#JOGAJUNTO

NBB Caixa

no caminho

25-05-2017 | 09:09
Por Liga Nacional de Basquete

Mesmo com contusões e perda de jogadores: veja trajetória do experiente elenco bauruense até a decisão da competição

O caminho bauruense até as Finais do NBB CAIXA 16/17 foi árduo. Diferente das últimas duas edições, em que o time também chegou à decisão, desta vez o Gocil/Bauru Basket ficou de fora do G-4 ao longo da fase de classificação e teve que passar por três duras fases até chegar à série mais importante da temporada.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, Nike e Avianca e o apoio do Ministério do Esporte.

Com a saída de alguns e chegada de novos jogadores, Bauru iniciou NBB CAIXA 16/17 com altos e baixos (delima/dubem)

Antes do início do NBB CAIXA 16/17, o Bauru já passou por mudanças significativas. No período de baixa temporada, o time do interior paulista perdeu nomes fortes de seu elenco, como Ricardo Fischer, transferido para o Flamengo, e Robert Day, que se aposentou, além do jovem Wesley Sena, que poderia ter mais destaque neste ano, mas foi contratado pelo Barcelona (ESP).

“Foi uma temporada muito difícil para a gente desde a montagem da equipe. Não sabíamos como íamos continuar com a perda dos jogadores, mas a partir do momento que fomos montando o grupo, o time incorporou este desafio de dar um pouco a mais de cada um. As lesões também foram complicadas, mas sempre acreditando no nosso objetivo”, disse Demétrius Ferracciú, técnico do Bauru.

Com contrações para suprir estas ausências, de Valtinho, Gegê, Gui Deodato e Shilton, os comandados de Demétrius Ferracciú foram com tudo para mais uma temporada na competição. O início foi complicado. Os primeiros cinco jogos, o Bauru teve retrospecto negativo (duas vitórias e três derrotas) e duas contusões significativas, de Alex Garcia e Léo Meindl, ambas diante do próprio Paulistano/Corpore, adversário bauruense na decisão.

A retomada de moral veio diante do Vasco da Gama, na sexta rodada, porém mais uma contusão mexeu com o elenco bauruense. O jovem Gui Santos, que vinha ganhando destaque dentro do time, rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho direito e desfalca o Dragão até hoje. Depois do resultado positivo contra o cruzmaltino, foram mais três vitórias para o Bauru, até as derrotas para o Minas Tênis Clube e o UniCEUB/BRBCARD/Brasília dentro de casa.

Mesmo com a saída de Hettsheimeir, Bauru emplacou sete vitórias consecutivas, sua melhor sequência na temporada (Caio Casagrande/Bauru Basket)

No final do mês de janeiro, o cestinha do time na temporada Rafael Hettsheimeir se despediu de seus companheiros, após receber proposta do Montakit Fuenlabrada (ESP). Mesmo diante desta enorme perda, o Bauru cresceu na competição neste exato momento, quando chegou a sua maior sequência de vitórias nesta edição, com sete.

“Quando o Hettsheimeir saiu foi o momento em que equipe mais se fechou e tivemos a consciência que nossa defesa poderia dar algo de diferente na competição. Foi exatamente isso que aconteceu, a gente passou a defender mais, até pela característica dos jogadores, e isso foi nos fortalecendo, nos dando uma confiança para manter o mesmo ritmo, sempre brigando pelas primeiras colocações”, declarou o treinador.

A reta final da fase de classificação bauruense foi de altos e baixos, e após a derrota para o Mogi das Cruzes/Helbor dentro de casa, na penúltima rodada, a equipe acabou ficando de fora do G-4, com a quinta colocação, tendo que disputar as oitavas de final dos playoffs pela primeira vez desde o NBB CAIXA 13/14.

O primeiro adversário do Bauru foi o Macaé Basquete e, apesar dos 3 a 0, a série foi marcada por duros jogos, com vitórias por 80 a 70, 91 a 79 e 93 a 83. Nas quartas de final, os bauruenses encontraram o Brasília e iniciaram o confronto com derrota dentro de casa, por 88 a 87. Quando a maré parecia ter virada contra o time paulista, os comandados de Demétrius Ferracciú foram até a capital federal, venceram duas partidas (por 77 a 73 e 85 a 76) e garantiram a classificação no Panela de Pressão, com vitória por 80 a 78.

Na semifinal, o Dragão passou por uma situação ainda mais delicada. Foram duas derrotas no começo da série contra o Pinheiros, por 98 a 86 fora e 89 a 83 dentro de casa. Sem poder cometer mais erros, o Bauru ressurgiu no segundo tempo do Jogo 3. Foram 60 pontos contra 31 do rival nos 20 minutos finais da partida e uma vitória imponente por 94 a 77.

Equipe paulista esteve perdendo a série contra o Pinheiros por 2 a 0, mas se recuperou e comemorou classificação em casa no Jogo 5 (João Pires/LNB)

“Contra o Pinheiros nós acreditamos todo o tempo, muito pela experiência do nosso elenco, de saber que a série ainda estava aberta. Passamos a jogar como um time mesmo, todos se ajudando em um momento difícil, e quando encontramos a vitória no Jogo 3 o time passou a sorrir novamente e ver que era possível reverter a situação”, analisou Demétrius.

No Jogo 4, os bauruenses deram mais uma prova de força ao tirarem dez pontos de desvantagem no último quarto e conquistarem a vitória, por 76 a 72. Na quinta e decisiva partida, os comandados de Demétrius estiveram a frente a partir da metade do segundo quarto, mas lutaram muito para conquistar o resultado positivo, por 66 a 60, e confirmar a maior virada da história do time nos playoffs do NBB CAIXA.

“Percebemos que se fizéssemos a mesma coisa que fizemos no Jogo 3 as nossas chances aumentariam, principalmente em relação a defesa. A partir da terceira partida a gente começou a abaixar muito a pontuação do Pinheiros em relação aos outros dois jogos e esse é o ponto de equilíbrio da equipe. Pensamos jogo a jogo. Por mais que estivesse 2 a 0 para o Pinheiros, sabíamos que precisávamos ganhar o próximo jogo e não três partidas seguidas. Conseguimos reverter a situação e saímos fortalecidos desta semifinal”, concluiu o treinador bauruense.