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CLÁSSICO DOS JARDINS NA SEMIFINAL DA LDB

29-09-2022 | 08:15
Por Arthur Posterizamos

Na Collab NBBxPosterizamos, vivemos a expectativa de mais um capítulo no duelo histórico entre Paulistano e Pinheiros

Termos que definem o conceito de rivalidade: oposição; antipatia; tradição; hegemonia; dominação e imposição.

Rivais foram feitos para eternamente menosprezar a presença alheia, mesmo dependendo totalmente dessa para preencher a sua própria existência. Essa relação paradoxal cria uma constante necessidade de superação do oponente que nunca se materializa de fato, e é combustível para uma combustão que jamais pode acontecer porque implode todos os sujeitos dessa relação antagônica.

Tico Farias, do Pinheiros (João Pires/LNB)

Paulistano e Pinheiros são rivais, mas não são opostos. São dois clubes da elite paulistana com raízes aristocráticas imutáveis e processo de formação análogo. Pouco mais de três quilômetros distanciam os vizinhos ginásios “Antônio Prado Júnior” do “Henrique Villaboim”, que servem de homenagem a duas figuras políticas da história dessa alta-sociedade de São Paulo. Essencialmente, Paulistano é Pinheiros e Pinheiros é Paulistano.

Mesmo assim há antipatia, e o Clássico dos Jardins é fruto não só dessa hiper semelhança, mas principalmente de uma briga pela hegemonia no basquete de formação que historicamente serve como método para definir o protagonismo na relação simbiótica entre CAP e PIN que não se limita à quadra.

Na LDB, o alviceleste da Rua Tucumã é o maior campeão do torneio e venceu as últimas três edições, enquanto o alvirrubro da Rua Honduras é o maior medalhista e o antecedente à hegemonia do Azulzinho. Vale lembrar que, somente em duas edições da Liga de Desenvolvimento não tivemos os rivais da Zona Sul de SP nas semis, e em 5 das 10 LDBs realizadas, a final teve presença de pelo menos um da dupla protagonista. O basquete de base é dominado por Pinheiros e Paulistano!

Em 2022, a parte azul dos Jardins ficou no Grupo A, enquanto a parte vermelha foi colocada no Grupo B. Ao fim da fase classificatória, os finalistas do ano passado lideraram as suas chaves como era esperado e chegam à fase de grupos decisiva só podendo se enfrentar no mata-mata: seja nas semis ou na finalíssima pela terceira vez (final mais recorrente em toda história da competição).

Anderson Barbosa, do Paulistano (João Pires/LNB)

Para que isso aconteça, Pinheiros e Paulistano precisam se impor como sempre fizeram no basquete de formação e dependem do apetite histórico de superar o seu maior rival. Para o Azulzinho, a hegemonia construída desde 2018 está em jogo e tem firmamento mais instável do que nunca. Para o CAP esse é o momento chave para conquistar o topo e quebrar um tabu pesado de forma épica na rivalidade mais tradicional da Liga de Desenvolvimento.

“Alguém para o CAP invicto em 2022? E será que tem quem tire a coroa do atual tricampeão?”

Não sei.

Mas com alguns anos de base aprendi que para todas as perguntas sobre Paulistano ou Pinheiros, a resposta costuma sempre ser Pinheiros ou Paulistano.

15h45 – Semifinais – Transmissão no YouTube do NBB

PAULISTANO x PINHEIROS – Ginásio Poliesportivo Henrique Villaboim