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Rio 2016

#NossosOlímpicos – Raulzinho

29-07-2016 | 03:05
Por Liga Nacional de Basquete

A caminho de sua segunda Olímpiada, aos 24 anos de idade, Raulzinho estreou no basquete profissional no NBB CAIXA e é personagem da série #Nossos Olímpicos

O Brasil, do jovem armador Raulzinho, dominou o Egito e venceu por incríveis 63 pontos de diferença (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Com apenas 24 anos de idade, armador Raulzinho já caminha para seu segundo Jogos Olímpicos com a Seleção Brasileira (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Apenas aos 24 anos de idade, Raulzinho parece ter a experiência de jogadores bem mais velhos. A caminho de seu segundo Jogos Olímpicos com a Seleção Brasileira, o armador do Utah Jazz, da NBA, não atuou na última edição do NBB CAIXA, porém estreou no basquete profissional e ganhou destaque internacionalmente na maior competição do basquetebol nacional.

Natural de Belo Horizonte (MG) e filho do jogador Raul Togni, Raulzinho deu seus primeiros passos no basquete na cidade de Poços de Caldas (MG). Com a transferência de seu pai para o Bauru, o armador passou a treinar no Luso, clube da cidade paulista. Após a aposentadoria de Raul, o atleta voltou junto com sua família para a capital mineira, onde começou a defender o Decisão Engenharia/Minas.

Com apenas 16 anos de idade, Raulzinho fez sua estreia no basquetebol profissional, logo na primeira temporada do NBB CAIXA. O jovem armador atuou em três edições da competição, todas defendendo o Minas. Em sua última, o jogador mais ganhou minutos de quadra (atuando na maioria do tempo como ala/armador, ao lado do argentino Sucatzky) e se destacou, com médias de 12,6 pontos, 2,9 rebotes, 2,2 assistências e 1,7 bolas recuperadas por jogo.

Após o grande NBB CAIXA 2010/2011 de Raulzinho, o armador foi contratado pelo Gipuzkoa Basket, da Espanha, e disputou a Liga ACB por três temporadas com a equipe. Após uma temporada de adaptação, saindo do banco de reservas, o jogador ganhou minutos no segundo e terceiro campeonato com o time. Em sua última edição da competição com a equipe, o atleta teve grande destaque, com médias de 9,8 pontos, 2,9 rebotes e 3,3 assistências por partida.

Depois de três edições da Liga ACB com o Gipuzkoa Basket, Raulzinho foi contratado pelo UCAM Murcia, também da Espanha, e teve mais uma temporada estável, com médias de 8,9 pontos, 2,1 rebotes e 4,0 assistências. Após o termino, o armador assinou contrato com o Utah Jazz, da NBA, apesar de ter sido recrutado pelo Atlanta Hawks, no Draft da liga norte-americana em 2013.

Na temporada disputada com a equipe norte-americana, o brasileiro teve muito espaço. Raulzinho começou como titular em 53 dos 81 jogos que disputou. Com médias de 18,5 minutos, 5,9 pontos, 1,5 rebotes e 2,1 assistências por partida, o armador foi selecionado para o Time Mundo, no jogo entre calouros e segundo anistas do Jogo das Estrelas da NBA.

A trajetória de Raulzinho com a Seleção Brasileira adulta começou em 2010, no Campeonato Mundial disputado na Turquia. Além desta competição, o armador esteve presente nas campanhas brasileiras nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e novamente no Campeonato Mundial, em 2014, na Espanha.

Confira a entrevista completa do armador sobre o Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro:

Início

“Foi uma coisa de família. Meu pai jogava, meu irmão mais velho começou até antes que eu, meu irmão mais novo também veio depois que eu comecei a treinar, então está no sangue já. Desde pequeno a gente teve uma bola de basquete em casa, uma tabelinha de basquete no quintal, que a gente sempre brincava, então foi algo que veio de família. Dá um orgulho muito grande poder realizar, não só o meu sonho, mas também o do meu pai e até o dos meus irmãos, que jogaram basquete e um dia sonharam em ser profissionais também, mas não chegaram aonde eu cheguei. Então é um orgulho muito grande poder realizar este sonho da minha família, da minha mãe também que jogou vôlei, então também tem um pouco este sangue de atleta. Então é um orgulho imenso poder realizar o meu sonho, do meu pai e da minha família”.

Olimpíada

“É difícil colocar em palavras. Eu que já disputei e a maioria já disputou a última em Londres, é uma sensação que é difícil de falar. Eu falei antes, é o orgulho de você estar defendendo seu país, tendo o apoio de tantas pessoas que gostam do basquete, que gostam do Brasil, que acompanham a gente, então a única palavra que vem à minha cabeça é sonho. É um sonho poder estar jogando umas Olimpíadas pelo Brasil”.

Trajetória

“Tudo que eu passei desde que eu saí daqui do Brasil, os quatro anos na Espanha, este meu último na NBA, me deu muita confiança e muita experiência para poder chegar dentro de quadra com a Seleção confiante, preparado, para fazer um bom papel e para fazer bons jogos. Com certeza esta caminhada me ajudou muito a chegar onde eu estou agora. Foram aprendizados diferentes. Na Europa, eu aprendi um estilo de jogo diferente do Brasil. Agora, nos Estados Unidos, um estilo de jogo também diferente da Espanha e do Brasil. Então, acho que cada ano e cada lugar diferente que eu estava, eu aprendi coisas novas que com certeza me ajudaram muito, também”.

Seleção Brasileira

“Ter a energia do pessoal mais novo, ter a intensidade do pessoal mais novo, junto com a experiência, com a liderança dos mais velhos, acho que é uma combinação muito boa para a Seleção Brasileira. Tem aí jogadores que estão chegando agora, que ainda não disputaram grandes torneios com a Seleção Brasileira, tem jogadores que já estão na Seleção há dez ou mais de dez anos. Então é uma junção boa, que espero que dê frutos para a gente”.

Amistosos internacionais

“Acho que parar testar o nível que a gente está e ver o que precisa melhorar, porque muitas vezes, mesmo aqui no treino, a gente tentando simular um jogo, não é a mesma coisa. Não tem árbitro, a gente pode colocar o placar, mas são coisas diferentes. Acho que os jogos vão servir para isto. Para a gente ver o nível que a gente está. Ver aonde precisa melhorar. O que está bom, o que está ruim. Então, vão ajudar bastante estes amistosos”.

Primeira fase

“Bom, são grandes equipes. Acho que o nosso grupo não têm um time que a gente pode falar que vai ficar fora da próxima fase. Acho que no nosso grupo tudo pode acontecer. Lógico que tem favoritismo da Espanha, Lituânia, que foi vice-campeã europeia, então sempre tem um pouco de favoritismo. Mas o grupo é um grupo muito forte, acho que o que a gente tem que fazer é jogar jogo a jogo, tentar ganhar jogo, para poder classificar bem para a próxima fase”.