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NBB Caixa

Clube dos 300

12-01-2018 | 05:27
Por Liga Nacional de Basquete

Dois dos maiores técnicos do NBB CAIXA, Régis Marrelli e Guerrinha completam 300 partidas e entram para a história da competição

Régis levou o Vitória às semifinais da última temporada e, agora, comanda a equipe pelo 3º ano seguido (João Pires/LNB)

A última semana foi bastante especial para dois dos maiores treinadores do basquete brasileiro nos últimos anos. Régis Marrelli e Guerrinha completaram 300 partidas no NBB CAIXA e entraram para a história da competição nacional como os primeiros técnicos a atingirem tal feito.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike e Penalty e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.

Com exatamente o mesmo número de jogos, os dois chegaram à marca de 300 praticamente juntos. Na última segunda-feira (08/01), Régis completou o feito no duelo do Universo/Vitória contra o Sendi/Bauru Basket. No dia seguinte foi a vez de Guerrinha, que chegou às 300 partidas no encontro do Mogi das Cruzes/Helbor com o Flamengo.

“É muito orgulho conseguir ficar tanto tempo em alto nível, com tantos jogos disputados. Fico muito contente em atingir essa marca, mas tem o sinal de que estou ficando velho (risos). Gosto de desafios e de iniciar projetos. Foram quase oito anos em São José e agora estou na minha terceira temporada seguida em Salvador, tentando fortalecer o basquete cada vez mais na Região Nordeste”, disse Régis.

Tanto Régis quanto Guerrinha estão na nona temporada como técnicos no NBB CAIXA. Depois de passar cinco anos no comando do São José, Marrelli não atuou na sexta edição da competição e depois dirigiu o Palmeiras antes de chegar ao Vitória. Já o atual treinador do Mogi esteve de fora na oitava edição, após sete anos seguidos como treinador do Bauru, e agora comanda a equipe do Alto do Tietê pela segunda temporada seguida.

“Essa marca mostra a nossa qualidade e eu e o Régis somos dois excelentes técnicos. Cada um de nós ficou de fora do NBB em apenas uma das dez edições e estivemos sempre à frente de equipes muito competitivas, sempre agregando muito valor não só ao time em si, mas também a todo o campeonato”, exaltou Guerrinha.

Depois de sete anos em Bauru, Guerrinha está no Mogi pela segunda temporada seguida (Antonio Romero/Divulgação)

Ambos com passagens pela Seleção Brasileira, Régis e Guerrinha ainda perseguem o sonho de ser campeão do NBB CAIXA e bateram na trave nas decisões que fizeram. Na temporada 2011/2012, o Marrelli levou o São José até a grande decisão do campeonato, mas acabou derrotado pelo Brasília, por 78 a 62 – na ocasião, a competição era decidida em jogo único. Já Jorge Guerra jogou pelo título em 2014/2015, mas foi superado pelo Flamengo, por 2 a 0 – em formato melhor de três.

“Um dos jogos mais marcantes desses 300 foi quando ganhamos o Jogo 5 das semifinaus contra o Flamengo e levamos o São José à grande final da quarta edição do NBB CAIXA. Foi um jogo decidido na prorrogação e que buscamos o empate no tempo normal praticamente no último segundo”, lembrou Régis, que foi eleito o Melhor Técnico do NBB CAIXA naquela temporada.

“Aqui pelo Vitória tenho dois jogos especiais. Um deles é aquele Jogo 3 contra Campo Mourão, nas oitavas, que o André acertou aquela bola no finzinho que repercutiu muito. O outro é aquele Jogo 5 das quatras contra Mogi, que conseguimos a classificação lá dentro do Hugo Ramos. Naquele dia fizemos um terceiro quarto perfeito e vou guardar esse jogo sempre na memória”, completou.

Dos 300 jogos disputados, Guerrinha leva vantagem sobre Marrelli nas vitórias, com 189 contra 149 do treinador do Vitória. Levado em consideração apenas partidas da fase de classificação do NBB CAIXA, o retrospecto do comandante mogiano é ainda mais positivo, com 164 vitórias em 246 jogos.

“Cada jogo tem uma emoção diferente. Tem partidas que a gente ganha e fica muito empolgado. Mas às vezes jogos que a gente perde também são marcantes, pela tristeza e lamentação. Sou muito competitivo e quero ganhar sempre, mas tiramos muitas lições das derrotas também”, concluiu Guerrinha.