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Prazer,Benite

27-05-2020 | 05:22
Por Liga Nacional de Basquete

Na Live #BasqueteEmCasa, Benite fala sobre superação, sua marca de roupa sustentável, paixão por viajar e desejo de um mundo melhor

Direto da Espanha, Vitor Benite foi o convidado da live #BasqueteEmCasa dessa segunda-feira (22/05). A conversa do ala da seleção brasileira com Rodrigo Lazarini abordou toda a sua trajetória no basquete, dentro das quadras, mas também revelou um lado pouco conhecido do jogador. Definitivamente, a mentalidade de Benite é especial.

Antes de ir para a Europa, Benite fez história no Flamengo, sendo campeão da Copa Intercontinental de 2014 e de três edições do NBB. O segundo título nacional, em 2014, ficou marcado pela sua história de superação. O rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho no final de 2013 significaria para a maioria dos jogadores o final da temporada. Mas Benite não é como a maioria dos jogadores.

“Eu sou muito sonhador, como atleta e pessoa. Sempre fiquei muito nervoso quando as pessoas falavam que algo era impossível ou muito difícil de fazer. Quando eu tive a lesão no cruzado, faltavam cinco meses e meio para a final e eu sabia que o Flamengo chegaria, porque era um timaço. Então eu comecei a me preparar para jogar. Coloquei na minha cabeça que dava tempo. Participei de quatro treinos antes do jogo único, contra o Paulistano, e tivemos uma reunião da equipe. Deixei claro que eu não queria que me colocassem no jogo por achar que eu mereço pela minha reabilitação. Se eu entrar na quadra, é por acreditarem que eu posso ajudar o time. O Neto me colocou e eu consegui fazer uma bela partida”, disse o ala, que contribuiu com oito pontos na Final, aproveitando 100% dos arremessos.

Jogando pelo San Pablo Burgos, Benite está com média de 13,5 pontos e aproveitamento de 41% das bolas de 3 na Liga ACB (Divulgação/FIBA)

Benite mencionou vitórias de virada e séries difíceis de playoffs como exemplos de situações em que a característica de sonhar e sempre acreditar o ajuda no basquete. Mas os seus sonhos não se limitam às quadras. Quando o assunto da live foi o seu hobby favorito, o jogador revelou um desejo ambicioso.

“Uma das coisas que eu mais sou apaixonado é viajar e conhecer outras culturas, outras pessoas, aprender em outros países. Eu tenho o sonho de dar a volta ao mundo, fazer uma viagem diferente. É muito difícil como atleta você pegar muito tempo para viajar, porque você acaba perdendo o físico e eu sempre treino muito nas férias. Mas se tem alguma coisa que me tira do basquete, me desconecta da vida profissional, é isso. Acho que não tem nada melhor do que ir para outro país, para outra cidade, e conhecer pessoas diferentes, maneiras diferentes de viver. Eu vejo que a melhor forma de adquirir conhecimento é viajando”, afirmou.

 

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Jogador, viajante e… empreendedor de moda! Isso mesmo. Benite é sócio de uma marca de roupa e não é uma marca qualquer.

“Eu comecei a Narooma junto com o meu irmão. A gente teve a ideia de ter uma marca sustentável, de mudar um pouco a mentalidade em relação ao mundo da moda e o consumismo. O mundo não tem mais espaço para consumir apenas por consumir. A ideia foi trazer o conhecimento para as pessoas de que é melhor ter um produto com mais qualidade, que dura mais tempo e não agride o meio ambiente. A sustentabilidade é um dos projetos da minha vida. O objetivo da marca é fazer com que as pessoas pensem de uma maneira diferente, mais sustentável, tendo em vista o futuro, nos nossos filhos e netos”, contou o jogador do San Pablo Burgos.

 

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Ao final da conversa, Benite falou sobre essa necessidade de ajudar o planeta e o momento difícil que o mundo está passando. Ele enxerga essa crise como uma oportunidade para reflexão e mudança.

“Eu aprendi na minha vida como atleta que os momentos difíceis são os melhores momentos para aprendermos como lidar com o futuro. Já está claro para todos que a mentalidade do ser humano precisa ser melhor. Temos que ver o planeta como um só e entender que precisamos de união. Eu espero que as pessoas deixem de lado os conflitos e pensem em como a gente pode melhorar. A única certeza que eu tenho do que eu quero deixar como legado é de que quando eu for embora, o mundo vai ser melhor”, declarou.