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Live comFischer

16-04-2020 | 07:06
Por Liga Nacional de Basquete

Armador do Corinthians conversou com Rodrigo Lazarini e relembrou grandes momentos da carreira

O fã do NBB já sabe: toda segunda, quarta e sexta-feira é dia de Live #BasqueteEmCasa no Instagram. No meio dessa semana, quem conversou com Rodrigo Lazarini foi Ricardo Fischer. O armador do Corinthians relembrou grandes momentos da sua carreira e compartilhou como tem passado a quarentena.

Sem sair de casa por conta das medidas de prevenção à COVID-19, Fischer falou sobre a adaptação da vida de atleta ao isolamento social.

“A primeira dificuldade que nós atletas estamos enfrentando é de criar uma rotina mesmo sem sair de casa. Estou tentando continuar dormindo cedo e acordando cedo. Nosso preparador mandou uma planilha com treinamentos. Nós entramos na internet para comprar algumas coisas de academia e estamos tentando executar os exercícios de alguma forma, subindo na cadeira, sofá, de algum jeito (risos).”, disse.

A resenha rolou solta na Live #BasqueteEmCasa

Quem estava assistindo a live ficou com água na boca quando Fischer começou a falar sobre um de seus hobbies favoritos. Com tempo de sobra em casa, ele tem aproveitado para colocar a mão na massa e cozinhar.

“Durante a semana eu tento comer bastante salada, uma proteína e pouco carboidrato. Mas no final de semana eu invento. Já fiz risoto, picanha na panela de pressão, camarão ao catupiry, batata rosti e na Páscoa eu fiz bacalhau. Eu tenho um grande amigo, o Bruninho, ex-jogador do NBB, e a gente fica o dia inteiro trocando receita. De vez em quando a gente faz um hambúrguer porque ninguém é de ferro, né? É difícil eu cozinhar no dia a dia porque eu chego tarde em casa por causa do treino. Para mim é uma terapia.”, revelou.

Mestre Fúlvio

Fischer começou sua carreira profissional no São José e a experiência mais importante que ele teve nesse período foi o contato com Fúlvio. A Águia chegou às Finais na segunda temporada do jovem no NBB, em 2011-12, e ele pôde observar de perto um dos maiores armadores da história da liga.

Duelo entre Fischer e Fúlvio, em 2013

“O Fúlvio foi um dos meus grandes mentores. Hoje quase tudo que eu sei foi devido a ele. Ele literalmente me levou pra São José. Eu saí de Barueri e estava quase certo em Rio Claro. E aos 47 do segundo tempo o Fúlvio ligou me chamando. Foi muito especial. Eu aprendi muito vendo ele. Eu falo hoje pro pessoal mais novo que não é só jogando, mas você aprende muito assistindo também”, afirmou.

O time estrelado de Bauru

Em busca de mais espaço, Fischer se transferiu para Bauru em 2012. Depois de duas temporadas de destaque sob o comando de Guerrinha, ele precisou se adaptar. O motivo? Os reforços de peso que chegaram em 2014. Alex, Hettsheimeir, Jefferson e Robert Day eram os novos companheiros de time do armador, que já tinha o craque Larry Taylor ao seu lado.

“Quando todo mundo chegou, eu tive que mudar totalmente o meu estilo de jogo. Precisava ser menos agressivo e fazer o time de jogar. Foi uma adaptação, eu trabalhei muito isso nas férias e o Guerrinha me ajudou, me dando confiança mesmo sendo jovem”, relembrou.

Guerrinha foi um dos grande responsáveis pela evolução de Fischer em Bauru

A temporada 2014-15 foi histórica para a equipe de Bauru, que foi campeã da Liga Sul-Americana e Liga das Américas. Segundo Fischer, a mentalidade do elenco fez a diferença.

“Tinham muitas estrelas, mas a gente deixou de lado o ego para um bem maior. Queríamos disputar títulos e não ser cestinha ou ganhar prêmios individuais. Era um time campeão e muito inteligente. Os treinos pareciam de uma seleção. Eram caras que tinham ganhado muita coisa e estavam com sede de mais. A cidade já respirava e respirou o basquete cada vez mais com títulos inéditos”, disse.

Triplo-Duplo em Nova York

Depois dessa temporada inesquecível, o Bauru foi convidado para jogar a pré-temporada da NBA, contra o New York Knicks e Washington Wizards. Assim como qualquer basqueteiro, Fischer tem seus ídolos na melhor liga de basquete do mundo e não negou que entrou em choque no começo da primeira partida.

“A primeira bola eu cheguei numa transição, driblando, e era o Carmelo Anthony me marcando, eu não sabia o que fazer. Mas aí o jogo vai rolando, a ansiedade vai passando e você percebe que é só basquete, o que a gente faz todo dia”, afirmou.

(Caio Casagrande/Bauru Basket)

E como se toda essa experiência não bastasse, Fischer foi além e anotou um triplo-duplo no histórico Madison Square Garden.

“Eu nem tinha noção do que estava acontecendo. No último quarto, em um pedido de tempo, o Vitinho Jacob (ex-diretor de Bauru) me cutucou e falou “não sei se você viu, mas está faltando dois rebotes para você fazer um triplo-duplo”. Eu interrompi o Guerrinha e falei ‘time, está faltando dois rebotes para eu fazer um triplo-duplo. Então se eu gritar sai, vocês deixam eu pegar o rebote”. Tanto é que o último rebote, o Hettsheimeir e o Robert Day bloquearem e deixaram a bola pingando pra eu pegar. Quando eu peguei, minha família estava na arquibancada e começou a comemorar, mesmo com a gente perdendo por 15 pontos”, relembrou.

Importante!

O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.

Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.

Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!