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Mundial de Clubes

Não deu

06-10-2013 | 01:57
Por Liga Nacional de Basquete

Pinheiros não consegue reverter cenário, sofre nova derrota para Olympiacos e título do Mundial de Clubes fica com os gregos

Não deu para o Pinheiros/SKY. Depois de perder a primeira partida da Copa Intercontinental de Clubes, o time da capital paulista entrou em quadra neste domingo, no Ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri, precisando vencer o Olympiacos por 12 ou mais pontos para ficar com título. Os brasileiros até chegaram a equilibrar o jogo e novamente ficaram à frente no placar durante o segundo quarto. Mas os gregos mostraram o porquê são os atuais bicampeões da Euroliga e venceram o duelo, por 86 a 69, para ficar com o troféu de campeão mundial da temporada 2013.

A partida começou equilibrada e o primeiro quarto terminou com apenas um ponto de vantagem para os europeus (22 a 21). Assim como a partida da última sexta-feira, o Pinheiros chegou a liderar o placar durante o segundo período. Mas nos 20 minutos finais de jogo, o time de Atenas imprimiu um forte ritmo de jogo, tanto da defesa quanto no ataque, e não deu chances aos representantes da capital paulista.

“É difícil falar de cabeça quenta após uma derrota. Mas tenho certeza de que se formos analisar mais tarde o quanto o time deles é bom e o quanto nossa equipe se superou, tenho certeza de que vamos estar fortalecidos para o restante do Campeonato Paulista e também para o NBB”, afirmou o ala/pivô pinheirense Rafael Mineiro.

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Este foi o sétimo vice-campeonato brasileiro na Copa Intercontinental de Clubes na história. Além do Pinheiros, Corinthians (1966), Sírio (1973 e 1981), Franca (1975 e 1980) e Monte Líbano (1985) também ficaram com a medalha de prata no torneio mundial. O Brasil possui um título da competição, com o Esporte Clube Sírio, em 1979.

Os maiores pontuadores do Olympiacos no duelo deste domingo foram o ala/pivô Georgios Printezis, autor de 16 pontos, e oo pivô Mirza Begic e o armador Evangelos Mantzaris, ambos com dez pontos. Principal destaque da equipe, o armador Vassilis Spanoulis teve atuação discreta e deixou a quadra com seis pontos e sete assistências.

“O Pinheiros mostrou que é um bom time. Tivemos dificuldades no primeiro jogo porque o basquete que se joga aqui é bem diferente do que estamos acostumados na Europa. Hoje mexemos em algumas peças e conseguimos fazer um jogo bem melhor para sairmos campeões. Essa é uma sensação fantástica”, disse Spanoulis.

Pelo lado do Pinheiros, a estrela de Shamell brilhou novamente. Cestinha da primeira partida, com 26 pontos, o ala norte-americano voltou a ter boa atuação, e também foi o maior pontuador do segundo confronto, desta vez com 27 tentos. Outro atleta pinheirense a atingir dígitos duplos na pontuação foi Rafael Mineiro, autor de 12 pontos.

O jogo

O técnico grego promoveu três novidades no quinteto inicial. Dos titulares do primeiro jogo, apenas Spanoulis e o pivô norte-americano Bryant Dunston permanceceram. Se juntaram à dupla os jovens xarás Dimitris Agravanis e Dimitris Katsivelis, de apenas 18 e 22 anos, respectivamente, pouco aproveitados no duelo de sexta-feira, e o norte-americano Matt Lojeski. Mesmo com as mudanças, o Olympiacos começou melhor a partida. O Pinheiros até chegou a colocar quatro a zero de frente, mas rapidamente os representantes da Europa assumiram o controle do placar e abriram 12 a 6 de frente.

Na sequência, o time da capital paulista conseguiu equilibrar as ações. Shamell conseguiu boas jogadas e foi fundamental para que os atuais campeões da Liga das Américas diminuíssem o prejuízo no placar. No último lance do primeiro quarto foi a vez de Joe Smith roubar a cena. Com uma bela jogada individual, o ala/armador norte-americano converteu dois pontos para a equipe brasileira e a parcial inicial terminou com o placar em 22 a 21 para o clube de Atenas.

O segundo período começou do mesmo jeito que o quarto anterior terminou: com uma bela cesta de Smith, que desta vez colocou o Pinheiros pela primeira vez à frente no placar (23 a 22). Porém, logo em seguida, o Olympiacos imprimiu um forte ritmo dos dois lados da quadra e voltou a abrir boa vantagem. Com destaque para o ala/pivô Printezis, a equipe da Grécia colocou sete pontos de frente (30 a 23) e obrigou o técnico pinheirense Cláudio Mortari a parar o jogo.

Depois do tempo técnico, os representantes das Américas até chegaram a reagir, graças a bons lances de Toyloy e Shamell, e empataram o jogo em 30 a 30. Depois da rápida reação do Pinheiros, o esquadrão alvirrubro voltou a explorar bem seu jogo de garrafão e com belas enterradas da dupla de norte-americano Petway e Dunston recolocou sete pontos de vantagem no placar (37 a 30). Sem conseguir uma boa produção ofensiva nos minutos finais da segunda parcial, o time de São Paulo não conseguiu baixar o prejuízo e o jogo chegou ao intervalo com o Olympiacos na frente, por 40 a 33.

Na volta dos vestiários, Shamell tentou dar um novo ânimo ao Pinheiros. O camisa 24 converteu cinco pontos seguidos e foi fundamental para que o time paulista diminuísse a desvantagem no placar para cinco pontos (47 a 42). Mas depois só deu Olympiacos. Com um ótimo trabalho defensivo e muita paciência em seu ataque, a equipe grega aos poucos foi aumentando seu domínio no jogo. Na parte final do terceiro quarto, os atuais bicampeões da Euroliga conseguiram colocar a maior diferença de pontos até então, 16 pontos (62 a 46). Então, o time europeu chegou para os dez minutos finais do confronto tranquilo, com 64 a 50 de frente.

Com a larga vantagem de pontos a seu favor, o Olympiacos voltou mais leve para o último período. Em menos de três minutos, a equipe comandada por Georgios Bartzokas ampliou a diferença no placar para a casa dos 20 pontos, com direito a belas enterradas do pivô esloveno Mirza Begic. Depois disso, restou ao time grego controlar o jogo para garantir o primeiro título da Copa Intercontinental de sua história.