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Mundial de Clubes

Os craquesda nova era

15-02-2019 | 01:59
Por Liga Nacional de Basquete

Luka Doncic? Spanoulis? Veja 11 estrelas do basquete mundial que já disputaram a Copa Intercontinental em sua "era moderna"

A Copa Intercontinental Clubes foi disputada pela primeira vez em 1966 e teve 21 edições até o ano de 1987, com uma competição extra em 1996. Depois de 17 anos fora do calendário da FIBA, o torneio foi reativado em 2013 e desde então já teve cinco edições.

Muitas lendas da história recente do basquete mundial já entraram em quadra na “era moderna” da Copa Intercontinental – 2013 a 2017. Vamos relembrar alguns deles?

Sergio Llull (Real Madrid) – 2015

Um dos maiores nomes da história do basquete europeu, o armador espanhol Sergio Llull veio ao Brasil em 2015 defender o Real Madrid (ESP) na Copa Intercontinental contra o Bauru.

No Ginásio do Ibirapuera, o lendário jogador registrou 17 pontos na derrota dos merengues para o Dragão no Jogo 1 (91 a 90) e 21 pontos na grande vitória no Jogo 2 (91 a 79), que rendeu o título aos espanhóis.

Sergio Llull, lenda do Real Madrid, foi campeão e MVP da Copa Intercontinental 2015 contra Bauru, no Ginásio do Ibirapuera (Gaspar Nóbrega/FIBA)

Aos 32 anos, Sergio Llull tem 12 anos ininterruptos de Real Madrid e, com diversos títulos e momentos marcantes, se firmou ídolo máximo por lá. Há quem diga que ele é tão ídolo quanto Cristiano Ronaldo na cidade madrilena. Chegou até a recusar uma proposta do Houston Rockets (NBA) para permanecer em Madrid.

Com a camisa merengue, foi bicampeão da Euroleague (2015 e 2018), com direito a um troféu de MVP em 2017, e tetracampeão da Liga ACB. Pela seleção da Espanha, tem três títulos do Eurobasket (2009, 2011 e 2015) e foi duas vezes medalhista olímpico (prata em Londres 2012 e bronze no Rio 2016).

Vassilis Spanoulis (Olympiacos) – 2013

A palavra “lenda” se encaixa perfeitamente para Vassilis Spanoulis. O grego de 36 anos é, sem dúvida alguma, um dos maiores atletas de todos os tempos não só de seu país mas de todo o universo FIBA.

Em 2013, depois de ser campeão, MVP e MVP do Final Four da Euroleague 2012/2013 com o Olympiacos, Spanoulis veio ao Brasil para enfrentar o Pinheiros, campeão da Liga das Américas 2013.

Nas partidas realizadas em Barueri (SP), a lenda grega registrou 18 pontos e nove assistências no Jogo 1 (81 a 70) e seis pontos e sete assistências no Jogo 2 (86 a 69) contra o time pinheirense e foi eleito o MVP do torneio.

Vassilis Spanoulis, do Olympiacos, foi campeão e MVP da Intercontinental 2013 contra o Pinheiros, em Barueri (SP) (Samuel Vélez/FIBA)

Em seu currículo, Spanoulis acumula as disputas de dois Jogos Olímpicos (2004 e 2008) e dois Mundiais (2006 e 2010) e os mais variados títulos. Pela seleção da Grécia, foi campeão do Eurobasket 2005 e vice do Mundial 2006.

Já por clubes, foi tricampeão da Euroleague (2009, 2012 e 2013), sendo MVP do Final Four em todas, MVP da Euroleague 2012/2013, sete vezes campeão da liga grega e campeão da Copa Intercontinental 2013 – tudo pelos gigantes Panathinaikos e Olympiacos.

Aos que o viram jogar, sintam-se honrados: vocês dificilmente verão alguém com tamanha classe e poder de decisão. Aos que ainda não viram, apressem-se e tentem pegar os últimos passos da carreira desse gênio do basquete mundial.

Georgios Printezis (Olympiacos) – 2013

Outra lenda do basquete grego veio ao Brasil em 2013 para enfrentar o Pinheiros foi o ala/pivô Georgios Printezis – ídolo máximo do Olympiacos com mais de 15 anos atuando pelo clube.

Nas partidas em Barueri (SP), o renomado atleta começou fazendo um Jogo 1 discreto, com seis pontos e quatro rebotes (81 a 70), mas se redimiu marcando 16 pontos e três sobras no Jogo 2 (86 a 69).

Printezis também atuou contra o Pinheiros em 2013 (Samuel Vélez/FIBA)

Em 15 temporadas anos pelo Olympiacos, Printezis foi bicampeão da Euroleague (2012 e 2013), sendo que em 2012 foi autor da bola do título na final contra o CSKA Moscow.

Além disso, foi tricampeão da liga grega e campeão da Copa Intercontinental 2013 com a camisa do clube do município de Piraeus (GRE).

Pela seleção da Grécia, foi medalha de bronze no Eurobasket 2009 e disputou os Mundiais de 2010 e 2014, além dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e de três edições do Eurobasket.

Nate Robinson (Guaros de Lara) – 2017

Quem aí se lembra do Nate Robinson? Aquele baixinho de 1,75m de altura, ex-New York Knicks, que foi tricampeão do Slam Dunk Contest (torneio de enterradas) da NBA, sendo que em uma delas pulou o pivozão Dwight Howard em 2009.

O icônico atleta jogou a Copa Intercontinental 2017 pelo Guaros de Lara (VEN) contra o Iberostar Tenerife (ESP), curiosamente ao lado de Zach Graham, do Universo/Brasília, cestinha da atual temporada do NBB CAIXA.

Na ocasião, Nate Robinson foi autor de 12 pontos e seis assistências, mas não evitou a derrota do time venezuelano para o Tenerife, que foi o campeão ao vencer o jogo único, na cidade de Tenerife (ESP), por 76 a 71.

Nate Robinson, tricampeão do Torneio de Enterradas da NBA, jogou a Intercontinental 2017 pelo Guaros de Lara (Divulgação/FIBA)

Em seu currículo, Nate Robinson acumula passagens por oito franquias da NBA (New York Knicks, Boston Celtics, OKC Thunder, Golden State Warriors, Chicago Bulls, Denvere Nuggets, LA Clippers e New Orleans Pelicans).

Marcelinho Machado (Flamengo) – 2014

Talvez essa seja a maior lenda do nosso basquete brasileiro atual. Marcelinho Machado atuou na Copa Intercontinental 2014 e foi o responsável por levantar o troféu da maior conquista da história do basquete rubro-negro.

Marcelinho foi capitão do título da Copa Intercontinental 2014 pelo Flamengo (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

O agora ex-jogador, na época com 38 anos, entrou na decisão do título mundial contra o Maccabi Tel-Aviv com status de campeão e MVP do Final Four da Liga das Américas 2014.

Já dentro de quadra, teve atuação mais discreta e totalizou nove pontos somando as duas partidas. No entanto, participou de momentos importantes e contribuiu com toda sua experiência e liderança para o inédito título do Flamengo.

Falar da carreira de Marcelinho é como chover no molhado. Se tratando de NBB CAIXA, foram dez edições defendendo o Flamengo, com direito a cinco títulos, dois troféus de MVP, dois de Melhor Ala e três de cestinha, além de um prêmio de Melhor Sexto Homem. De quebra, deixou a cena como segundo maior cestinha e líder histórico em bolas de 3 pontos da competição, com 974.

Já pela Seleção Brasileira, o eterno camisa 4 foi o primeiro atleta brasileiro dos esportes coletivos a ser tricampeão Pan-Americano, além de se tornar o jogador com maior número de participações em Copas do Mundo na história do basquete masculino, com cinco (1998, 2002, 2006, 2010 e 2014).

Jeremy Pargo (Maccabi Tel-Aviv) – 2014

O armador norte-americano Jeremy Pargo, ex-Memphis Grizzlies, Cleveland Cavaliers e Philadelphia 76ers, teve uma passagem para lá de marcante na Copa Intercontinental 2014.

Pargo foi “o cara” do Maccabi na Intercontinental 2014, mas sua média de 24,5 pontos não foi suficiente para tirar o título do Flamengo (Gaspar Nóbrega/Inovafoto.com)

Com a camisa do Maccabi Tel-Aviv, o baixinho de 1,85m de altura era “o cara” do time israelense e barbarizou a defesa do Flamengo em 2014, com média de 24,5 pontos nas duas partidas.

Teve enterrada, várias bolas de 3 e lances incríveis. E ele era abusado, hein? Provocou os mais de 15 mil torcedores do Flamengo e deixou um clima bastante hostil na Jeunesse Arena. Pena que não deu certo, né?

Sua carreira de NBA não foi muito longa – só Grizzlies, Cavs e 76ers -, mas ao redor do mundo, Pargo já jogou em Israel, Rússia, China, Itália e Líbano.

Atualmente, com 32 anos, o baixinho retornou ao Maccabi Tel-Aviv para a disputa da Euroleague, em que tem média de 6,3 pontos e 2,7 rebotes.

Luka Doncic (Real Madrid) – 2015

Quem diria que o mais novo fenômeno da NBA Luka Doncic já disputou uma Copa Intercontinental… E foi aqui no Brasil, em 2015, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Na época, o esloveno tinha apenas 16 anos e ainda dava seus primeiros passos no time adulto do Real Madrid. Aquela, inclusive, foi a primeira viagem do atleta com o time profissional.

Luka Doncic fez, aos 16 anos, sua primeira viagem pelo profissional do Real Madrid na Intercontinental 2015 contra Bauru (Gaspar Nóbrega/FIBA)

Luka ainda era desconhecido e pouco badalado. Tem até história de que um fã brasileiro pediu para ele fotografá-lo com outras estrelas do Real. Dá para acreditar?

Em quadra, o garoto de 16 anos jogou apenas sete minutos no Jogo 1, em que não pontuou e registrou dois rebotes e uma assistências, e 16 minutos no Jogo 2, no qual deixou a quadra com quatro pontos e dois rebotes.

Depois do título sobre Bauru, Luka teve seu “boom” e estourou no basquete europeu. Foi tricampeão da Liga ACB, com direito a prêmio de MVP em 2018, além de ter sido campeão, MVP e MVP do Final Four da Euroleague 2018 antes de partir para a NBA.

Hoje, prestes a completar 20 anos, Doncic é “o cara” do Dallas Mavericks e um dos principais jovens que a NBA já viu. Suas médias são de “apenas” de 20,7 pontos, 7,2 rebotes e 5,6 assistências por partida em sua primeira temporada da liga.

Alex Garcia (Bauru) – 2015

Esse é outro que merece todas as reverências do mundo. Um dos nomes mais respeitados nas Américas, Alex Garcia liderou a campanha do Bauru até a disputa da Copa Intercontinental 2015 e foi o capitão da disputa contra o Real Madrid no Ginásio do Ibirapuera.

O Brabo, que foi MVP do Final Four da Liga Sul-Americana e da Liga das Américas 2015, registrou 12 pontos, oito assistências e sete rebotes na vitória sobre o Real no Jogo 1 (91 a 90) e mais 14 pontos, quatro rebotes e três assistências na derrota no Jogo 2 (91 a 79).

Alex Garcia foi o capitão do Bauru na Copa Intercontinental 2015 contra o Real Madrid (Gaspar Nóbrega/FIBA)

E que carreira tem Alex Garcia, hein? Internacionalmente, ele já atuou no Maccabi Tel-Aviv (ISR), onde foi vice-campeão da Euroleague, e também na NBA, onde defendeu San Antonio Spurs e New Orleans Hornets.

Em solo nacional, defendeu COC/Ribeirão Preto, Universo/Brasília e Sendi/Bauru e acumulou as seguintes conquistas: cinco títulos do Campeonato Paulista, seis nacionais, sendo quatro deles no NBB CAIXA, um troféu de MVP do NBB CAIXA, sete de Melhor Ala e oito de Melhor Defensor, além de um de MVP das Finais.

Já no âmbito continental de clubes, Alex é tricampeão da Sul-Americana (MVP na edição 2014), bicampeão da Liga das Américas (MVP na edição 2015) e vice-campeão da Copa Intercontinental.

Pela Seleção Brasileira, foram quatro Copas do Mundo (2002, 2006, 2010 e 2014) e duas Olimpíadas (Londres 2012 e Rio 2016), além de dois ouros nos Jogos Pan-Americanos (2003 e 2007), dois títulos da Copa América (2005 e 2009) e o vice-campeonato no Pré-Olímpico de 2011 em Mar Del Plata (ARG), que colocou o Brasil de volta em uma Olimpíada depois de 16 anos de ausência.

Fran Vázquez (Iberostar Tenerife) – 2017

Os mais novos podem não conhecer, mas o pivô espanhol Fran Vázquez é um nome para lá de respeitado na Europa e, em 2017, foi campeão da Copa Intercontinental pelo Iberostar Tenerife (ESP) contra o Guaros de Lara (VEN).

Aos 35 anos, o veterano de 2,09m de altura atuou por apenas dez minutos contra o Guaros e totalizou quatro pontos e oito rebotes. Sua equipe venceu o jogo único da decisão, por 76 a 71, e conquistou o inédito título.

O espanhol Fran Vázquez foi campeão da Intercontinental 2017 pelo Tenerife (ESP) sobre Guaros de Lara (VEN) (Divulgação/BCL)

Fran Vázquez possui um currículo de respeito, com lindas trajetórias no Unicaja Málaga e principalmente no Barcelona, onde conquistou a maioria de seus títulos, como a Euroleague 2010 e o tricampeonato da Liga ACB.

Além das plásticas cravadas que sempre deu, o gigante de 2,09m se destaca muito pelos tocos. Não à toa, é líder histórico do fundamento na Euroleague e também na Liga ACB. De quebra, detém o recorde de tocos em um só jogo da ACB, com 12, e possui um prêmio de Melhor Pivô da liga espanhola em 2009.

O brilho do jogador, que chegou a ser selecionado pelo Orlando Magic na 11ª posição do Draft de 2005, não foi o mesmo pela seleção da Espanha, em que atuou somente no Eurobasket de 2005 e também no Mundial de 2010.

Atualmente, Vázquez defende o CAI Zaragoza na Liga ACB e tem médias de 7,1 pontos e 4,7 rebotes (10,5 de eficiência).

Walter Herrmann (Flamengo) – 2014

Esse não podia faltar na lista das “lendas” da Copa Intercontinental.

Campeão olímpico em 2004 pela seleção da Argentina e ex-NBA, o ala/pivô Walter Herrmann defendeu o Flamengo na Intercontinental 2014 e foi um dos grandes nomes do histórico título rubro-negro.

Herrmann foi um dos mais ovacionados no título da Copa Intercontinental 2014 (Gaspar Nóbrega/FIBA)

Nas duas partidas contra o Maccabi Tel-Aviv, na Jeunesse Arena, Herrmann ficou em quadra por 30 minutos em ambas e marcou respectivos nove e oito pontos.

Durante a festa do título, o argentino foi um dos mais festejados pela torcida e seguiu sua tradição de subir no aro para comemorar a conquista.

Herrmann seguiu sua tradição e subiu no ar para comemorar o título da Intercontinental 2014 (Divulgação/FIBA)

Com nada menos que um ouro olímpico em 2004 pela seleção de seu país e três temporadas na NBA (com passagens por Charlotte Bobcats e Detroit Pistons), Herrmann ainda possui em seu currículo dois prêmios de MVP da liga argentina, em 2001 e em 2014, ambos com o Atenas de Córdoba.

Em sua trajetória de cinco anos pela Espanha, o argentino defendeu Unicaja Málaga, Fuenlabrada e Baskonia e conquistou nada menos que um troféu de MVP da Liga ACB em 2003, pelo Fuenlabrada.

Atualmente, Herrmann defende o Atenas de Córdoba (ARG) e inclusive está na disputa da Liga das Américas 2019 com Paulistano/Corpore e Sesi Franca em um dos grupos semifinais da competição.

Shamell (Pinheiros) – 2013

Não tem como não falar de Shamell. O maior cestinha da história do NBB CAIXA teve uma aparição para lá de expressiva na Copa Intercontinental 2013, quando defendia o EC Pinheiros.

Na ocasião, o ala norte-americano havia acabado de ser campeão e MVP da Liga das Américas 2013 e entrou na Intercontinental contra o Olympiacos como grande nome do time pinheirense.

Capitão Shamell foi o cestinha da Copa Intercontinental 2013 entre Pinheiros e Olympiacos (Samuel Vélez/Fiba Américas)

No entanto, nada disso foi capaz de pará-lo. Shamell foi autor de 26 pontos no Jogo 1 e marcou 27 pontos no Jogo 2 contra o time de Spanoulis, Printezis e Cia, então campeão da Euroleague.

Em 15 anos de basquete brasileiro, o norte-americano de Fresno, na Califórnia, foi bicampeão Paulista, campeão e MVP da Liga das Américas 2013 e também da Liga Sul-Americana 2016 – tudo isso por Pinheiros e Mogi.

No âmbito do NBB CAIXA, Shamell se firmou como maior cestinha da história do campeonato, com 6.969 pontos, e conquistou nada menos que dois troféus de Cestinha (2013/2014 e 2014/2015) e três de MVP do Jogo das Estrelas (2009, 2016 e 2017).

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