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O primeiro herói cearense

11-12-2012 | 03:04
Por Liga Nacional de Basquete

Autor de uma cesta no fim que garantiu a vitória do Basquete Cearense no sábado, Felipe mantém pés no chão, mas exalta torcida: "Será um novo caldeirão"

Felipe prega humildade no início do trabalho do Basquete Cearense, mas se disse feliz com vitórias em casa (João Pires/LNB)

Muitos podem achar que ele é o primeiro herói da curta história do SKY/Basquete Cearense, mas o ala/pivô Felipe prefere ficar com os pés no chão e apenas se considerar como uma das peças da regulagem que move o primeiro time do Nordeste da história do NBB. Mas a verdade é que o jogador fez o (já) fanático público do Ceará vibrar com uma cesta no último segundo que garantiu a vitória da equipe estreante na competição sobre um dos principais favoritos ao título, o Paschoalotto/Bauru, no último sábado (08/12), em Fortaleza (CE).

O Basquete Cearense perdia por 82 a 81 após duas cestas de três seguidas do ala Fernando Fischer, do Bauru. O último ataque era do time da casa, que começou com o ala/armador André Goés, que passou a bola para o ala/pivô Rogério, que tentou um tiro de três pontos. O chute saiu torto, mas Felipe pegou a sobra e fez a cesta da vitória por 83 a 82.

Veja a cesta salvadora de Felipe no blog Territorio LNB

“Na hora, você não consegue pensar em nada. Só quer saber se o jogo realmente acabou. Só dá para explodir quando tem a certeza disso e vem todo mundo te abraçar”, explicou Felipe, que prefere não se ver como um herói cearense. “Depois do jogo, eu botei os pés no chão e encarei com normalidade o que aconteceu. Ainda é o começo do trabalho. Fiquei feliz com a cesta, mas sabendo que ainda tem muita coisa para fazer”, disse.

Seja como for, a motivação de Felipe e companheiros de Basquete Cearense está lá no alto. Duas vitórias conquistadas com a ajuda da força da torcida do Ceará, a qual Felipe não tem dúvidas quando é perguntado: formará o novo caldeirão do NBB.

“Vai ser [um novo caldeirão], tenho certeza. A tendência é essa. A torcida foi uma surpresa muito agradável, eles lotaram o ginásio nas duas partidas, é um pessoal que entende e se interessa por basquete. É uma torcida muito boa. Se já foi assim no começo, imagina como vai ser daqui para frente”, comentou o ala /pivô, que tem a opinião de que uma torcida participativa ajuda, sim, a ganhar partidas.

“Eu já joguei em lugares como Franca, em que a torcida é muito presente. Às vezes, quando você está em um momento difícil da partida, se você olha na arquibancada e vê os torcedores te apoiando, te dando força, acreditando no seu potencial, você busca um algo mais. Não quer desapontar aquelas pessoas que acreditam no que você pode fazer”, afirmou Felipe, que agora se prepara para os novos desafios que o Basquete Cearense, que já conquistou duas vitórias na temporada, terá pela frente.

“Sabíamos que o início seria complicado, que não conseguiríamos vencer todas. E mesmo as nossas vitórias foram complicadas. O NBB é assim, cada jogo é uma batalha”, concluiu.