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NBB Caixa / Seleção Brasileira

Voando baixo

05-08-2014 | 05:18
Por Liga Nacional de Basquete

Decisivo para os títulos do Flamengo na última temporada, Marquinhos espera manter ótimo momento de sua carreira e ajudar Seleção na disputa do Mundial da Espanha

Marquinhos é um dos escolhidos de Rubén Magnano para defender o Brasil no Mundial 2014 (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Marquinhos é um dos escolhidos de Rubén Magnano para defender o Brasil no Mundial 2014 (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Marquinhos, de fato, está voando baixo. Depois de uma temporada recheada de glórias pelo Flamengo, sendo um dos protagonistas do títulos do NBB e da Liga das Américas, o ala, de 30 anos, tem como próximo compromisso nada menos do que defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2014 e espera usar seu ótimo momento para ajudar o Brasil na briga por uma medalha no Mundial.

No entanto, para chegar a este ponto tão alto de sua carreira não foi fácil, o jogador, nascido no Rio de Janeiro (RJ), precisou superar alguns obstáculos, um deles, as lesões. Bem no início da temporada 2013/2014, foi detectado um edema ósseo na tíbia de Marquinhos, que por conta disso, não pode estar com a Seleção na disputa da Copa América 2013 a ainda ficou de fora de todo o primeiro turno do NBB6.

“A lesão serviu de aprendizado para mim. Eu nunca havia ficado tanto tempo sem jogar, foram quase sete meses fora. Foi muito frustrante. Tive que focar muito no meu retorno, trabalhar com calma, pois eu sabia que era um problema muito sério”, declarou o camisa 11 do Flamengo e dono da 14 na Seleção.

De volta às quadras depois de aproximadamente quatro meses no estaleiro, o jogador, que havia sido MVP, Melhor Ala e campeão da quinta edição do NBB, foi recuperando sua forma e seu ritmo de jogo de antes, e pelo jeito, voltou ainda melhor.

Marquinhos foi o cestinha do Flamengo na conquista inédita da Liga das Américas, com média de 21,5 pontos por jogo – a terceira maior da competição – e maior pontuador do clube rubro-negro nos playoffs do NBB6, com média de 17,0 pontos. Decisivo para os dois títulos da equipe da Gávea na temporada, o jogador espera seguir alçando voos cada vez mais altos, só que agora, com a Seleção Brasileira.

“Quando voltei eu consegui compensar todo o tempo que fiquei parado. Cada jogo para mim era uma decisão. Pro Flamengo também. Conseguimos nos sagrar campeões da Liga das Américas de forma invicta, fizemos um NBB brilhante. Eu vivo sim o melhor momento da minha carreira. Tem uns dois anos que venho atravessando uma fase muito boa e espero colocar isso na Seleção e ajudar o Brasil a conquistar uma medalha no Mundial”, contou Marquinhos, eleito para o Quinteto Ideal do último NBB.

Marquinhos foi o cestinha do Flamengo na conquista inédita da Liga das Américas (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Marquinhos foi o cestinha do Flamengo na conquista inédita da Liga das Américas (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Sempre presente nas convocações do selecionado verde-amarelo, Marquinhos é um dos homens de confiança do técnico Rubén Magnano. O treinador do Brasil mostrou que espera contar com o camisa 11 do Flamengo no Mundial e aproveitou para elogiar sua versatilidade, afinal, trata-se de um ala grande, de 2,07m de altura, que pode exercer tanto a função de ala (3), como de ala/pivô (4).

“Ele (Marquinhos) tem que estar bem. Nós precisamos dele, pois é um atleta de uma característica que nem todas as seleções têm. É um desafio para ele. Acredito muito que ele fará um bom mundial. Ele já mostrou dentro do país que será um jogador de extrema importância no grupo”, afirmou Magnano.

“É um ala com a característica dele nem todo mundo tem. Taticamente ele pode jogar de ala/pivô, como na posição do Guilherme (Giovannoni), por exemplo. Temos que estar preparados para isso e acredito que ele poderá cumprir essa função tranquilamente”, completou o comandante da Seleção Brasileira.

Marquinhos em ação contra que Kevin Durant, dos Estados Unidos, no Mundial 2010 (Divulgação/FIBA)

Marquinhos em ação contra que Kevin Durant, dos Estados Unidos, no Mundial 2010 (Divulgação/FIBA)

No Mundial de 2010, realizado na Turquia, Marquinhos, então com 26 anos, também marcou presença e encerrou a competição com médias de 4,5 pontos e 3,5 rebotes nas seis partidas que o Brasil disputou. Agora, o jogador está quatro anos mais velho e com mais alguns títulos na bagagem, como os dois NBB’s seguidos e a inédita da Liga das Américas, fato que o anima para a disputa de mais uma Copa do Mundo.

“Do último Mundial para cá eu venho de uma crescente muito grande. Hoje estou mais maduro, com um aprendizado maior do jogo, analiso o jogo de uma forma totalmente diferente. Hoje eu tenho 30 anos, já tenho no currículo dois títulos do NBB e um da Liga das Américas. Estou mais experiente e isso só tem a acrescentar e me ajudar na Seleção”, disse o ala de 30 anos.

Assim como Marquinhos, outros oito jogadores do plantel atual – Marcelinho Huertas, Larry Taylor, Leandrinho, Alex, Marcelinho Machado, Guilherme Giovannoni, Varejão e Tiago Splitter – estiveram na disputa do Mundial de 2010, em que o Brasil foi eliminado nas oitavas de final pela Argentina e acabou ficando com o nono lugar. Agora, o ala de 2,07m de altura tentará levar a Seleção a um posto mais alto na Copa do Mundo da Espanha, e quem sabe, a um lugar no pódio, com uma medalha no peito.

“Esse grupo já participou de Mundial junto e conseguiu ir bem. Infelizmente fomos derrotados pela Argentina e saímos com a nona coloção no Mundial da Turquia em 2010. Mas a gente pegou uma bagagem muito boa. Chegamos para esse Mundial com um entrosamento de muito tempo e com vários jogadores que vivem momentos fantásticos em seus clubes, isso só tem a acrescentar à Seleção Brasileira”, disse Marquinhos.

“É uma honra fazer parte deste grupo tão especial. Temos jogadores fazendo grandes campeonatos fora do país, jogando muito. É um orgulho receber um convite desses. A gente tem tudo pra fazer um grande Mundial. Temos grandes jogadores, um grande técnico”, concluiu Marquinhos.