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Os fatoresque decidem

10-05-2019 | 07:12
Por Liga Nacional de Basquete

Jogos 2 e 3 de Flamengo x Botafogo tiveram histórias distintas, mas alguns fatores em comum fizeram a diferença

Quem olha vê o placar de 2 x 0 da semifinal entre Flamengo e Botafogo pode até pensar que o clube rubro-negro está deitando e rolando na série. Mas não é bem isso que está acontecendo. Apesar dos resultados, ambos os jogos provaram que o equilíbrio existe e que as vitórias custaram caro para o time do técnico Gustavo De Conti.

Cada duelo teve sua história. O Jogo 1, realizado na casa do Fogão, foi decidido na última bola. Já o Jogo 2, com mando do Fla, foi bastante equilibrado até o intervalo, mas contou com grande superioridade do Mengão no segundo tempo.

+Estatísticas, fotos e vídeos do Jogo 1
+Estatísticas, fotos e vídeos do Jogo 2

Mas quais são os fatores em comum que vêm decidindo o rumo das partidas dessa série? Separamos alguns. Confira e não deixe de assistir a esse jogão!

Terceiro quarto

Tanto o Jogo 1 quanto o Jogo 2 tiveram o terceiro quarto como fator decisivo para definir o rumo que ambas as partidas tomariam.

No primeiro, o Flamengo foi para o intervalo vencendo por oito pontos (37 a 29) e chegou a abrir 14 na metade do terceiro período (52 a 38). No entanto, ainda na mesma parcial, o Botafogo emplacou uma sequência incrível de 14 a 3 nos cinco minutos restantes e reduziu o prejuízo para apenas três pontos (55 a 52) antes do fim da parcial.

Portanto, por mais que o período não tenha sido discrepante a ponto de definir a partida ali mesmo (acabou 25 a 23 no Flamengo), a reação do Fogão evitou uma deslanchada dos rubro-negros e fez com que o duelo entrasse no último quarto completamente aberto.

Botafogo usou 3º quarto para equilibrar Jogo 1. Já o Flamengo mudou o rumo do Jogo 2 na volta do vestiário (Gilvan de Souza/LNB)

O terceiro quarto foi discrepante mesmo no Jogo 2 e mudou completamente o rumo que a partida vinha tomando. Antes, o Botafogo havia ido para o intervalo vencendo, por 40 a 38. Mas, na volta do vestiário, o Flamengo contou com a mão quente de Deryk Ramos (3/4 nas bolas de 3) e dominou a parcial (23 a 14).

A diferença que antes era de dois pontos para o time do técnico Léo Figueiró se transformou em sete pontos para o Flamengo, que seguiu dominante nos dez minutos finais e ampliou a margem para 14 pontos na reta final do confronto.

E aí, será que o terceiro quarto vai ser decisivo também no Jogo 3?

Fatores surpresa

Não é nenhuma novidade afirmar que o elenco do Flamengo é um dos melhores do país. O clube da Gávea possui pelo menos dois jogadores de alto nível em cada posição, o que facilita a alta rotatividade e no jogo coletivo da equipe nas partidas.

Mesmo em um esquema que prevalece o jogo coletivo, alguns atletas costumam se sobressair no quesito estatística, como Marquinhos, Franco Balbi, Anderson Varejão e Olivinha. Mas, a força do plantel rubro-negra é justificada quando outros atletas se sobressaem.

No Jogo 2, o grande destaque da equipe ficou por conta do ala/armador Deryk Ramos, que apesar de titular, não vinha se sobressaindo na pontuação – média de 8,0 pontos por jogo no NBB CAIXA. Ele foi autor de 19 pontos (5/7 nas bolas de 3) e teve sua segunda melhor atuação em toda a temporada.

Além dele, outros dois atletas merecem ser citados pelo desempenho no último duelo: o ala/pivô Rafael Mineiro e o ala Jhonatan Luz.

Zerado no Jogo 1, Mineiro saiu do banco e anotou seu primeiro duplo-duplo na temporada (13 pontos e dez rebotes), justamente nas semifinais. Já Jhonathan, também vindo do banco, estava há 13 jogos sem atingir dois dígitos de pontuação e contribuiu com 12 pontos no Jogo 2 da série.

O Botafogo também possui esses jogadores em seu elenco. Liderados pelo trio de “baixinhos” (Jamaal, Coelho e Cauê Borges) e pela dupla de pivôs Arthur Bernardi e Ansaloni, o Glorioso precisou de boas atuações de outros atletas para chegar até as semifinais: Diego Conceição e Maique.

Vindo do banco, o ala/pivô Diego teve médias de 8,6 pontos e 4,4 rebotes nas quartas de final, com direito a duas partidas de 11 pontos. Já o pivô Maique também teve papel fundamental na série, com 7,0 pontos e 4,2 rebotes de média por jogo, com o bônus de ter dado um toco decisivo no ala Betinho, nos lances finais do Jogo 5.

Quem será que vai decidir o Jogo 3? As estrelas dos times ou as “surpresas” novamente?

Poder de decisão

Outro fator importante no rumo da série entre Flamengo e Botafogo é o poder de decisão de seus jogadores.

Do lado rubro-negro, o ala Marquinhos já demonstrou durante a série que não sente o peso de ter a última bola nas mãos.

No Jogo 1 com o Botafogo, com oito segundos para o fim (77 a 76), o jogador infiltrou no garrafão alvinegro, converteu os dois pontos, sofreu a falta e garantiu a vitória do Flamengo na casa do adversário.

Já o Botafogo, mesmo sem nenhuma vitória na série, também conta com um jogador que tem essa característica: o ala Cauê Borges.

A maior prova disso foi a atuação do jogador durante o Jogo 5 das quartas de final contra o Pinheiros, em que ele colocou o Botafogo na frente do placar com uma linda bola de 3 pontos restando 30 segundos para o fim (78 a 76), além de converter mais dois pontos da linha do lance livre nos segundos finais e levar o Glorioso pela primeira vez as semifinais do NBB CAIXA.

 

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Portanto, em uma série tão equilibrada como essa, quem vai decidir o Jogo 3?

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