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15-03-2015 | 10:58
Por Liga Nacional de Basquete

Com a conquista do Bauru, clubes brasileiros alcançam a marca de cinco títulos continentais consecutivos nos últimos três anos

Quatro equipes do NBB conquistaram títulos internacionais nos últimos três anos (Montagem LNB)

O título da Liga das Américas 2015 marca não só uma conquista importante para o Paschoalotto/Bauru, mas principalmente, um feito fantástico para o basquete brasileiro. Desde 2013, os clubes nacionais não sabem o que é perder uma competição nas Américas. Nas últimas cinco competições continentais, o Brasil venceu tudo.

Quem começou essa sequência vitoriosa das equipes do NBB foi o Pinheiros/SKY. Na edição 2013 da Liga das Américas, o time da capital de São Paulo superou os rivais latino-americanos e conquistou o título inédito. O feito os levou, inclusive, à disputa da Copa Intercontinental, o Mundial de Clubes, diante do Olympiacos, da Grécia, campeão da Euroliga.

No mesmo ano, foi a vez do UniCEUB/BRB/Brasília vencer a Liga Sul-Americana. Liderados por Nezinho e Guilherme Giovannoni, os brasilienses bateram na final os donos da casa, o Malvín, do Uruguai.

Em 2014, o Brasil esteve no alto do pódio em mais três ocasiões. A começar pelo Flamengo, que, primeiro, conquistou o título inédito da Liga das Américas, numa final diante do Pinheiros, em pleno Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

Depois, o time comandado pelo técnico José Neto encarou o campeão europeu, o Maccabi Tel-Aviv, de Israel, e chegou ao título da Copa Intercontinental, de forma emocionante, elevando o nível das conquistas brasileiras de continental para mundial.

A excelente sequência do basquete brasileiro se manteve nesta temporada quando o Bauru venceu as duas competições latino-americanas de forma consecutiva. Primeiro, no final do ano passado, os bauruenses não perderam nenhuma partida e superam o Mogi das Cruzes/Helbor na decisão da Liga Sul-Americana.

O Bauru venceu Liga Sul-Americana e Liga das Américas nesta temporada (Gaspar Nobrega/FIBA Americas)

O Bauru venceu Liga Sul-Americana e Liga das Américas nesta temporada (Gaspar Nobrega/FIBA Americas)

Meses mais tarde, a equipe do técnico Guerrinha manteve o favoritismo e conquistou seu segundo título internacional da história, mais uma vez de forma invicta, ao bater o Pioneros de Quintana Roo, na decisão do Final Four da Liga das Américas.

Para quem acompanha o basquete brasileiro, há exatos seis anos, o panorama não era bem esse. As equipes brasileiras entravam para a disputa de competições internacionais sem o peso do favoritismo e brigando para fazer uma boa campanha diante dos rivais. Foram alguns anos de frustrações em territórios americanos, algumas poucas vitórias, mas muita evolução.

A criação da Liga Nacional de Basquete (LNB), em dezembro de 2008, é considerado um marco para essa evolução. A união dos clubes e a fortificação da competição nacional, hoje, um exemplo dentre as modalidades esportivas na América Latina, fizeram com que, aos poucos, o Brasil fosse reconquistando a força nas Américas.

A reformulação interna gerou ao Brasil uma série de benefícios. Nesse período, 54 atletas foram repatriados, deixando de atuar fora do país para jogar nas quadras brasileiras. Atletas, como os bauruenses Alex Garcia e Rafael Hettsheimeir, hoje, são estrelas do NBB.

Outra melhoria que a criação da LNB proporcionou foi o crescimento na quantidade e qualidade de estrangeiros. No primeiro NBB, apenas oito jogadores de fora do país atuaram na competição. Hoje, mais de 30 atletas internacionais jogam nas quadras brasileiras, tendo nomes importantes do basquete mundial, como os argentinos Nicolás Laprovittola, Marcos Mata e Walter Herrmann, o dominicano Ronald Ramon e os norte-americanos Larry Taylor, Robert Day e Shamell.

O ótimo momento dos clubes brasileiros se refletiu em títulos, seis nas últimas sete competições internacionais. Agora, a expectativa fica para o Bauru na próxima edição da Copa Intercontinental, que deverá ser disputada em setembro.

Que venha o campeão europeu! Nós estamos prontos…