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O COVID-19pelo mundo

14-04-2020 | 02:57
Por Liga Nacional de Basquete

Jogadores estrangeiros do NBB contam como está a situação do coronavírus em seus países de origem

Devido ao avanço do surto do COVID-19, ao isolamento domiciliar recomendado pela Organização Mundial da Saúde e a paralisação desta temporada do NBB, alguns dos atletas estrangeiros do basquete brasileiro retornaram às suas casas para passar a quarentena em família. Eles contaram como vem sendo este período de isolamento em seus respectivos países. Confira:

Estados Unidos

Há alguns dias, o ala/pivô Tyrone deixou Minas Gerais em direção a Nova York, epicentro do novo coronavírus. Até o momento da redação desta matéria, os Estados Unidos haviam contabilizado mais de 584.000 casos de infectados pelo vírus e 23.134 fatalidades, sendo destas 7.349 registradas somente no estado de Nova York.

Para o jogador do Minas Tênis Clube, a situação da epidemia nos Estados Unidos é difícil, pois muitos não sabem o que fazer e estão em pânico. “Algumas pessoas pensam que isso é apenas uma gripe ou resfriado normal e outras, mais preocupadas, estão tendo uma abordagem mais madura. Eu acho que é tudo tão novo que ninguém sabe exatamente o que fazer”, disse.

Tyrone, do Minas Tênis Clube, e sua família (Arquivo pessoal)

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De quarentena em casa, Tyrone está “tentando extrair o melhor de uma situação ruim”. Às tardes, por exemplo, faz pequenas caminhadas ao lado de sua família e de seus cachorros. 

Argentina

Outros gringos, como o argentino Franco Balbi, não se permitem nem mesmo caminhadas ao ar livre em nome do isolamento. “A situação na Argentina também é complicada como em todos os lugares do mundo. Nosso governo pediu para que todos os argentinos fiquem em casa e só saiam para ir ao mercado ou devido a alguma urgência”, contou.

Franco Balbi, do Flamengo, e sua família na quarentena (Arquivo pessoal)

Até a publicação desta matéria, eram 2.277 os casos registrados de coronavírus na Argentina. Os cuidados que o armador do Flamengo tomou como prevenção ao COVID-19 são aqueles instruídos pela Organização Mundial da Saúde, como evitar sair de casa, lavar as mãos, usar álcool em gel e ter o menor contato possível ao ir ao mercado, por exemplo. 

Para não ficar parado nesse momento de quarentena, Balbi também tem praticado treinos montados pelo preparador físico. Já para exercitar a mente, o jogador encontra alguns passatempos, como videogames e quebra-cabeças. E não é que ele é bom nisso?

República Dominicana

Companheiro de equipe de Balbi, o dominicano Eloy Vargas tem feito um pouco de tudo nesta quarentena. “Cuido do meu filho, cozinho, ajudo minha esposa com as tarefas domésticas. Treino todos os dias em casa, faço bicicleta, exercícios na piscina e um pouco de musculação, mas já tenho saudades da quadra e dos jogos com minha equipe”, disse.

Na República Dominicana, são 3.286 as pessoas infectadas por COVID-19 e Santiago, a cidade do pivô rubro negro, é a segunda com maior número de casos. “A situação agora está muito ruim, a cada dia aumentam os casos. As pessoas estão muito assustadas, mas temos certeza de que isso vai passar rápido com a ajuda de Deus”, contou.

Para se prevenir do contágio, o jogador vem tomando algumas precauções. “Se tenho que sair para o mercado, uso máscaras, luvas e álcool gel. Quando chego em casa, tiro toda a roupa e entro rapidamente no banho. É o que muitos estão fazendo para combater o coronavírus”, disse.

Uruguai

Alguns países foram na contramão dos primeiros epicentros do vírus e assumiram medidas preventivas antes da disseminação massiva. Foi o caso do Uruguai, país do armador Pepo Vidal, que defende a Unifacisa

Pepo Vidal, da Unifacisa, e sua família na quarentena (Arquivo pessoal)

Hoje, o país contabiliza 483 casos de coronavírus. Segundo Pepo, as pessoas têm respeitado a quarentena voluntária e isso ajuda muito no combate ao contágio. Em Campina Grande, o jogador está morando com sua mulher e seu filho de um ano. “A gente não sai do apartamento, apenas para ir à farmácia ou ao supermercado. A escola também foi suspensa”, disse. 

Para se manter ativo, o jogador tem feito uma hora de treinos todos os dias, com exercícios abdominais, de mobilidade e de força.

Canadá

O ala do Sendi/Bauru Basket, Nick Wiggins, também retornou ao seu país de origem nessa quarentena: o Canadá. Segundo o jogador, a situação do COVID-19 cresce todos os dias por lá. “A gente ainda não tem tantos casos se comparado a outros lugares, mas os números estão aumentando a cada dia. O governo está fechando lugares públicos, restaurantes, shoppings e nossa situação está a mesma de isolamento social”, contou.

Nick Wiggins tem passado esse tempo de quarentena praticando atividades como corridas e jogos de videogame (Arquivo pessoal)

Até agora, são 26.206 casos de infecção registrados no país. Como precaução, Wiggins tem adotado as medidas gerais orientadas pelos órgãos de saúde: distanciamento e isolamento social e sair apenas se for necessário.

Ele contou, também, que sua rotina tem sido a mesma todos os dias. “Saio para uma corrida todos os dias, tomo café da manhã, jogo videogames, como e durmo. Estou praticamente fazendo o tempo passar e ficando com as pessoas que eu amo. Quando eu cheguei ao Canadá, tive que ficar 14 dias isolado para ver se algum sintoma do vírus apareceria. Estou muito feliz que agora estou em casa, perto da minha família e seguro com eles”, disse.

Bahamas

O pivô do Corinthians, Nesbitt, permaneceu no Brasil para este período de quarentena, mas contou como está a situação nas Bahamas, onde nasceu. Já são 49 casos confirmados no país, mas, segundo ele, se estima que sejam mais. 

“Minha família está em casa o tempo inteiro agora. O governo determinou a oclusão obrigatória do país. Eles baniram todas as viagens para as Bahamas e todos os negócios foram fechados. Apenas alguns estabelecimentos essenciais estão abertos, como hospitais, mercados e farmácias. Também estabeleceram um toque de recolher para todo o país”, disse.  

As Bahamas, onde Nesbitt nasceu, têm adotado medidas rigorosas para conter o COVID-19 (Daniel Vorley/ECP)

Importante!

O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.

Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.

Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!

*As informações sobre o número de casos foram retiradas do portal da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que atualiza os números mundiais em tempo real.