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Mundial de Clubes

Valeu, Pinheiros

06-10-2013 | 03:13
Por Liga Nacional de Basquete

Time paulista não conseguiu desbancar o Olympiacos para ficar com o título mundial, mas mostrou muita qualidade e jogou de igual para igual contra os gregos

Pinheiros não ficou com o título, mas deixa o Mundial de cabeça erguida com as boas atuações (Luiz Pires/FotoJump)

O Pinheiros/SKY não conseguiu ficar com o tão sonhado título da Copa Intercontinental de Clubes 2013. Campeão da última edição da Liga das Américas, o time da capital paulista ganhou o direito de disputar o troféu do torneio mundial diante do Olympiacos, dono das duas últimas taças da Euroliga.

Foram duas partidas duras e equilibradas, mas os gregos saíram vencedores nas duas oportunidades. Os brasileiros chegaram a liderar o placar nos dois duelos, curiosamente durante o segundo quarto, não deixaram com que os rivais tivessem tranquilidade em nenhum momento (apenas na parte final do último jogo o Olympiacos deslanchou), mas não conseguiram superar o forte e qualificado time comandado pelo técnico Georgios Bartzokas.

“Estou muito orgulhoso do nosso time. Nós mostramos a todas as pessoas que estiveram aqui que nós representamos com muito coração o Brasil. Jogamos sem medo e encaramos o Olympiacos com todas as nossas forças”, afirmou o experiente ala/armador Joe Smith, um dos principais nomes da equipe de São Paulo nas duas partidas.

Durante os 80 minutos do confronto (40 na sexta-feira e 40 no domingo), o Pinheiros conseguiu jogar de igual para igual com uma das principais potências do basquete mundial. Com destaque para as atuações do ala norte-americano Shamell, cestinha das duas partidas, com 26 e 27 pontos, respectivamente, a equipe pinheirense mostrou sua força, esteve sempre viva nos duelos e vendeu caro a derrota ao esquadrão europeu.

“Nós fizemos dois bons jogos. A equipe do Pinheiros, principalmente no jogo de sexta e na primeira parte de hoje fez o basquete que estava determinado. Eles foram a equipe vencedora, mas nós não somos os derrotados. Eu saio absolutamente feliz dessa competição, tivemos ousadia, determinação, não nos inimimos, não acovardamos e aquilo que eu pedi aos atletas, para que cada um deles procurasse nesses jogos atingir o mais próximo possível dos seus limites, foi feito”, exaltou o técnico pinheirense, Cláudio Mortari.

Shamell foi o principal nome do Pinheiros nos equilibrados duelo diante dos gregos (Luiz Pires/FotoJump)

Antes de chegar ao Brasil, o time grego deixou bem claro que pouco conhecia o elenco do Pinheiros. Mas ao final da disputa, depois de dois jogos equilibrados, o esquadrão da cidade de Atenas reconheceu o bom nível que estão Shamell, Joe Smith, Rafael Mineiro, Paulinho, Jonathan Tavernari e companhia.

“Eu vejo que o Pinheiros é um bom time, bem forte. Eles mostraram que são um time rápido, que correm muito, sempre com um bom ritmo de jogo.Quando eles entram no ritmo e se concentram, podem dificultar qualquer jogo. Quando perdemos a concentração, quase deixamos o jogo escapar”, disse o ala/pivô grego Georgios Printezis, cestinha do jogo deste domingo, com 16 pontos.

Pinheiros, do ala/pivô Mineiro, fez jogos duros diante do Olympiacos (Luiz Pires/FotoJump)

Com um elenco repleto de jogadores renomados, o Olympiacos conseguiu neutralizar as principais jogadas do Pinheiros. Para isso, o técnico Georgios Bartzokas realizou um bom revezamento entre seus atletas, enquanto que pelo lado do Pinheiros, alguns jogadores como Shamell, Paulinho,  Mineiro e Joe Smith, ficaram 30 ou mais minutos em quadra em cada jogo. Isso, segundo o treinador grego, foi decisivo para a vitória dos europeus.

“Em primeiro lugar tenho que falar que o Pinheiros tem um jogo muito organizado, metódico e bem trabalhado por seu treinador. Eu acho que a diferença foi no peso do banco. O Pinheiros deixa muito tempo sete jogadores em quadra e o nosso time que troca mais, acabou tendo vantagem durante os jogos”, disse Bartzokas, de 48 anos.

Além de reconhecer o bom nível dos principais jogadores do Pinheiros, o experiente técnico do Olympiacos ainda conseguiu detectar o talento de duas jovens promessas do basquete brasileiro: Lucas Dias e Bruno Caboclo, ambos de 18 anos. Mesmo tendo entrado em quadra apenas nos minutos finais da segunda partida, os garotos receberam elogios do treinador grego.

“O Pinheiros é um time bastante atlético. Vi durante os aquecimentos dois jogadores jovens, com mais de dois metros de altura, que são fantásticos. Com o trabalho certo, tenho certeza de que eles poderão jogar um basquete de alto nível”, concluiu o técnico campeão da Copa Intercontinental.