LNB e a igualdade de gênero

O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8/3), vem para marcar e reforçar para toda a sociedade uma data que representa luta, diálogo e, acima de tudo, respeito. É dia de reflexão, reconhecimento e fortalecimento do movimento feminista.

É fundamental sublinhar a complexidade de mudar padrões que são milenares e profundamente enraizados em diversas culturas pelo mundo. Justamente por isso é imprescindível apoiar e estimular discussões sobre a discriminação de gênero e que fomentem a igualdade.

Desde a sua fundação, a Liga Nacional de Basquete adota medidas para que a igualdade de gênero ocorra dentro do ambiente esportivo. Estas medidas agora estão amparadas pelo pilar ESG adotado pela entidade em 2023. Respeitando o lugar de fala das mulheres dentro do ecossistema do basquete, em especial das representantes femininas da LNB, que ajudam a construir o basquete nacional, o projeto ESG da Liga propõe novos processos para que a modalidade se torne cada vez mais inclusiva.

A LNB e o Tratado Antirracismo e Diversidade

O projeto de ESG da LNB foi criado em outubro de 2023 com o intuito de alinhar a Liga Nacional de Basquete com as causas sócio ambientais e dentro do pilar social o combate ao racismo é a base inicial desse projeto. Entendendo que a luta contra a discriminação de fato deve levar em consideração as pautas da diversidade, ocorreu o alinhamento com a pauta da igualdade de gênero, entre outras que fomentam essa bandeira.

O alinhamento com a temática da igualdade de gênero vem de uma reflexão do movimento feminino sobre uma nova maneira de construir o seu papel nesse ecossistema: respeitando o lugar de fala, que de acordo com a socióloga Djamila Ribeiro é “o lugar que ocupamos socialmente e nos faz ter experiências distintas e outras perspectivas…”.

Igualdade de gênero na LNB

Personagem fundamental também para a condução do Tratado, Thainá Santos, advogada integrante do setor jurídico da LNB, reforça a importância de medidas que garantam os direitos em torno da igualdade de gênero na sociedade.

“É um primeiro passo que está sendo dado. A problemática existe e é real. A partir do momento que isso está sendo colocado no papel, em um Tratado, automaticamente estas questões ganham mais força. Quando mencionamos um Tratado, estamos também falando de um acordo entre partes. Não é uma imposição e também não possui força de lei. É uma união de forças em cima de uma ideia que, portanto, contribui para a efetividade de leis” destacou Thainá.

A implementação de uma agenda ESG na Liga Nacional de Basquete carrega portanto a importante missão de garantir ainda mais visibilidade a assuntos e causas que pedem por mudanças urgentes de comportamento e percepção na sociedade.

O Dia das Mulheres nos lembra tanto das dificuldades enfrentadas no passado quanto dos desafios presentes, mas também celebra as conquistas das mulheres na busca por seus direitos e pelo fim da discriminação. É um momento para reconhecer os avanços já feitos e inspirar a continuação dessa luta por um futuro mais justo e equitativo para mulheres.

A LNB segue na luta pela igualdade. Além da aprovação e consolidação das premissas do Tratado, a entidade também implementa vagas afirmativas, busca o aumento da diversidade na composição de seus departamentos e também já prevê, a longo prazo, a criação de um Comitê de Mulheres dentro da Liga.