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LDB

A união faz a força

08-07-2013 | 04:46
Por Liga Nacional de Basquete

Com grupo unido dentro e fora de quadra, Flamengo supera as próprias expectativas e termina etapa inicial da LDB 2013 com 100% de aproveitamento

Flamengo, do ala Diego, mostrou força e fechou etapa inicial da LDB 2013 sem saber o que é perder (João Pires/LNB)

Nove vitórias em nove jogos. Esta foi a campanha do Flamengo na primeira etapa da LDB 2013. Com 100% de aproveitamento na primeira fase de disputas do Subgrupo A1 da maior competição de base do basquete brasileiro, o time comandado pelo técnico Paulo Chupeta mostrou um ótimo rendimento dentro de quadra.

Mas, além das boas atuações dentro de quadra, o que mais chamou a atenção no grupo rubro-negro foi a união dos jogadores. Sempre juntos, inclusive nos momentos de descanso, o time foi ganhando força ao longo da competição e a vibração após cada vitória foi se tornando cada vez maior.

“A união desse grupo certamente faz a diferença em quadra. A mensagem que eu passo para eles é que aqui eles estão sendo observados e que aqui é a grande vitrine para que eles consigam virar jogador profissional de basquete. Então, eles têm que dar o máximo deles dentro de quadra. Por isso, sempre trato eles no limite. Mas, quando tem que relaxar eu também relaxo junto com eles. Então, consegui essa química de ser exigente na hora que precisa e brincalhão nos momentos mais tranquilos para diminuir um pouco a pressão em cima deles e eles estão absorvendo muito bem isso”, explicou o técnico Paulo Chupeta.

Chupeta é o técnico do Flamengo na LDB desde a primeira edição do campeonato (Célio Messias/LNB)

Grande parte desta união do elenco flamenguista se deve ao trabalho de Chupeta. Campeão do NBB1 com o time adulto do Flamengo, o treinador é o comandante da equipe do clube da Gávea na LDB desde a primeira edição do campeonato, que inclusive teve como campeão o próprio esquadrão carioca como campeão. Experiente e com bastante vivência na modalidade da bola laranja, o técnico é visto como uma espécie de pai para os garotos e as broncas durante as partidas são tratadas com normalidade pelos jogadores.

“Além de treinador, ele é um paizão mesmo. Se tiver que dar bronca, ele vai dar. Mas se tiver que brincar, dar risada, ele também estar junto com a gente. Então, nossa relação com ele é muito boa e isso reflete diretamente no rendimento do time em quadra”, disse o ala/armador Chupeta, que apesar de ter o mesmo apelido não tem nenhum tipo de parentesco com o treinador.

“A gente entende os momentos do jogo que ele briga. Ele sabe do nosso potencial e sabe o que podemos render dentro de quadra. Então, é tudo para o nosso bem. Ele não cobra nada mais do que a gente saiba fazer e ao mesmo tempo ele passa mais confiança ainda. Não temos dúvida de que com o grupo contagiado e unido deste jeito, pode vim qualquer coisa contra que a gente vai superar”, concordou o pivô Douglas.

A confiança do Flamengo na competição foi aumentando ao longo dos jogos. Antes do início do campeonato Sub-22, nem mesmo os próprios jogadores e a comissão técnica acreditavam que a equipe pudesse vencer seus nove primeiros compromissos e fechar a etapa inicial com 100% de aproveitamento.

“A gente veio aqui com a ideia de fazer nosso melhor. Fechar invicto a gente não esperava, mas fomos nos adaptando dentro da competição. Cada um tem seu papel dentro da equipe e sabe muito bem o que tem que fazer dentro de quadra. Tivemos que lidar com o cansaço e com a falta de ritmo de jogo, mas isso não abalou nosso time e nos superamos”, exaltou o ala Diego.

Boa parte do bom rendimento do Flamengo nos nove primeiros jogos na terceira edição da LDB passa pelas boas atuações do trio formado por Chupeta, Diego e Douglas. Mais experientes jogadores do elenco flamenguista na competição, os atletas foram os grandes destaques da equipe na etapa disputada na Arena Olímpica, em São Sebastião do Paraíso (MG).

Diego é o principal pontuador do clube da Gávea na competição até o momento, com média de 15 tentos por jogo, além de ser o terceiro jogador mais eficiente de toda o campeonato, com  18,1 pontos de eficiência por duelo. Enquanto isso, Chupeta mostrou uma enorme versatilidade em quadra e alternou momentos como armador, como ala e até como ala/pivô. Desta forma, o camisa 9 flamenguista teve expressivas médias de 11,2 pontos, 7,3 rebotes e 5,6 assistências. Por sua vez, Douglas comandou as ações do time no garrafão e somou médias de 14,2 pontos e 4,8 rebotes por partida.

“Eles (Diego, Chupeta e Douglas) são os protagonistas desse time. Não temos o Gegê, então eles sentiram que era o momento certo de chamar a responsabilidade. Eles acreditaram nas coisas que eu passei para eles antes do início do campeonato, então isso foi muito importante. Este tripé foi muito importante para esta boa campanha. Eu não esperava que fossemos fechar esta etapa inicial invictos, mas fomos evoluindo dentro da competição”, resumiu o técnico Paulo Chupeta.

“Além disso, os coadjuvantes tiveram papel fundamental dentro. Os meninos mais velhos passaram confiança e essa garotada mais nova conseguiu ter um bom desempenho. Tivemos um jogo em que o Gabriel foi muito importante, outro que o Alef mudou o jogo, assim como outras partidas que jogadores que saíram do banco foram muito bem”, resumiu o técnico Paulo Chupeta.

Mais velho do elenco flamenguista, pivô Douglas foi um dos principais destaques da equipe na etapa inicial (João Pires/LNB)

Atletas mais velhos da equipe, Diego, Chupeta e Douglas também possuem outra “carta na manga” para brilharem no campeonato Sub-22. Os jogadores fizeram parte do elenco flamenguista que se sagrou campeão da última temporada do NBB  e a experiência adquirida nos treinamentos, viagens e jogos foram fundamentais para que o trio chegasse em alta na LDB 2013.

“O Chupeta conversou com a gente antes mesmo da viagem e sabíamos que tínhamos o dever de assumir essa responsabilidade dentro de quadra. Os meninos mais novos entenderam isso e cada um cumpriu seu papel. O que a gente aprendeu durante a última temporada do NBB, com jogadores como o Caio, Marquinhos e Marcelinho, é o que tentamos passar para esta molecada. Mais do que ganhar os jogos, o Chupeta tinha o objetivo de que essa etapa inicial ajudasse o grupo a se fechar mais e foi exatamente isso que aconteceu” disse Douglas.

E o que está bom para o Flamengo na LDB 2013 pode ficar ainda melhor. Convocado para a Seleção Brasileira de Novos, o armador Gegê desfalcou a equipe na primeira fase de jogos da competição. Mas para as próximas etapas, o jogador, de 22 anos, estará de volta.

“O Gegê fez muita falta, mas a gente entendeu que não podíamos ficar nos lamentando que ele não está aqui. Ele está em uma boa fase na carreira e entendemos que tínhamos que correr um pouco mais para suprir a ausência dele. O (Paulo) Chupeta conversou com a gente antes mesmo da viagem e sabíamos que tínhamos o dever de assumir essa responsabilidade dentro de quadra. Cumprimos bem o nosso papel e sabemos que a tendência para as próximas fase é evoluir. Pretendemos aumentar o ritmo”, concluiu Douglas.