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Mundial de Clubes

Valeu, Flamengo

17-02-2019 | 08:03
Por Liga Nacional de Basquete

Mesmo com grande atuação de Varejão, Flamengo perde decisão para AEK Atenas e fica com vice-campeonato da Copa Intercontinental 2019

O Flamengo foi valente, lutou até o fim, mas não conseguiu o bicampeonato da Copa Intercontinental. Diante de ótimo público na Arena Carioca 1, o clube da Gávea foi derrotado pelo AEK Atenas, atual campeão da Champions League da Europa, neste domingo (17/02), por 86 a 70, e ficou com o vice-campeonato do torneio mundial.

Varejão gigante: Um dos atletas mais renomados do elenco rubro-negro, o pivô Anderson Varejão colocou à mostra seus mais de 15 anos de experiência internacional e foi o grande destaque do clube carioca na partida. O jogador foi autor de um duplo-duplo de 21 pontos e 11 rebotes e totalizou 28 de eficiência.

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Também lutaram: Ainda pelo Flamengo, outros destaques ficaram por conta do ala Marquinhos, com 11 pontos, do pivô bahamense David Nesbitt, autor de dez pontos e quatro rebotes, e do armador argentino Franco Balbi, que deixou a quadra com nove pontos e seis assistências na conta.

Fala aí, Varejão: “Foi um jogo duro desde o início. O AEK apostou em uma estratégia de jogo que deu certo, e a gente não teve muitas respostas para isso. Eles foram melhores, as bolas caíram na hora certa, principalmente ali no terceiro quarto, quando eles abriram a vantagem. Brigamos até o fim, não nos rendemos em momento algum, mérito total deles”, declarou o pivô Anderson Varejão.

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O MVP: Uma das grandes referências ofensivas do AEK Atenas, o armador norte-americano Jordan Theodore foi eleito o MVP da Copa Intercontinental 2019. O jogador foi o cestinha da decisão contra o Flamengo, com 22 pontos (8/12 nos arremessos de quadra), além de seis assistências (25 de eficiência).


Ponto chave: O fator decisivo para o triunfo do AEK foi a defesa. O time grego mostrou uma aplicação incrível na marcação e tirou os rubro-negros de posição a todo momento. Prova disso é o número de desperdícios de bola cometido pelo clube brasileiro: 20, que resultaram em nada menos que 33 pontos da equipe europeia.

Fala aí, comandante: “Encontramos dificuldades ofensivamente, eles fizeram uma defesa bem consistente, fechando o garrafão. Eles marcaram muito bem nossa maior arma, que é o pick and roll central, e apostaram em algumas trocas defensivas que não soubemos aproveitar para tirar vantagem, mas muito por mérito deles, que souberam fechar bem os espaços. Defensivamente achei que fomos bem na maioria do tempo, mas ofensivamente deixamos a desejar”, disse o técnico do Flamengo, Gustavo De Conti.


Início acirrado: O primeiro quarto da decisão foi bastante igual. De um lado, o AEK Atenas apostou em sua defesa forte e na disciplina de do sistema de jogo proposto. Do outro, o Flamengo contou com a inspiração de Franco Balbi e Varejão, que combinaram para 15 dos 19 pontos do time na parcial. No fim, com bola de 3 de Sakota nos segundos finais, o período inicial terminou com vantagem para os gregos: 20 a 19.

Vantagem grega: Depois de passar à frente nos segundos finais do período anterior, o AEK abriu o segundo quarto com uma corrida de 8 a 0, que ampliou sua vantagem para nove pontos. A partir daí, a equipe europeia somente controlou a boa margem e foi para o vestiário com 42 a 33 no placar.

Ainda atrás: A diferença no placar não mudou no terceiro quarto. Apesar de um jogo igual em quadra e da vitória do Flamengo na parcial (22 a 21), o clube grego, sempre consciente e firme na defesa, permaneceu com vantagem rondando os dez pontos e caminhou para os dez minutos finais com oito pontos de frente (63 a 58).

Deslanchou e levou: No último quarto não teve jeito. O AEK Atenas seguiu usando sua defesa como arma para minar o ataque do Flamengo e assim ampliar sua vantagem no placar. Com grande aparição do armador norte-americano Jordan Theodore, a equipe da Grécia estendeu a margem para a casa dos 20 pontos (79 a 59) e só esperou o cronômetro zerar para comemorar o título.

Fala aí, comandante: “Sempre podemos tirar aprendizados. Digo sempre que a gente aprende mais quando perde do que quando ganha. Tiramos várias lições, uma delas é melhorar nossa capacidade ofensiva quando encontramos uma defesa bem consistente como hoje. Precisamos melhorar taticamente para deixar o ataque mais veloz em situações como essa”, completou o treinador do Flamengo.