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Música, históriae risada

15-06-2020 | 09:22
Por Liga Nacional de Basquete

Larry e Meyinsse revelaram gostos pessoais, falaram sobre a cultura de Brasil e Argentina e abriram até os times de coração

Que resenha! Em mais uma live da parceria entre NBB e La Liga, Larry Taylor (Sendi/Bauru Basket) e Jerome Meyinsse (San Lorenzo-ARG) bateram um papo diferenciado no Instagram e divertiram os espectadores na noite desta segunda-feira (15/06).

Conhecidos dos tempos de NBB, os dois norte-americanos (Larry é naturalizado brasileiro) falaram sobre vários assuntos, principalmente sobre o cotidiano e histórias tanto no Brasil quanto na Argentina.

Os dois quebraram o protocolo e começaram a live em ritmo de música. Jerome pediu para colocar um som e ligou o som em um reggae argentino. Larry em seguida pôs um bom pagode brasileiro, do grupo “Bom Gosto”. Quer saber mais? Se liga aí:

Cozinheiros da quarentena

A rotina na quarentena revelou um novo lado tanto de Larry quanto de Meyinsse: o de cozinheiros!

“Minha rotina agora é dormir, treinar e cozinhar. Estou cozinhando todos os dias, todos. Faz mais de um mês que não peço comida”, contou Meyinsse.

Já Larry afirmou que sempre gostou de cozinhar, mas que agora o capricho é ainda maior: “Agora estou inventando pratos, tentando ser Masterchef (risos). Eu sempre gostei de cozinhar, mas tem tanto jogo, treino, que chegamos em casa sem vontade nenhuma de cozinhar. Agora tem tempo livre, dá para fazer comida, depois de comer pode ver filme, jogar videogame…”.

 

De bicicleta?

Um dos assuntos da live foi a chegada nos respectivos países atuais. Larry chegou ao Brasil em 2008, para defender o Bauru. Meyinsse, por sua vez, teve como a pequena cidade de Rio Tercero (ARG) como sua primeira fora dos Estados Unidos, mas de um modo bem peculiar…

“Tive que comprar minha própria passagem, porque não fechei contrato nos Estados Unidos. Fui para a Argentina passar por um teste no 9 de Julio, e depois que acertei eles me reembolsaram. Rio Tercero é uma cidade muito pequena, com 30 ou 40 mil habitantes. Eu só andava de bicicleta, porque tudo era muito perto”, disse Meyinsse, que lembrou de um fato engraçado.

“Sou grande, tenho 2.07m e tinha 107 quilos na época. Muito grande para uma bicicleta, não é mesmo? (risos). Terminamos um jogo, pedi uma pizza e fui retirar de bicicleta. Peguei ela com uma mão e a outra no guidão. A pizza foi caindo, caindo, caindo… mas consegui segurar até chegar em casa. Quando cheguei, a embalagem rasgou e foi tudo para o chão (risos), nunca me esqueci disso”.

 

Adaptações ao idioma

Chegar a um lugar e já falar o espanhol não é tarefa fácil. Foi assim para Jerome Meyinsse em Rio Tercero.

“Ninguém do time falava inglês, meu técnico também não. Só dois caras falavam e eles não me ajudavam em nada. Eu aprendi a falar pela internet, por um site. Dentro de quadra eu tinha que produzir, senão eu ia ser cortado. Mandaram seis estrangeiros embora naquele ano, então aprendi muito rápido que profissional era assim”, revelou o Grandão.

Já Larry teve menos dificuldades com o português quando chegou aqui, pois antes de vir a Bauru, já tinha jogado no México e na Venezuela.

“O fato de eu falar espanhol ajudou muito, mas mesmo assim era difícil de falar. Tinha um cara em Bauru que falava inglês, e ele me ajudou. Outros amigos de fora do time também me ajudavam. Tive que assistir muitos filmes com legenda, praticar, para aprender a me comunicar com as pessoas. Você gosta de conversar, não quer ficar de fora, né?”.

 

A origem dos apelidos

Um é o Grandão, Rei do Açaí, Fada do Açaí… O outro é o Alienígena. E aí, quais são as histórias? Vamos por partes:

“Grandão”

“Terminei um jogo pelo Flamengo no Tijuca, e você sabe que lá no verão é muito quente. Muito, mas muito quente. Eu suei demais, mesmo depois de tomar banho. Saí do vestiário e tinha um grupo de torcedores me esperando. Aí um deles pediu um autógrafo, e eu dei, assinei a camisa dele na frente. Depois, ele virou de costas e apontou dizendo: “escreve grandão”. Eu não tinha entendido muito, mas escrevi ‘grandão’. Ele queria que eu escrevesse meu autógrafo grande, com letras grandes. E pior que tinha um amigo dele do lado e vendo que eu não entendia, viu que eu escrevia errado, esperou eu terminar e não falou nada (risos). Mas foi assim que surgiu”.

Rei do Açaí/Fada do Açaí

“Eu amo muito açaí. Quando estava no Brasil eu tomava todo dia. Comecei a postar vídeos, pois eu sempre gostei de gravar vídeos e alguém falou ‘você tem que fazer vídeo com açaí’. Depois pensei: ‘ah, vou fazer’. Comecei com um, as pessoas gostaram, e depois fiz uns 5 ou 6 vídeos com açaí. Depois, fiz até entrevista na Globo e virei “Rei do Açaí”.

“Fada do açaí veio do carnaval. Coloquei uma peruca e chamei de fada do açaí, esse pegou também (risos)”, disse Meyinsse.

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Vcs lembram aquela competição entre as fadas do carnaval? A fada do açaí ganhou!!! Ele ficou muito muito feliz e quer agradecê-los pessoalmente. Olha o vídeo (mais longo no face)… Quero agradecer muito meu amigo é flamenguista Rogerio Play. O voo foi lindo demais e vcs devem fazer também. Vai lá no Instagram @voolivrenorio ou o site www.voolivrenorio.com.br #grandão #fadadoaçaí #açaíteamo #voolivrenorioépica #fadavoandoépicatambém #fadafechoucomFLAçaí #logico #todomundo You guys remember that competition I had to see which fairy from carnival you all liked best? Well the Açaí fairy won!! He is very happy and wants to thank all of you personally with this video (Longer video on Facebook)…

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Alienígena

“O meu foi um narrador de rádio de Bauru que deu. Narrando os jogos ele começou a falar que eu fazia jogadas de outro mundo, chamar de Alienígena… Aí todo mundo começou a brincar, me chamar assim. Meus times, torcida, todo mundo começou a falar em Alienígena. É um apelido legal, até fiz uma tatuagem no braço escrito ‘Alienígen’, pois é um apelido que guardo com muito carinho”, contou Larry Taylor.

 

Jogo rápido!

O final da live contou com um esquema de perguntas e respostas rápidas. Cada um respondia em nome de seu país um determinado tema. Se liga aí:

O que mais gosta na cultura do país:

Larry: “Gosto de pagode, o clima legal, um churrasco, tomando caipirinha, aquela vibe boa, em um sábado à tarde… Gosto demais dessas coisas no Brasil, todo mundo curtindo na paz e com muito amor”.

Meyinsse: “Na Argentina gosto do churrasco. E preciso falar, a carne argentina é um pouco melhor que a brasileira. Com um bom churrasqueiro, que sabe o que tá fazendo, é perfeito. À noite comem carne, tomam vinho, cantam, contam histórias… isso é muito bom”.

Carne argentina ou açaí?

“Eu sou Rei do Açaí, então tenho que escolher açaí, mas a carne argentina é muito boa também”, acrescentou Meyinsse após pergunta oportuna de Larry Taylor.

Cantor (a) favorito (a):

Meyinsse: “Gladys, La Bomba Tucumana, é a melhor cantora da história da Argentina (risos)”

Larry: “Vou dizer um grupo que gosto há muito tempo, que é o Exaltasamba. Fui no show deles logo que cheguei ao Brasil, gosto muito to Thiaguinho e do Péricles”.

Comida favorita:

Meyinsse: “Aqui na Argentina são as empanadas. Não tem como, já fui em muitos países e ninguém faz empanadas como os argentinos”.

Larry: “Para mim a melhor comida no Brasil é a feijoada. Mesmo depois que virei vegano continuei comendo feijoada. É muito bom”.

Lugar favorito:

Meyinsse: Como lugar, Chicken Browns é como um restaurante americano na Argentina, tocam hip hop, rap, essas músicas nossas. Mas como cidade é Córdoba.

Larry: “Aqui no Brasil eu gosto muito de São Paulo. Tem muita coisa para fazer, várias opções de restaurante, bares, baladinhas… Gosto muito daquela cidade”

Time de futebol:

Meyinsse: “Vocês querem me complicar, mas eu sou de Flamengo, sempre! Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. Vou torcer para sempre. Campeão da Libertadores, ganhou do River. Eu estava no México quando aconteceu, mas aqui é Mengão, Mengão sempre”.

Larry: “Eu sou corinthiano. Aqui é Corinthians! Não tive prazer de morar no Rio, então escolhi um time aqui de São Paulo mesmo”.

Melhor companheiro de time:

Meyinsse: “Essa é muito difícil de responder, mas vou escolher meu melhor companheiro de vídeos, que foi o Nico Laprovittola, gravamos muitos juntos e foram os melhores”.

Larry: Vou escolher o cara que joguei por mais tempo junto, a gente dividia quarto, é o meu irmãozinho Gui Deodato, o “Batman”, meu irmão.

Ginásio mais difícil de jogar:

Meyinsse: “Olha, jogar em Mogi naquela época de 2014/2015, com o ginásio lotado, esse foi um lugar difícil de jogar para mim”.

Larry: “Vou dizer que o Tijuca, quadra quente, torcida praticamente dentro da quadra… É muito difícil. Ter jogo à tarde lá é muito calor, é um  calor diferente, vocês (Flamengo) estavam acostumados (risos)”.

Jogador mais difícil de jogar contra:

Meyinsse: “Vou falar o Shilton, que jogou comigo em 2014. Cheguei a jogar contra ele, e ele é muito forte, muito. Sempre saía dos jogos com dores, com hematomas, porque era realmente muito forte e duro de jogar contra”.

Larry: “Vou falar de um amigo meu, que é o Shamell, cestinha do NBB. Você acha que está controlando ele, pode até estar com 6 pontos entrando no ultimo quarto, mas quando você vê ele termina com 20. Essa dificuldade não é só minha”.

Seu Top 3:

Larry: “Essa é muito difícil, mas depois de pensar bem vou de Alex Garcia, Marcelinho Machado e Marquinhos, esses três é o Top 3 de caras que ganharam muitos títulos e são muito vencedores no NBB”.

Meyinsse: “É impossível responder essa. Joguei com jogadores como Pepe Sanchez, ganhei um título com Paolo Quinteros, Javier Martinez, joguei com Marcos Mata, Gabriel Deck… impossível dizer um top 3, são muitas lendas da liga argentina”.

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos e VivaGol.