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Campanha honrosa

01-06-2013 | 04:20
Por Liga Nacional de Basquete

Vice-campeão, Uberlândia se despede do campeonato com o orgulho de ter reerguido uma das principais potências do basquete nacional

Uberlândia não venceu, mas conseguiu uma das maiores campanhas da história do NBB (João Pires/LNB)

Uma derrota em uma final de campeonato não é fácil de ser digerida. Mas, o desempenho do vice-campeão não pode ser esquecido por conta do revés na partida decisiva. E é com este sentimento que o Unitri/Universo se despediu da quinta edição do NBB. Derrotado pelo Flamengo na decisão da temporada 2012/2013 da maior competição de basquete do país, a equipe de Minas Gerais tem muitos motivos para se orgulhar.

O time do triângulo mineiro mostrou que está entre as grandes potências da modalidade na bola laranja no Brasil. Terceiro colocado na fase de classificação, com 25 vitórias e nove derrotas (73,5% de aproveitamento), Uberlândia chegou aos playoffs com moral e eliminou adversários de respeito: Pinheiros/SKY, em uma série vencida por três jogos a dois nas quartas de final, e Paschoalotto/Bauru, por três jogo a zero na fase de semifinal.

Cipolini, ao lado de Gruber, se destacaram na temporada (João Pires/LNB)

Foi então, que apenas em sua terceira temporada no NBB (a equipe não disputou as duas primeiras edições do campeonato), o esquadrão de Minas Gerais chegou a um lugar em que poucos times chegaram: a Final do NBB. Até o momento, apenas quatro equipes disputaram o duelo decisivo da competição. São elas: Flamengo, que além do título deste ano conquistou o troféu em 2009 e o vice-campeonato em 2010, Uniceub/BRB/Brasília, tricampeão do NBB (2010, 2011 e 2012) e Vivo/Franca e São José/Unimed, finalistas em 2011 e 2012, respectivamente.

“Foi uma grande temporada. Conseguimos atingir nosso objetivo que foi chegar à Final.  Queríamos o título, mas não veio desta vez. Agora é levantar a cabeça. Fizemos um grande campeonato e merecemos chegar a decisão. Temos que dar os méritos ao Flamengo, que merecidamente ficou com o título e também fizeram um excelente campeonato.  Vamos levantar a cabeça, seguir com o nosso trabalho pois o basquete não para por aqui”, disse o pivô Cipolini.

Além de ter escrito seu nome na história da competição, a equipe da cidade de Uberlândia conseguiu outro feito inédito durante sua trajetória na quinta edição do NBB. Pela primeira vez na história, um atleta da equipe recebeu um prêmio individual. O norte-americano Robert Day, dono da quarta maior média de pontos de todo o campeonato (17,9 tentos por partida), com direito a 46,6% de aproveitamento nos tiros de três pontos, integrou a seleção da competição, ao lado de Fúlvio, do São José/Unimed, Marquinhos e Caio Torres, ambos do Flamengo, e Rafael Mineiro, do Pinheiros/SKY.

Junto de Day, outros jogadores da equipe uberlandense também viveram um ótimo momento nesta temporada. O ala/pivô Gruber e o pivô Cipolini foram donos de atuações de respeito durante todo o campeonato e mostraram que estão em no patamar dos grandes jogadores do basquete brasileiro. Enquanto isso, os experientes armadores Helinho e Valtinho passaram o recado de que estão longe de colocar um ponto final em suas carreiras.

No comando de todos estes atletas de qualidade não poderia estar qualquer técnico. E foram justamente as orientações vindas do banco de reservas um dos diferencias do time mineiro. Aos 72 anos, Hélio Rubens conduziu a equipe a uma campanha honrosa e disputou pela segunda vez em sua carreira a Final do maior campeonato de basquete do país.

Mesmo sem o sonhado título, o experiente treinador tem muito do que se orgulhar. Técnico mais vitorioso da história do NBB, Hélio se tornou o primeiro comandante a ultrapassar a marca de 100 vitórias e encerrou a temporada 2012/2013 com 113 triunfos em seu currículo ao longo de sua trajetória no campeonato.

O norte-americano Robert Day entrou para a Seleção do NBB 5 (João Pires/LNB)