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Novo capítulo

28-01-2015 | 08:23
Por Liga Nacional de Basquete

Donos de rivalidade recente no basquete, Pinheiros e Mogi medem forças nesta quinta-feira na capital paulista, com transmissão ao vivo pelo site da LNB

O duelo entre Pinheiros/SKY e Mogi das Cruzes/Helbor se tornou um clássico do basquete brasileiro nos últimos anos. Playoffs emocionantes, grandes jogos e muita rivalidade passaram a envolver o confronto, que ficou passou a carregar o status de dérbi. E nesta quinta-feira, mais um capítulo desta história será escrito, na partida válida pela 19ª rodada do NBB 7, no Ginásio Poliesportivo Henrique Villaboim, em São Paulo (SP), às 19 horas, com transmissão ao vivo através do site da LNB (www.lnb.com.br/tempo-real).

Tradicional equipe do basquete brasileiro na década de 90, o Mogi voltou à elite da modalidade no país na temporada 2012/2013, mas a história de rivalidade com o Pinheiros passou a ser escrita no ano seguinte, quando as equipes se encontraram em dois playoffs, um nas quartas do Campeonato Paulista 2013, vencido pelos pinheirenses, por 3 a 2, e nas oitavas do NBB, no qual os mogianos surpreenderam e deram o troco nos rivais, por 3 a 1, mesmo sendo novatos em Finais no nacional.

Gustavinho, do Mogi, e Joe Smith, do Pinheiros

Mogi e Pinheiros é um dos novos clássicos do basquete brasileiro (João Pires/LNB)

Além dos acontecimentos dentro de quadra, as duas agremiações aparecem juntas também nos bastidores, com diversas “trocas” de jogadores. Ao todo, 12 jogadores de Mogi e Pinheiros já atuaram pela equipe adversária, com destaque para o norte-americano Shamell, do time mogiano, que defendeu as cores pinheirenses nas últimas cinco temporadas e faturou o título do Campeonato Paulista 2011, campeão e MVP da Liga das Américas 2013, vice-campeão da Copa Intercontinental 2013 e o troféu Oscar Schmidt de cestinha do NBB 6.

Junto de Shamell, mais cinco jogadores do atual elenco do Mogi das Cruzes já vestiram camisa do Pinheiros ao longo de suas carreiras: o armador Elinho (revelado pela base do Pinheiros), os alas Filipin (NBB 1), Pedro Macedo (NBB 4 e NBB 5), e o ala/pivô Thomas Gehrke (NBB 2 e NBB 3), além do armador Gustavinho (NBB 1, NBB 2 e NBB 3), que está se recuperando de uma hérnia de disco e não estará em quadra.

Do lado do Pinheiros, os alas Marcus Toledo e Ted Simões e os armadores Jason Smith e Jefferson Campos defenderam as cores mogianas na temporada passada. Outro que já fez parte do basquete de Mogi é o ala/pivô Felipe Ribeiro, que jogou no Alto Tietê quando a equipe era chamada de Corinthians/Mogi, além do armador Paulinho Boracini, desfalque para esta temporada, que é nascido em Mogi das Cruzes e atuou pelo time de sua cidade natal no início da carreira, entre 2001 a 2005.

Por falar em reencontro, Shamell foi o grande protagonista da vitória do Mogi sobre o Pinheiros no primeiro turno do NBB 7, por 83 a 75, no Ginásio Hugo Ramos, onde anotou 23 pontos e se tornou o segundo jogador na história do NBB a ultrapassar a marca dos 4.000 pontos no campeonato, se juntando a Marcelinho Machado, do Flamengo. Outro que se destacou foi Filipin, que também já atuou no clube de Jardim Europa, com 17 pontos, sendo 14 deles registrados no segundo tempo.

Shamell, do Mogi, e Joe Smith, do Pinheiros

Ex-Pinheiros, Shamell foi “o cara” da vitória do Mogi sobre sua ex-equipe (César Augusto/Divulgação)

Já se tratando do presente, os “novos rivais” vivem situações distintas na sétima edição do NBB. Enquanto o Pinheiros vem de vitória contra o São José na última rodada e agorqa ocupa a décima colocação, com campanha de oito êxitos em 17 jogos (47,1% de aproveitamento), o Mogi acumula sequência de cinco triunfos seguidos fora de casa e está na quarta posição, com 12 resultados positivos em 18 oportunidades (66,7% de aproveitamento).

“Eles (Mogi das Cruzes) estão entre os quatro primeiros, mas uma vitória nossa, além de impedir que eles subam ainda mais na classificação, diminui um pouco a diferença para os primeiros colocados. Nós temos um jogo a menos, e isso pode nos ajudar ainda mais na busca pelos primeiros lugares”, analisou o ala pinheirense Marcus Toledo, dono da segunda maior média de roubos de bola do NBB7 – 2,4.

Com vitórias sobre Basquete Cearense, UniCEUB/BRB/Brasília, Minas Tênis Clube, Unitri/Pilhas Energizer e Palmeiras/Meltex em sequência, o time comandados pelo espanhol Paco García está com 100% de aproveitamento em sua maratona de seis partidas fora de casa, que será encerrada com a partida desta quinta-feira contra o Pinheiros.

Ex-Mogi, Marcus Toledo é um dos destaques do Pinheiros no NBB 7 (Ricardo Bufolin/ECP)

Ex-Mogi, Marcus Toledo é um dos destaques do Pinheiros no NBB 7 (Ricardo Bufolin/ECP)

“Essa partida será como uma final. Uma vitória vai diferenciar muito na tabela. O Pinheiros tem jogadores talentosos, como os de fora do perímetro que têm uma qualidade individual muito forte. Mas nós amadurecemos no coletivo, ofensiva e defensivamente. Por isso, todos os jogadores ajudam para a vitória, como aconteceu contra o Palmeiras. Temos uma meta de tomar menos de 20 pontos por quarto para sair com um resultado positivo e é fundamental seguirmos isso nas partidas. Estamos evoluindo gradativamente”, disse o mogiano Filipin.

Por falar em jogo como visitante, o Mogi das Cruzes venceu oito das nove partidas que disputou longe do Ginásio Professor Hugo Ramos na atual temporada do NBB e possui aproveitamento de 88,9% jogando fora de casa, o que os coloca como um dos melhores visitantes do campeonato, ao lado apenas do líder Limeira e do vice-líder Bauru, que também perderam apenas uma atuando na casa adversária.

“Vamos enfrentar um time muito forte, com um ataque muito bom. Temos que procurar anular os pontos fortes deles para termos mais chances de conquistar um importante resultado. Mas não será nada fácil”, completou o camisa 13 do Pinheiros, um dos que reencontra o Mogi.