#JOGAJUNTO

Mais basquete / NBB Caixa

Quem são eles?

21-03-2014 | 06:28
Por Liga Nacional de Basquete

Conheça Aguada (URU) e Halcones Xalapa (MEX), adversários de Flamengo e Pinheiros, respectivamente, no Final Four da Liga das Américas 2014

Duas equipes brasileiras tentarão o título da Liga das Américas 2014. Classificados para o Final Four do mais importante torneio interclubes do continente, Flamengo e Pinheiros/SKY terão pela frente duas equipes estrangeiras para tentarem protagonizar uma decisão nacional, no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

Com um formato simples, o Final Four deste ano será diferente dos anos anteriores. Antes, as quatro equipes classificadas jogavam entre si e o time com mais vitórias se sagrava campeão. Agora, a disputa será em um sistema de eliminatória simples. Primeiro, na sexta-feira (21/03), serão disputadas as duas semifinais, e, no dia seguinte (22/03), os vencedores protagonizarão a grande decisão.

Durante sua campanha, Halcones venceu e eliminou Brasília (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Durante sua campanha, Halcones venceu e eliminou Brasília (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Donos das melhores campanhas na fase anterior, Flamengo e Pinheiros estão em lados opostos do chaveamento e a chance de uma final brasileira existe. Mas para isso acontecer, os anfitriões do Final Four e os atuais campeões precisarão superar duas grandes equipes do basquete latino-americano.

Na primeira das semifinais, marcada para as 19 horas (de Brasília), o clube da capital paulista enfrentará o Halcone Xalapa, do México. Fundada em 2003, a equipe mexicana jamais venceu a Liga das Américas, mas ocupa o posto de ser o time que mais vezes disputou o Final Four na história do torneio continental.

Esta será a quarta participação do Halcones na etapa decisiva do campeonato das Américas. Entre os anos de 2009 e 2011, a equipe chegou ao Final Four e acumulou o segundo lugar, em 2009, e a terceira colocação em duas oportunidades, em 2010 e 2011.

Para chegar ao Final Four, o esquadrão mexicano atuou em casa tanto na primeira quanto na segunda fase. No Grupo C, que contou com a participação do UniCEUB/BRB/Brasília, o time dirigido pelo técnico espanhol Sergio Valdeolmillos ficou com o segundo lugar, com duas vitórias e uma derrota, mesma campanha conquistada na chave E, que levou a equipe ao Final Four.

Enquanto vive um bom momento no torneio continental, a equipe acabou de ser eliminada na Liga Mexicana. Depois de uma derrota por quatro jogos a zero em uma das séries da fase de semifinal (disputada em uma melhor de sete jogos), para o rival Halcones Rojo, o time da cidade de Xalapa e deu adeus à chance de ficar com seu quinto título nacional – as quatro conquistas anteriores foram em 2005, 2008, 2009 e 2010.

Além de chegar ao Brasil depois de uma dura derrota, o Halcones atuará em solo carioca desfalcado de dois de seus principais jogadores. Com uma lesão no joelho, o experiente pivô Lorenzo Mata, dono de expressivas médias de 10,8 pontos e 11,6 rebotes por jogo na Liga das Américas, ficará cerca de seis semanas fora de ação e está fora do Final Four. Quem também não joga é o ala panamenho Hicks Taylor, cestinha da equipe, com 14,8 pontos por jogo, que sofreu uma contusão na mão esquerda.

Com os desfalques de Mata e Taylor, armador Meza se torna o principal destaque do Halcones (Samuel Velez/FIBA Américas)

Com os desfalques de Mata e Taylor, armador Meza se torna o principal destaque do Halcones (Samuel Velez/FIBA Américas)

Se o rival do Pinheiros possui larga experiência na Liga das Américas, o mesmo não pode-se dizer do adversário do Flamengo. Tradicional clube do basquete uruguaio, o Aguada vive sua primeira participação no torneio continental e consequentemente no Final Four.

Vivendo uma grande temporada, o time de Montevidéu foi vice-campeão da Liga Sul-Americana (foi derrotado por Brasília na decisão). Na Liga Uruguaia, a equipe está na fase de quartas de final e está atrás do Hebraica por dois jogos a um. Após o término do Final Four, a equipe tentará vencer as três partidas restantes para virar a série disputada em uma melhor de cinco duelos e se classificar às semifinais do campeonato nacional.

Assim como o Halcones, o Aguada também construiu sua campanha somente atuando como mandante, ao lado de sua fervorosa torcida, no Palácio Peñarol, na cidade de Montevidéu (URU). Na primeira fase, no Grupo B, a equipe dirigida pelo técnico Javier Espindola venceu seus três compromissos e ficou com a ponta da chave.

Atual vice-campeão do NBB, Uberlândia foi uma das vítimas do Aguada na 1ª fase (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Atual vice-campeão do NBB, Uberlândia foi uma das vítimas do Aguada na 1ª fase (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Depois, no Grupo F, que teve o Pinheiros como líder, os uruguaios venceram o Capitanes de Arecibo na primeira rodada e perderam para os brasileiros no segundo jogo. Então, a classificação só veio após uma dramática vitória sobre o Regatas Corrientes, da Argentina, na terceira e última vitória da chave.

A grande estrela da equipe atende pelo nome de Leandro García-Morales. Jogador com enorme experiência no basquete sul-americano, o ala, de 33 anos, é o maior cestinha da Liga das Américas até o momento, com 27,2 tentos anotados por partida. Outro bom nome da equipe é o ala/pivô norte-americano Gregory Dilligard, que soma em média 13,5 pontos e 6,0 rebotes por jogo no torneio continental.

Força da torcida e atuações acima da média de García-Morales foram os principais trunfos do Aguada nas fase anteriores (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Força da torcida e atuações de García-Morales foram os principais trunfos do Aguada nas fases anteriores (Samuel Vélez/FIBA Américas)