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Feliz 2014!

01-01-2014 | 01:07
Por Liga Nacional de Basquete

NBB cada vez mais consolidado, LDB em alta; após muito basquete em 2013, virada de ano promete ser ainda melhor para o esporte da bola laranja no país

O ano de 2013 foi repleto de basquete no Brasil. O NBB 2012/2013 foi um verdadeiro sucesso e a decisão do maior campeonato de basquete do país, assim como na temporada 2011/2012, foi transmitida ao vivo para todo o Brasil para todo o Brasil pela TV Globo.

Cada ano mais equilibrado e se firmando cada vez mais como um dos grandes campeonatos de basquete do planeta, o NBB mostrou que o esporte da bola laranja cresce cada vez mais no país. Em sua quinta edição, a competição contou com a participação 18 equipes, o que se tornou um novo recorde de participantes.

Ao todo, foram realizados 350 jogos na quinta temporada do NBB e o Flamengo dominou o cenário de ponta a ponta. Líder desde a primeira rodada, o time carioca estabeleceu a histórica sequência de 20 vitórias consecutivas na fase de classificação. Depois, nas Finais, a equipe rubro-negra superou, nas quartas de finais, o Paulistano/Unimed, que pela primeira vez venceu um confronto de mata-mata.

Flamengo levantou o troféu de campeão do NBB pela segunda vez na história (João Pires/LNB)

Flamengo levantou o troféu de campeão do NBB pela segunda vez na história (João Pires/LNB)

Nas semifinais, o adversário do clube da Gávea foi o São José/Unimed, responsável pela eliminação do Uniceub/BRB/Brasília, então atual tricampeão da NBB, nas quartas de final. Depois de muita disputa e equilíbrio, os flamenguistas avançaram à decisão e tiveram como rival o Unitri/Universo, que chegou pela primeira vez na decisão da competição.

Com mais de 16 mil torcedores presentes na HSBC Arena e transmissão ao vivo da TV Globo, o esquadrão comandado pelo técnico José Neto não deu chances aos representantes do Triângulo Mineiro e voltou a levantar o troféu de NBB – a equipe conquistou o título da primeira edição do campeonato (2008/2009). Destaque da conquista rubro-negra, o ala Marquinhos foi eleito o MVP (jogador mais valioso) da competição.

Além do bicampeonato do clube da Gávea, outros fatos marcaram a temporada 2012/2013 do NBB. Um deles foi a campanha do SKY/Basquete Cearense. Estreante e único time do Nordeste na disputa da competição, a equipe da cidade de Fortaleza realizou uma honrosa campanha na primeira fase e terminou na oitava colocação.

Torcida cearense deu um verdadeiro show nas arquibancadas durante o NBB 6 (LC Moreira/Divulgação)

Torcida cearense deu um verdadeiro show nas arquibancadas durante o NBB 5 (LC Moreira/Divulgação)

Apesar de ter sido eliminado nas oitavas de final, os cearenses deixaram o campeonato de cabeça erguida. Os comandados de Alberto Bial acabaram derrotados pelo Paulistano, em uma série eletrizante. Mas o maior ganho do time foi fora de quadra, ou melhor nas arquibancadas. O Basquete Cearense teve a maior média de público de toda a temporada e contou com a presença de 3.373 espectadores por partida.

Junto do time do Ceará, outras três equipes debutaram no NBB. Ao lado de Mogi e Suzano, o Palmeiras estreou no campeonato e também mostrou a força de sua torcida logo de cara. Depois de um começo ruim, a equipe alviverde engatou nove triunfos seguidos como mandante, com direito a vitórias sobre Uberlândia, Franca e Bauru e terminou a competição em alta.

Outro fato marcante no NBB 5 foi o Jogo das Estrelas 2013. Assim como nas quatro edições anteriores, o evento festivo foi um grande sucesso. Desta vez realizado na cidade de Brasília, no Ginásio Nilson Nelson, a festa contou com a realização dos Torneios de Enterradas e 3 pontos e o Desafio de Habilidades. Mas, como sempre, o ponto alto foi o grande duelo entre NBB Brasil e NBB Mundo, que contou pelo terceiro ano seguido com transmissão ao vivo da TV Globo.

E o confronto entre os melhores jogadores brasileiros e estrangeiros da competição nacional foi incrível e a partida foi decidida na prorrogação pela primeira vez na história. No final, os atletas do Brasil levaram a melhor, por 146 a 144, e voltaram a liderar o histórico do confronto, com dois resultados positivos contra um dos estrangeiros.

Brasileiros e estrangeiros fizeram uma partida equilibradíssima no Ginásio Nilson Nelson (João Pires/LNB)

Brasileiros e estrangeiros fizeram uma partida equilibradíssima no Ginásio Nilson Nelson (João Pires/LNB)

A força do NBB foi comprovada internacionalmente no ano de 2013. No primeiro semestre, o Pinheiros/SKY conseguiu o título inédito da Liga das Américas e, com isso, foi pioneiro no novo projeto da FIBA (Federação Internacional de Basquete), que resgatou neste ano, o Mundial de Clubes. A disputa entre o melhor das Américas, Pinheiros, contra o campeão da Euroliga, o Olympiacos, da Grécia, foi disputada em Barueri, no mês de outubro. Os brasileiros não conseguiram a vitória, mas marcaram história novamente na competição intercontinental, que já foi vencida pelo Esporte Clube Sírio, em 1979.

Joe Smith, do Pinheiros, e Mantzaris, do Olympiacos

O Pinheiros conquistou o vice-campeonato Mundial (Luiz Pires/Divulgação)

Outra conquista internacional foi conseguida pelo Uniceub/BRB/Brasília, que no final de 2013 sagrou-se campeão da Liga Sul-Americana de clubes. O quarteto brasiliense formado por Nezinho, Alex, Arthur e Guilherme Giovannoni, com os reforços do uruguaio Martin Osimani, o norte-americano Marcus Goree e o técnico argentino Sergio Hernandez, mostraram toda a força do grupo na decisão do Final Four, no Uruguai.

Mas não foi só o NBB que aqueceu o basquete em solo brasileiro. Em sua terceira edição, sendo a maior de todos os tempos, a LDB (Liga de Desenvolvimento de Basquete) deu mais um passo para se consolidar de vez como o “berço” dos craques da modalidade da bola laranja no país.

Depois de muita disputa durante seis meses e a realização de 300 partidas, com a participação de 20 equipes, oriundas de 11 Estados brasileiros mais o Distrito Federal, quem levou a melhor na competição Sub-22 foi o Flamengo, que contou em seu elenco com grandes promessas, como o armador Gegê e o pivô Cristiano Felício.

Na decisão, transmitida ao vivo para todo Brasil pelo SporTV, o clube da Gávea superou o Minas Tênis Clube para ficar com o título. Enquanto isso, o Pinheiros/SKY, dono de um plantel formado apenas por atletas Sub-19, ficou com a terceira posição, ao superar o Uniceub/BRB/Brasília na disputa pelo bronze, também televisionada pelo SporTV.

Líder da fase de classificação, Flamengo, de Gegê, confirmou o favoritismo e levantou o caneco da LDB 2013 (Lucas Figueiredo/LNB)

Líder da fase de classificação, Flamengo, de Gegê, confirmou o favoritismo e levantou o caneco da LDB 2013 (Lucas Figueiredo/LNB)

Ainda em relação a jovens atletas, uma novidade também deu mais força ao trabalho de base. Visando a revelação de novos talentos, a CBB (Confederação Brasileira de Basketball) realizou a convocação de uma seleção Sub-24, que contou com a presença de 11 atletas que disputaram a LDB. Depois de muito treino, o elenco comandado pelo técnico José Neto teve a Universíade de Kazan 2013 como seu teste e acabou com o nono lugar.

Enquanto isso, o selecionado principal não teve um bom desempenho na Copa América 2013 e acabou não se classificando para o Mundial 2014. Porém o Brasil tem grandes chances de receber um convite da FIBA (Federação Internacional de Basquete) e ainda tem chances de disputar a competição que envolverá as principais forças do basquete do planeta.

No final de 2013, a sexta edição do NBB começou com a participação de 17 clubes e inclusão de mais um estado brasileiro: Goiás. O Universo/Goiânia, ao lado do Macaé Basquete, estreou na elite do basquete nacional, que este ano teve duas grandes novidades. A primeira foi em relação à forma de disputa. A LNB anunciou a criação da Divisão de Acesso e, dessa maneira, os dois últimos colocados do NBB serão rebaixados, enquanto o campeão da nova competição terá o direito de pleitear uma vaga no principal campeonato do país.

A segunda boa notícia foi o convênio assinado entre a LNB e o Ministério do Esporte que vai equipar todas as equipes do NBB com um piso flutuante, um par de tabelas e um jogo de placares eletrônicos. A ação visa elevar o nível e padronizar de todos os ginásios da competição.

Depois de tanto basquete em 2013, 2014 promete não ser diferente. Então, feliz 2014, basqueteiros!