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Rio 2016 / Seleção Brasileira

#NossosOlímpicos – Marquinhos

28-07-2016 | 04:27
Por Liga Nacional de Basquete

Multicampeão do NBB CAIXA, ala Marquinhos caminha para sua segunda Olimpíada e é um dos personagens da série #NossosOlímpicos

Marquinhos, da Seleção Brasileira

(Divulgação/Agência AP)

Tetracampeão e um dos maiores jogadores da história do NBB CAIXA, o ala Marquinhos disputará em 2016 seu segundo Jogos Olímpicos. Aos 32 anos de idade, o jogador acumula passagens pela NBA e alguns dos grandes times do basquete brasileiro no século XXI. Na Seleção Brasileira há quase dez anos, o atleta do CR Flamengo é um dos cinco nomes do elenco que vai ao Rio de Janeiro que esteve presente na última edição do maior campeonato do basquetebol nacional.

Antes de todas os títulos e prêmios individuais, Marquinhos começou a jogar basquete ainda na escola, aos 12 anos de idade. Por se destacar em torneios escolares, o garoto foi convidado para treinar no Monte Líbano, clube de São Paulo (SP). Depois de três anos lá, o ala seguiu para o Corinthians, onde disputou ficou por um ano, disputando campeonatos na categoria cadete e eventualmente ficando no banco de reservas do time adulto.

Após sua formação como jogador de basquete, Marquinhos passou pelo Bauru, antes de se aventurar pela primeira vez no basquetebol europeu, no Victoria Libertas Pesaro (ITA). Na equipe do interior paulista, o jogador foi campeão brasileiro em 2002. Depois de um ano atuando na Itália, o atleta voltou para o Brasil e atuou por uma temporada no CR Vasco da Gama e uma no Corinthians/Mogi.

Novamente, Marquinhos migrou para o basquetebol italiano, no Sutor Montegranaro, onde atuou por mais uma temporada. De volta ao Brasil, o ala defendeu o São Carlos em 2005 e 2006, antes de se inscrever no Draft da NBA de 2006. No recrutamento da liga norte-americana, o atleta foi selecionado na 43ª posição e assinou contrato com o New Orleans Hornets.

Em sua primeira temporada com o time, a franquia Hornets migrou para Oklahoma City, devido ao Furacão Katrina que deixou enormes estragos em New Orleans. Ao longo das duas edições da NBA que Marquinhos atuou, o jogador teve poucas oportunidades e não conseguiu desenvolver seu melhor basquete, sendo mandado para o Tulsa 66ers, time da D-League. Na liga de desenvolvimento, o ala teve médias de 16,8 pontos, 6,7 rebotes e 2,4 assistências por partida.

De volta ao Brasil, Marquinhos foi jogar no EC Pinheiros, onde ficou de 2008 a 2012 (com um rápida passagem pelo Sutor Montegranaro neste meio tempo) e disputou três edições do NBB CAIXA. Com time da capital paulista, o ala teve grandes temporadas, como a primeira, em que teve médias de 22,8 pontos, 5,5 rebotes e 4,7 assistências por partida, e as últimas duas, em que foi escolhido para a Seleção da competição.

Ao fim da temporada 2011/2012, Marquinhos foi contratado pelo Flamengo, onde começou a colecionar conquistas. Na equipe rubro-negra o ala foi tetracampeão do NBB CAIXA (2012/2013 a 2015/2016), campeão da Liga das Américas e da Copa Intercontinental (ambas em 2014). Além disso, o jogador foi eleito duas vezes o MVP da competição (2012/2013 e 2015/2016) e escolhido para a Seleção do campeonato em todas as edições com o time carioca.

A história de Marquinhos com a Seleção Brasileira adulta começou em 2007, na conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. O ala também fez parte dos grupos que disputaram a Copa América (2007, 2011 e 2015), o Campeonato Mundial (2010 e 2014) e os Jogos Olímpicos (2012).

Marquinhos, do Flamengo

Com o Flamengo, Marquinhos conquistou quatro vezes o NBB CAIXA, um título da Liga das Américas e da Copa Intercontinental (Fotojump/LNB)

Confira a entrevista completa do ala sobre o Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro:

Seleção Brasileira

“Vestir a camisa da Seleção é sempre algo muito gratificante. Poder representar seu país acho que é o sonho de todos os jogadores e o meu também, não é diferente. Toda vez que eu visto esta camiseta é um orgulho muito grande, estar representando inúmeros brasileiros que amam este esporte”.

Jogando em casa

“Acaba sendo uma pressão um pouco sadia, porque eu estou vivendo um momento muito bom e eu quero continuar este momento, poder ajudar o Brasil em busca desta tão sonhada medalha, que vai ter um sabor bem diferente, por estar jogando em casa, no Rio de Janeiro, cidade que eu jogo. Então, a cada dia, a cada treino eu tenho me dedicado um pouco mais, mesmo estando um pouco cansado eu tenho tentado me dedicar, puxar este cansaço, porque vai ser uma coisa muito gostosa quando colocar esta medalha no peito”.

NBB CAIXA

“De todos os oito NBB CAIXA, eu joguei sete. Fiquei de fora do NBB CAIXA 2 (2009/2010). De lá pra cá a evolução é notória, o tanto que cresceu. Tanto no aspecto da Liga (LNB), no aspecto dos jogadores, do público, cada vez mais o basquete no Brasil vai atingindo mais pessoas e isso é muito bom. O basquete vive em uma crescente muito boa. Acho que tem grandes jogadores aqui, jogadores estrangeiros vindo e acrescentando muito para Liga. Espero que cada ano possa crescer mais e o basquete no Brasil cada vez caminhar junto com a Seleção, nesta crescente e melhorar este “rankeamento”  da Seleção”.

Momento especial

“O momento mais especial foi quando a gente se classificou pela Seleção (para as Olimpíadas). Foi o primeiro jogo na Olimpíada, aquele friozinho na barriga, mas depois que a bola subiu foi uma emoção muito grande, sabendo que o Brasil ia competir contra as melhores seleções do mundo, nós jogadores íamos competir contra os melhores do mundo e graças a deus correu tudo bem, só, infelizmente, não ganhamos a medalha, mas tenho certeza que este ano o Brasil vai brigar por esta medalha e vai conseguir esta medalha”.

Os 12 convocados

“Jogadores experientes com jogadores novos é muito bom. O Rubén (Magnano) gosta de trabalhar muito isto, esta juventude com jogadores experientes. Eu estou neste meio termo hoje em dia. Mas, acho que vai precisar destes dois momentos e com certeza o Rubén vai conseguir tirar o melhor possível”.

Primeira fase

“Olimpíada não tem adversário bobo. São as melhores seleções ali e a gente sabe que a gente vai ter pedreira. A gente está em um grupo muito difícil, mas quem quer brigar por medalha, quer sonhar com a medalha, tem que jogar de igual para igual e o Brasil está em condições de jogar de igual para igual. A gente logo, os dois primeiros adversários, duríssimos. O campeão europeu e o vice-campeão europeu (Espanha e Lituânia, respectivamente). Então, a gente já está começando a estudar um pouco a nossa primeira partida, que é a Lituânia, pra gente tentar começar com uma vitória, que vai dar uma certa tranquilidade para a gente”.