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Seleção Brasileira

Histórico

07-09-2011 | 10:52
Por Liga Nacional de Basquete

Brasil cala ginásio em Mar del Plata com vitória sobre a Argentina, por 73 a 71. Rafael Hettsheimeir brilha, com 19 pontos e oito rebotes

A Seleção Brasileira viveu um dia histórico nesta quarta-feira, dia 7. O Ginásio Ilhas Malvínas, em Mar del Plata, viu aquilo que poucos acreditavam. A torcida argentina lotou as arquibancadas para apoiar a geração de ouro de sua seleção no clássico sul-americano, mas assistiu um Brasil aguerrido na defesa e consistente no ataque que superou o time argentino, por 73 a 71.

Rafael Hettsheimeir foi o nome da partida. O pivô não se intimidou com Luis Scola do outro lado e mostrou personalidade. Anotou 19 pontos, sendo o cestinha do Brasil, pegou oito rebotes, além de roubar duas bolas e bloquear um arremesso. O ala-pivô argentino foi o cestinha da partida, com 24 pontos e 11 rebotes, mas desperdiçou seis posses de bola e foi eliminado nos minutos finais ao estourar o limite de cinco faltas.

Marcelinho Huertas, com 17 pontos, Marquinhos com 14 pontos e Guilherme Giovannoni, com 13, também foram fundamentais para o resultado histórico conquistado em Mar del Plata.

Logo na disputa do pulo bola, os argentinos sofreram uma importante baixa. O ala Andres Nocioni torceu o tornozelo após o salto e deixou a quadra. Foi levado para os vestiários e não retornou para a partida.

Se aproveitando dos erros argentinos no ataque, o Brasil largou na frente no primeiro quarto e comandou o marcador, terminando os primeiros dez minutos na frente, 19 a 17.

Com o nervosismo a flor da pele, o segundo quarto acabou marcado pelos muitos erros, dos dois lados da quadra. Com as defesas inspiradas, as duas seleções desperdiçaram muitas bolas e falharam nos arremessos. Com o placar parcial de 11 a 8, os hermanos acabaram indo para o intervalo um ponto na frente, 28 a 27.

No segundo tempo, o jogo melhor tecnicamente e os erros diminuíram. Aproveitando os contra-ataques e contando com a precisão de Rafael Hettsheimeir, o Brasil chegou a abrir dez pontos de vantagem no terceiro quarto, mas viu a diferença ser aniquilada logo em seguida graças as bolas precisas de 3 pontos de Prigioni e aos arremessos de média distância de Scola.

Apesar do equilíbrio, o comando do placar continuou o tempo todo com os brasileiros. Os comandados de Rubén Magnano mantinha a diferença sempre entre três e sete pontos, enquanto o relógio ia caindo. Correndo contra o tempo os argentinos apostavam na individualidade de Manu Ginobili e Scola, mas restando pouco mais de dois minutos para o fim, o ala-pivô cometeu a quinta falta e foi eliminado.

Os últimos segundos ainda reservaram alguma emoção, graças aos arremessos de Prigioni e Delfino que, mesmo marcados e desequilibrados, converteram arremessos de longa distância. Mas Marcelinho Huertas e Alex tiveram sangue frio nos lances livres e garantiram a vitória verde e amarela.

“Esta foi uma vitória importante, que nos mantém vivos na busca do nosso objetivo. O time conseguiu uma atuação muito boa, especialmente na defesa, mas temos agora que pensar no confronto diante de Porto Rico, que será igualmente duro”, disse Rafael Hettsheimeir, lembrando da partida desta quinta-feira, às 20h30, contra Porto Rico.

O duelo contra os porto-riquenhos é o último antes da semifinal, que o Brasil já está classificado. A partida decide qual será a posição das equipes para definir quais serão os confrontos da fase eliminatória. Um vitória garante a primeira colocação para o Brasil.