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"Posso fazermuito mais"

17-01-2019 | 10:38
Por Rodrigo Bussula

Em ótimo momento no Basquete Cearense, Farad Cobb fala sobre boa fase, bolas de 3 e expectativa para o confronto com o Mogi: “temos que fazer uma defesa impecável”

Que o duelo entre Basquete Cearense e Mogi das Cruzes/Helbor tem tudo para ser extremamente acirrado, todos sabemos. Mas a partida, que acontecerá no Ginásio Paulo Sarasete, às 20h45, com transmissão ao vivo do BandSports, contará com uma figura em especial que pode desequilibrar o confronto.

Esse jogador é o armador norte-americano Farad Cobb, que tem sido uma das peças chaves do elenco comandado por Dannyel Russo no Carcará.

Farad Cobb vem fazendo a diferença no Basquete Cearense logo em seu primeiro ano no NBB CAIXA (Victor Lira/Bauru Basket)

O atleta, que chegou nesta temporada no Basquete Cearense, é formado pela Universidade de Cincinnati, da primeira divisão da NCAA, e só começou profissionalmente na temporada 2015/2016.

Na ocasião, o armador do time cearense atuava na Extraliga – liga de basquete da Eslováquia. Ao todo, foram 49 jogos e média de 10,5 pontos com as cores do MBK Rieker Komárno.

No Brasil desde a última temporada, o jogador defendeu a Unifacisa, de Campina Grande (PB), pela Liga Ouro 2018. O cartão de visitas foi dado logo de cara, com médias de 17,0 pontos, 3,9 assistências e 17,4 de eficiência, números que lhe renderam o prêmio de MVP na fase de classificação da competição.

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Farad Cobb teve sua primeira experiência em terras tupiniquins com a camisa da Unifacisa (PB) (Daniel Nery/Unifacisa)

“Ter sido escolhido MVP na Liga Ouro foi incrível. Joguei com muita confiança, mesmo após voltar de algumas lesões. Parei para me recuperar e voltei justamente para jogar a jogar na Liga Ouro. Conseguir isso logo na estreia foi algo muito importante na minha carreira. Foi uma ótima experiência defender a Unifacisa”, disse o armador do Carcará.

Agora no Basquete Cearense, Cobb tem demonstrado todo o seu potencial, principalmente como pontuador. Até aqui, o jogador anotou boas médias de 11,3 pontos, 3,4 rebotes, 2,1 assistências e 12,6 de eficiência.

“Até agora estou indo bem no NBB. Ainda tenho um pouco de dificuldade devido ao idioma, mas estou cada vez mais confortável para jogar e para ajudar meus companheiros de equipe. Acredito que ainda posso fazer muito mais”, frisou o camisa 21 do Basquete Cearense.

Com um arsenal refinado de bandejas, infiltrações e uma habilidade apurada, o armador norte-americano usa as bolas de 3 pontos como sua principal arma. Com média de quatro chutes de longa distância tentados por jogo, o jogador detém um ótimo aproveitamento de 50,77% nos chutes de 3 pontos.

Na atuação contra o Pinheiros, por exemplo, Cobb estabeleceu seu recorde pessoal no NBB CAIXA, com seis bolas de 3 convertidas de oito tentadas – 75% de aproveitamento. Confira o vídeo abaixo.


“Não sei se consigo repetir o que fiz contra o Pinheiros, mas se eu tiver a oportunidade vou arremessar. Espero poder ter outra noite iluminada para conseguir ajudar o time”, afirmou o atleta.

Mas o protagonismo não cai somente sobre as costas de Farad Cobb. Até porque, no Carcará, ele conta com uma ajuda de peso: o pivô Douglas Kurtz – principal pontuador (média de 13,7), reboteiro (7,5) e jogador mais eficiente da equipe cearense (14,9).

Em contrapartida, para o duelo desta quinta-feira contra o Mogi, o protagonismo não será compartilhado como usualmente. Com uma forte conjuntivite, Kurtz estará fora de ação e desfalcará a equipe cearense pelo segundo jogo seguido – ficou de fora na derrota para o Sendi/Bauru.

Se de um lado o pivô do Basquete Cearense estará fora de ação, do outro lado o pivô da equipe mogiana, JP Batista, estará em quadra para dar bastante dor de cabeça para a equipe de Dannyel Russo.

JP Batista, um dos principais jogadores do Mogi, promete dificultar a vida do Basquete Cearense nos dois lados da quadra (Antonio Penedo/Mogi-Helbor)

Com ótimos números na competição, o dominante jogador do time paulista ganhou destaque nessa temporada e, até aqui, anotou números de dar inveja – médias 19,3 pontos (3º do NBB CAIXA), 8,6 rebotes (líder do NBB CAIXA) e 23,3 de eficiência (líder do NBB CAIXA).

“Teremos um trabalho duro para nos defender do JP Batista, mas estamos preparados para esse desafio. O Mogi tem um time muito bom e não acho que devemos focar somente nele. Precisamos ter atenção na nossa defesa e no ataque também”, analisou Cobb.

Mas JP Batista é apenas a ponta do iceberg que o Basquete Cearense terá pela frente. Com o melhor ataque da competição – média de 87,75 pontos por jogo -, o time mogiano ganhou destaque no campeonato pelo alto aproveitamento na tábua ofensiva.

Em contrapartida, o sistema defensivo do Carcará surge como uma esperança de parar JP Batista e companhia. Na atual temporada, o time do Ceará detém a segunda melhor defesa da competição, com média de 74,81 pontos sofridos por partida.

“Temos que fazer uma defesa impecável porque eles têm muitas armas para pontuar. Ao mesmo tempo, precisamos estar em uma boa noite para que os arremessos caiam e, assim, movimentarmos bem a bola no ataque e encontrarmos maneiras diferentes de pontuar”, finalizou Farad Cobb.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio máster da CAIXA, os patrocínios de INFRAERO, Avianca, Nike e Penalty e os apoios de UNISAL, Açúcar Guarani, Ministério do Esporte e Governo Federal.