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NBB Caixa

Chance de ouro

05-05-2016 | 05:38
Por Liga Nacional de Basquete

Mais jovem entre os quatro semifinalistas, armador Gui Santos admite “sensação indescritível” de fazer parte da rotação do Bauru na reta final do NBB CAIXA

Com apenas 19 anos, Gui Santos é peça ativa do Bauru nos playoffs do NBB CAIXA (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Com apenas 19 anos, Gui Santos é peça ativa do Bauru nos playoffs do NBB CAIXA (Caio Casagrande/Bauru Basket)

A reta final do NBB CAIXA 2015/2016 reservou uma surpresa para o jovem armador Gui Santos. Com apenas 19 anos, o garoto passou a fazer parte da rotação do Paschoalotto/Bauru após a lesão de Ricardo Fischer e agora vive as emoções de participar ativamente dos playoffs do maior campeonato de basquete do país.

Nascido em Jacareí (SP), Gui chegou ao Bauru em 2015 para integrar o time Sub-19 e também fazer parte da equipe Sub-22 na disputa da Liga de Desenvolvimento (LDB). Para a atual temporada do NBB CAIXA, o atleta foi integrado ao elenco principal pelo técnico Demétrius e agora é parte da rotação bauruense em meio às semifinais do maior campeonato de basquete do país.

“Esse momento, ainda mais por ser a reta final da temporada, está sendo fantástico para mim. É a transição que todo jogador da base espera e tento ajudar o time com o máximo que eu posso. É de extrema importância para minha carreira esse momento, estou tentando me firmar no adulto e entrar numa rotação de um time tão forte com jogadores renomados como o do Bauru é muito importante”, afirmou o garoto.

Mais jovem entre os todos os atletas dos quatro semifinalistas – apenas o próprio Bauru tem jogadores mais novos do que ele inscritos na competição, como o também armador Stefano, constantemente relacionado pelo técnico Demétrius –, Gui está aproveitando bem a chance de poder entrar em quadra efetivamente na parte mais importante do campeonato. Para chegar mais confiante ao elenco adulto, Gui disputou as duas últimas edições da LDB, e na última temporada da competição Sub-22 somou médias de 12,4 pontos e 5,3 rebotes em 20 partidas realizadas.

“É um jogador que já vem sendo trabalhado nas categorias de base. É um potencial e o mais importante é ele estar pronto para situações e oportunidades que estão aparecendo na frente dele. O Gui está sendo muito importante no revezamento, está contribuindo para equipe e tem tudo para evoluir cada vez mais”, disse o técnico bauruense Demétrius.

Gui Santos ganhou bagagem na LDB antes de receber chance de ouro no NBB (Hedeson Alves/LNB)

Gui Santos ganhou bagagem na LDB antes de receber chance de ouro no NBB (Hedeson Alves/LNB)

No Jogo 1 das semifinais diante do UniCEUB/Cartão BRB/Brasília, Gui foi acionado logo no primeiro quarto e ficou um total de 11 minutos em quadra. Foram apenas dois pontos para o garoto, mas foi durante sua passagem em quadra que o time deslanchou, tanto é que ele terminou a partida com um índice +/- de +14, número que representa a diferença de pontos exata durante o período de cada atleta em quadra.

“É uma sensação indescritível jogar uma semifinal de NBB, estar entre os quatro melhores times, jogando contra jogadores de Seleção Brasileira. É muito gratificante. Fico muito feliz e quero tentar aproveitar ao máximo para evoluir meu jogo e ajudar o time”, disse Gui, que chegou ao Bauru após se destacar nas categorias de base de Barueri.

Depois de jogar um total de apenas 36 minutos durante os 24 primeiros jogos da equipe no NBB CAIXA, Gui passou a atuar com frequência em um momento difícil para a equipe paulista. No início do mês de março, durante o Final Four da Liga das Américas, Ricardo Fischer sofreu uma séria lesão no joelho e o esquadrão bauruense perdeu um de seus principais jogadores para o restante da temporada.

Brilho no "batizado": em sua primeira partida como titular, Gui Santos anotou um duplo-duplo (LC Moreira/Divulgação)

Brilho no “batizado”: em seu 1º jogo como titular, Gui anotou um duplo-duplo (LC Moreira/Divulgação)

Diante da situação, Gui Santos começou a ser utilizado com frequência pelo técnico Demétrius. Logo no primeiro compromisso da equipe no NBB CAIXA após a lesão de Fischer, o garoto foi titular diante do Solar Cearense, no dia 17/03, já que Paulinho Boracini, outro armador do time, também estava machucado, e mostrou um ótimo “cartão de visitas”.

Apesar da derrota bauruense na cidade de Fortaleza, o camisa 20 deixou a quadra com um expressivo duplo-duplo de 16 pontos e 11 assistências. Depois da “estreia de gala”, Gui atuou em todas as partidas seguintes do Bauru e vem se revezando com Paulinho na armação do poderoso elenco bauruense.

“Não sei se entro em quadra mais tranquilo, mas com certeza jogar ao lado de nomes como Alex, Hettsheimeir, entre outros, me deixa muito mais motivado a dar meu melhor. É muito bom entrar e ver esses caras ao meu lado dentro de quadra. Isso me motiva ainda mais, pois o nível do jogo deles é muito alto”, disse Gui.

“Eles (atletas mais experientes) são muito exigentes também. Me cobram demais, o tempo todo falam comigo, me orientando no que fazer, posicionamento, marcação e situações de jogo tanto durante os treinos quanto nos jogos. Essa cobrança é muito boa, pois só vai melhorar meu jogo e me fazer evoluir”, completou.

Aos 19 anos, Gui tem a oportunidade de duelar com os melhores do país de sua posição, como o norte-americano Dawkins, do Paulistano (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Ainda garoto, Gui tem a oportunidade de duelar com os melhores do país de sua posição, como o norte-americano Dawkins, do Paulistano (Caio Casagrande/Bauru Basket)

Mesmo ainda pouco conhecido do público e ainda bastante jovem, Gui já tem seu nome no radar dos scouters norte-americano. Dono de um porte físico avantajado para a posição de armador, com 1,89m de altura e longos braços, o garoto do Paschoalotto/Bauru já participou de dois importantes eventos para jovens jogadores.

Em 2015, Gui Santos participou do Adidas Nations e do NBA Basketball Without Borders, dois dos grandes eventos que reúnem os principais jovens prospectos da modalidade da bola laranja de todo o mundo em solo norte-americano, e deixou boas impressões na “Terra do Tio Sam”.

“Lá (nos dois eventos nos Estados Unidos) eu pude ver algumas coisas que eu nunca tinha visto. Melhorei minha intensidade durante as partidas e aprendi que o jogo de basquete pode ser jogado em diversas velocidades. Tudo isso ajudou na minha evolução”, analisou o garoto.

Durante o NBA Without Borders, Gui teve a oportunidade de conhecer o pivô Tiago Splitter, que atua na liga norte-americana (Reprodução)

Durante o NBA Without Borders, Gui teve a oportunidade de conhecer o pivô Tiago Splitter, que atua na liga norte-americana (Reprodução)