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Seleção Brasileira

Reconhecimento merecido

08-09-2013 | 09:16
Por Liga Nacional de Basquete

Das mãos de Larry Bird, "Mão Santa" Oscar Schmidt recebe homenagem e entra oficialmente para o Hall da Fama do Basquete

Oscar escolheu e Larry Bird foi o responsável por condecorá-lo oficialmente como membro do Hall da Fama (NBA/Divulgação)

A tarde deste domingo foi especial para um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro. No Symphony Hall, em Springfield, nos Estados Unidos, Oscar Schmidt foi oficialmente coroado como membro do Hall da Fama do Naismith Memorial Basketball.

O Naismith Memorial foi criado em 1959, no Springfield College – instituição onde o basquete foi inventado, em 1891, por James Naismith. A honraria é concedida a jogadores, técnicos e empresários que se destacam internacionalmente no desenvolvimento do basquete

Maior cestinha da história dos Jogos Olímpicos, com 1.093 pontos anotados, o “Mão Santa” agora faz parte dos dois principais Hall da Fama do esporte da bola laranja. Anteriormente, Oscar já havia sido eleito para fazer parte do Hall da Fama da FIBA (Federação Internacional de Basquete).

“É o Prêmio Nobel do esporte. Você não sabe quem vota, é um negócio secretíssimo, foi um momento único. Não imaginava. O Hall da Fama da Fiba sim, porque foi a entidade onde joguei. São poucas pessoas, e você até sabe quem vota. No de Springfield, você não sabe quem vota. Existe um comitê secreto. Você tem que ter a maioria de votos, não pode ser mais ou menos. Tive 100%, unanimidade. Isso é algo grandioso”, disse o ex-jogador, que segue na luta contra um câncer.

Assim como manda a cerimônia de apresentação, todo novo membro do Hall da Fama dos Estados Unidos deve escolher a pessoa que entregará seu prêmio. E Oscar resolveu escolher o ex-jogador Larry Bird, que fez história na liga norte-americana de basquete com a camisa do Boston Celtics, para ser seu “padrinho”.

“Eu sempre admirei muito o Larry Bird. É meu ídolo na vida”, afirmou Oscar.

Além do brasileiro, outros nomes importantes do basquete mundial também foram coroados na cerimônia realizada no no Estado de Massachusetts: Gary Payton, Roger Brown, Sylvia Hatchell, Russ Granik, Richie Guerin, E.B. Henderson, Guy Lewis, Rick Pitino, Dawn Staley e Jerry Tarkanian.

Agora, com o ingresso do “Mão Santa”, o Brasil possui três representantes no Hall da Fama norte-americano. Junto de Schmidt, o ex-pivô Ubiratan Maciel, campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1963, e Hortência Marcari, campeã mundial na Austrália (1994), são os outros brasileiros da lista.

Oscar atuou de 1977 a 1996 com a camisa da Seleção Brasileira, disputou 326 partidas oficiais e marcou 7.693 pontos. Suas principais conquistas pelo time brasileiro foram a medalha de bronze no Campeonato Mundial das Filipinas (1978) e a de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (1987), em que a equipe nacional conquistou a história vitória diante dos Estados Unidos, donos da casa, na decisão.

Além do sucesso com a Seleção, Oscar também construiu uma incrível carreira no basquete brasileiro e defendeu Palmeiras, Sírio, onde foi campeão da Copa Intercontinental de Clubes, em 1979,  Corinthians, Bandeirantes, Barueri e Flamengo. No exterior, também obteve êxito e jogou por Caserta e Pavia, da Itália, e Forum/Valladolid, da Espanha.