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Mundial de Clubes

Deu orgulho

27-09-2015 | 02:12
Por Liga Nacional de Basquete

Bauru faz jogo equilibrado do início ao fim, mas Real Madrid vence segunda partida e fica com o título da Copa Intercontinental 2015

Não deu para o Paschoalotto/Bauru. Depois de vencer o Jogo 1, o time do interior paulista fez uma partida bastante equilibrada contra o Real Madrid neste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, mas foi o time espanhol que ficou com o título mundial interclubes. Com vitória por 91 a 79, a equipe merengue deu o troco nos bauruenses e garantiu o quinto troféu de Copa Intercontinental de sua história.

Assim como na primeira partida, Bauru e Real Madrid fizeram um jogo parelho neste domingo. Em diversas oportunidades, o placar ficou empatado, inclusive durante o terceiro quarto. Mas, apesar de estar sempre na cola dos rivais, os brasileiros não conseguiram ficar em vantagem por um segundo sequer e, com o controle do placar nas mãos, os espanhóis asseguraram a vitória.

“Estamos orgulhosos com o que fizemos. Jogamos de igual para igual com o Real Madrid e isso é muito emocionante. A gente poderia ter vencido hoje (domingo), mas lógico que precisamos entender que o Real Madrid é uma equipe de muita qualidade. Mas conseguimos jogar de igual para igual e é isso que temos que levar para nossos compromissos na NBA”, disse o comandante bauruense Guerrinha.

Para sair vencedor e se sagrar campeão, o esquadrão de Madri contou com atuação decisiva de três jogadores. Sem poder contar com Rudy Fernández, lesionado, além de perder Sergio Rodríguez, expulso ainda no segundo quarto, a equipe europeia teve como cestinhas o ala/armador Jaycee Carroll e o armador Sergio Llull, com 22 e 21 pontos, respectivamente, seguidos pelo ala/pivô Trey Thompkins, que marcou todos os seus 17 pontos durante o segundo tempo.

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Do lado bauruense, o grande nome em quadra foi o armador Ricardo Fischer. Responsável pela cesta que deu a vitória ao time no Jogo 1, o jovem jogador mostrou todo o seu talento neste domingo e foi o maior pontuador do confronto, com 26 pontos, além de distribuir seis assistências. Autor de 17 pontos, o pivô Rafael Hettsheimeir foi outro bom nome do Bauru na partida, assim como o capitão Alex Garcia, que somou 14 pontos.

“O jogo estava em nossas mãos novamente, a gente poderia ter ganhado. Mas fizemos um papel muito bom, representamos o basquete brasileiro até o último segundo de jogo. O Real Madrid é uma seleção dentro de um clube, fizemos um bom trabalho e colocamos Bauru no radar do mundo”, disse o armador bauruense Ricardo Fischer.

Como o triunfo bauruense no primeiro jogo foi pela vantagem mínima de um ponto, a vitória por 14 pontos de frente neste domingo deu o título ao time da capital espanhola. Disputada em duas partidas, a Copa Intercontinental tem em seu regulamento que em caso de uma vitória para cada lado o troféu de campeão fica com a equipe que tiver vencido pela maior diferença no placar.

Depois de disputar a Copa Intercontinental 2015, o Bauru partirá para mais um capítulo histórico nas próximas semanas. Nos dias 07 e 11 de outubro, respectivamente, a equipe do interior paulista atuará contra New York Knicks e Washington Wizards, ambas equipes da NBA. As duas partidas serão disputadas em solo norte-americano.

O jogo

O começo de jogo não foi nada bom para o Bauru. Diante de uma forte defesa dos espanhóis, a equipe brasileira precisou de mais de cinco minutos para fazer sua primeira cesta e o Real Madrid aproveitou para largar com 12 a 0 de frente. Só que os bauruenses conseguiram equilibrar as ações ainda no primeiro quarto. No embalo de belas jogadas de Ricardo Fischer e Hettsheimeir, o time dirigido pelo técnico Guerrinha chegou a deixar a diferença em apenas quatro pontos (15 a 11).

Na reta final da parcial inicial, o time europeu voltou a se apresentar melhor e tornou a dominar as ações dos dois lados da quadra. Então, com duas bolas de três pontos seguidas, nas mãos de Carroll, cestinha do primeiro quarto com dez pontos, e Nocioni, no estouro do cronômetro, os comandados de Pablo Laso fecharam os dez minutos iniciais com nove pontos de frente (24 a 15).

Sem se deixar abater pelo bom momento dos espanhóis, o Bauru voltou com tudo para o segundo quarto e reequilibrou a partida. Com mais paciência em suas movimentações ofensivas, o time paulista começou a parcial com ótimo aproveitamento, empatou o jogo em 29 a 29 e incendiou ainda mais a torcida brasileira nas arquibancadas. Durante a arrancada bauruense, o Real Madrid sofreu uma importante baixa e o armador Sergio Rodríguez precisou deixar a quadra após cometer duas faltas técnicas.

Mesmo após o descontrole emocional de seu camisa 13, o Real Madrid mostrou cabeça no lugar para recolocar uma vantagem confortável no placar. Se aproveitando de seguidos erros do ataque brasileiro, os atuais campeões da Euroliga emplacar uma boa sequência e partiram para os vestiários com nove pontos de frente. Com destaque para belas jogadas individuais de Sergio Lllul, o esquadrão merengue fechou o segundo período com a moral alta e o placar em 49 a 40 a seu favor.

Logo na volta do intervalo, Bauru conseguiu empatar o jogo novamente. Ainda com Ricardo e Hettsheimeir como seus principais protagonistas, a equipe do interior do Estado de São Paulo iniciou o segundo tempo com 13 pontos contra apenas quatro dos rivais e deixou tudo igual no marcador (53 a 53). Depois disso, no entanto, o ataque brasileiro parou e o Real Madrid aproveitou para reconstruir sua vantagem de nove pontos. Com boas participações de Ayón e do norte-americano Thompkins, a equipe da capital espanhol chegou para os dez minutos finais de jogo vencendo por 66 a 57.

Com uma bola de três convertida por Alex, Bauru reduziu a desvantagem para cinco pontos (69 a 64), logo no início da última parcial. Só que depois disso só deu Real Madrid. Com Sergio Llull “endiabrado” – o camisa 23 acertou duas bolas de três pontos seguidas –, o Real Madrid rapidamente se recuperou e abriu 12 pontos de frente (80 a 68), obrigando o técnico Guerrinha a parar o jogo com pouco mais de quatro minutos para o fim. Depois disso, os brasileiros bem que tentaram reagir, mas Llull e Thompkins trataram de garantir a vitória e o título mundial de clubes ao time espanhol.