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Seleção Brasileira

Bi do mundo!

24-05-2013 | 11:56
Por Liga Nacional de Basquete

Histórico bicampeonato mundial da Seleção Brasileira completa 50 anos; relembre como foi a conquista

Seleção Brasileira fez história e se sagrou bicampeã mundial em 1963 (CBB/Divulgação)

Neste sábado (25), o basquete do Brasil comemora 50 anos de uma conquista épica. No dia 25 de maio de 1963, a Seleção Brasileira fez história ao se sagrar bicampeã mundial na modalidade da bola laranja. A consagração do selecionado verde-amarelo veio após uma campanha invicta na competição realizada em solo brasileiro, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ).

Campeão quatro anos antes, no Chile, o time brasileiro estreou no Mundial de 1963 apenas na fase final do campeonato por ser o país-sede. Em relação ao elenco que conquistou o primeiro troféu do mundo do país na história apenas cinco jogadores permaneceram: Amaury Pasos, Wlamir Marques, Rosa Branca, Jatyr e Waldemar. Enquanto isso, o cargo de treinador seguiu nas mãos de Togo Renan Soares, o popular “Kanela”.

A campanha em solo carioca começou no dia 16 de maio. O adversário era Porto Rico, que terminou a primeira fase da competição no segundo lugar do Grupo B, com duas vitórias e uma derrota. Amaury e Wlamir brilharam, anotaram 18 e 14 pontos, respectivamente, e conduziram a equipe comandada por Kanela ao triunfo sobre o selecionado da América Central, pelo placar de 62 a 55.

Depois, foram quatro resultados positivos com placares tranquilos: 81 a 62 sobre a Itália, 90 a 71 diante da extinta e poderosa Iugoslávia, 77 a 63 contra a França e 90 a 79 no duelo com a também extinta União Soviética. Após cinco vitórias em cinco jogos, o Brasil chegou para o duelo com os Estados Unidos na última rodada dependendo apenas das próprias forças para ficar com o histórico bicampeonato mundial.

Jogadores fizeram muita festa e as redinhas foram cortadas para ficar como lembrança (CBB/Divulgação)

Porém, a tarefa não era fácil. Apesar de ter chegado ao jogo derradeiro sem chances de chegar ao título, os norte-americanos eram uma espécie de “pedra no sapato” dos brasileiros. Poucos dias antes do início do Mundial, o time verde-amarelo foi derrotado pela equipe dos Estados Unidos na final dos Jogos Pan-Americanos de São Paulo 1963 e ficou com a medalha de prata da competição continental, mesmo diante de um ótimo público no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista.

“Esse jogo envolvia diversos aspectos. Mas, realmente o sentimento de revanche fazia parte do nosso pensamento. Além disso, o time dos Estados Unidos que jogou o Mundial era muito mais forte do que o que eles levaram para o Pan. Eles tinham jogadores do calibre do Willis Reed, que fez história no New York Knicks e foi eleito com um dos 50 melhores jogadores de todos os tempos da NBA, e o Lucius Jackson, que jogou com destaque por muito tempo no Milwaukee Bucks. Isso enaltece ainda mais a nossa vitória”, disse Amaury Passos, segundo maior pontuador do Brasil no Mundial de 1963.

Mas, desta vez a história foi diferente. Com a presença de mais de 20 mil torcedores no Ginásio do Maracanãzinho, o esquadrão verde-amarelo voltou a contar com exibições acima da média de Wlamir, autor de 26 pontos na partida, e Amaury, que contribuiu com outros 22 tentos, além de 18 pontos de Vitor, para levar a melhor sobre o time norte-americano, que tinha como sua principal estrela o pivô Willis Reed, eleito pela NBA como um dos 50 maiores atletas de basquete da história.

Depois de um primeiro tempo apertado, em que o placar ficou empatado em 39 a 39, a Seleção Brasileira voltou para o segundo tempo mais ligada do que os rivais e garantiu o histórico bicampeonato mundial, com a vitória por de 85 a 81.

A festa pela conquista foi imensa e o país inteiro celebrou o inédito e histórico feito do time comandado por Kanela. Os doze heróis daquele bicampeonato, Amaury Pasos, Antônio Sucar, Benedito Tortelli (Paulista), Carlos Massoni, (Mosquito), Friedrich Wilhelm Braun (Fritz), Jatyr Schall, Luiz Cláudio Menon, Vitor Mirshauwka e Wlamir Marques, Carmo de Souza (Rosa Branca), Ubiratan Maciel e Waldemar Blatskauskas, serão sempre reconhecidos como grandes atletas da história do esporte no Brasil.