonha em estar participando de um Mundial e eu fico muito contente de poder jogar pela segunda vez em três anos”, declarou o armador, que contra o Olympiacos anotou respectivos 11 e 8 pontos nas duas partidas.

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Paulinho Boracini, do Pinheiros

Paulinho em ação contra Kostas Sloukas, do Olympiacos e da seleção da Grécia, durante o Mundial de Clubes de 2013 (Luiz Pires/LNB)

Com passagem pelo basquete da Itália, Paulinho Boracini é um dos poucos atletas do elenco do Bauru que possui experiência na Europa. Além dele, o pivô Rafael Hetthsheimeir, que jogou nove anos na Espanha e inclusive atuou no próprio Real Madrid, o ala Alex Garcia, que passou pelo Maccabi Tel-Aviv (ISR), assim como Murilo Becker, que também jogou na Bulgária, e Jefferson William, que já se aventurou no basquete da Hungria.

“Ter essa experiência só vai me trazer mais tranquilidade para poder ajudar minha equipe. O Bauru está cheio de grandes nomes e alguns já jogaram contra esses caras que iremos enfrentar. Vamos juntar toda nossas experiências para fazer os melhores jogos possíveis”, salientou Paulinho, que aproveitou para apontar as principais diferenças entre o basquete europeu e o brasileiro.

“Na Europa a intensidade que se joga é muito grande tanto que é difícil você ver jogadores que ficam 30 minutos em quadra. Acho que eles têm uma paciência muito grande no ataque e executam o que planejam para as partidas. No Brasil muitas vezes na primeira dificuldade já saímos da jogadas ou do plano de jogo. Mais já estamos desde o primeiro dia de treinamento falando sobre o Real Madrid e focando para trazer mais esse título para o Bauru”, concluiu Boracini.