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Trampolim

04-04-2013 | 10:23
Por Liga Nacional de Basquete

Convocados para a Seleção Brasileira Sub-19, Lukinha, Humberto e Wesley Sena falam sobre a importância da Liga de Desenvolvimento neste salto em suas carreiras

Lukinha, Humberto e Wesley Sena, tiveram boas atuações no torneio sub-22 e foram convocados para a Seleção Sub-19 (Montagem/LNB)

“Um dos principais objetivos da Liga de Desenvolvimento de Basquete é descobrir e projetar novos talentos para o cenário nacional e possibilitar que esses atletas sejam protagonistas em suas equipes, acelerando seu processo de amadurecimento”, disse Paulo Bassul, gerente técnico da Liga Nacional de Basquete.

Pelo jeito, alguns jovens jogadores entenderam bem o recado e deram um grande salto em suas curtas trajetórias no esporte da bola laranja após a competição sub-22. A maior prova deste enorme amadurecimento através do torneio para garotos foi a convocação para a Seleção Brasileira Sub-19 do pivô Wesley Sena, do Palmeiras, do ala Humberto, do Pinheiros/SKY, e do armador do Winner/Kabum/Limeira, Lucas Moreira, o “Lukinha”.

Wesley Sena em ação contra o São José, no NBB (Cláudio Capucho/PMSJC)

O mais jovem da lista do técnico Demétrius, o pivô Wesley Sena, de apenas 16 anos, mal começou sua carreira e já entrou para a história do NBB. O camisa 23 alviverde foi o jogador mais novo a entrar em quadra na atual edição do torneio nacional. Com a camisa do Palmeiras, a revelação já esteve em quadra em dez partidas no campeonato e tem média de sete minutos por jogo. O atleta de 2,08m de altura vestirá a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez e espera não decepcionar com a “amarelinha” no peito.

“Fiquei muito feliz com a convocação. Eu estava no Rio de Janeiro com a delegação do adulto, porque o time ia jogar contra o Flamengo. Recebi a notícia de noite do Luizão (Luis Cardoso), nosso coordenador, e o pessoal já veio me parabenizar pela internet. Fiquei muito feliz, batalhei muito pra chegar na seleção e agora quero ficar lá”, comemorou o pivô palestrino.

O Palmeiras não foi a diante na competição sub-22 e não se classificou para a segunda fase. Mesmo com este cenário, o pivô de 16 anos desempenhou um bom papel nas partidas e obteve médias de 9,0 pontos e 5,5 rebotes por confronto. “A LDB me ajudou muito, porque me deu visibilidade. A dedicação nos treinos, nos jogos também foi muito importante para essa convocação”, disse Wesley.

Não se importar com a pouca idade é algo que o jovem jogador já pratica em seu dia-a-dia na luta pela posição no time adulto do Palmeiras que disputa o NBB, por isso, Wesley Sena espera dificuldades, mas confia em sua preparação diária para disputar o torneio mundial com a camisa da Seleção Brasileira sub-19.

“Eu tenho certeza que vai ser difícil, complicado. Mas me sinto preparado. Minha intenção agora é batalhar para mostrar na seleção que sou capaz de permanecer no grupo que vai para o Mundial”, finalizou o jogador do Palmeiras.

Humberto já defendeu as cores do Brasil em sua carreira (Newton Nogueira/Divulgação)

O único dentre os três citados que já fez parte de seleções brasileiras de base, o ala Humberto, de 17 anos, não esconde a felicidade de ter sido lembrado novamente pelo técnico Demétrius Ferracciú e espera não decepcionar para poder permanecer no grupo dos 12 jogadores que vão para o Mundial.

“Fiquei muito feliz quando fiquei sabendo da convocação. Eu vinha trabalhando forte, muito focado e pensando em voltar para a Seleção. Minha expectativa é das melhores. Venho trabalhando forte, me dedicando cada dia mais. Agora já está bem próximo da fase de treinamentos, vou continuar me preparando para conseguir ficar entre os 12”, declarou Humberto.

Boa parte da volta do jogador ao time verde-amarelo se deve à liderança do ala na Liga de Desenvolvimento de Basquete 2012. O atleta foi um dos destaques do Pinheiros na competição sub-22, em que o jogador de 17 anos chamou a responsabilidade nas partidas e enfrentou sem medo seus adversários.

“A LDB teve total importância para mim. Na segunda fase, em Franca, o Demétrius estava assistindo aos nossos jogos, em que eu tive boas atuações, o que eu acho que pesou muito na minha convocação. Eu já tinha algumas chances de ser convocado antes, por ele já me conhecer, mas com ele vendo meu desempenho na LDB ficou mais fácil ainda”, comentou o ala do Pinheiros.

Lukinha tem média de 5,2 minutos na equipe adulta do Limeira que disputa o NBB (Bruno Spada/LNB)

O armador Lucas Henrique Moreira, o “Lukinha”, como é carinhosamente chamado no Winner/Kabum/Limeira, passará por sua primeira experiência com a camisa da Seleção Brasileira. Mesmo com a pouca idade, o atleta faz parte do elenco do time adulto da equipe limeirense que disputa o NBB, coincidentemente comandada por Demétrius Ferracciú.

Na competição sub-22, o jovem de 1,81m de altura foi um dos principais líderes do interior paulista, e encerrou sua participação no torneio com média de 15 pontos por jogo.

“A LDB é um dos principais campeonatos de base do país e foi muito importante para mim porque me ajudou a ganhar mais experiência e tempo de quadra contra adversários fortes. Em nosso time todos tinham 18 anos ou menos e enfrentamos atletas com dois ou três anos a mais, além do fato de serem mais fortes, que acabou gerando um jogo mais pegado e consistente. Acho que a minha atuação nesse aspecto colaborou sim para minha convocação”, afirmou o armador.

Uma das características do jogo de Lukinha é a ousadia nas jogadas e sua consciência dentro de quadra. O atleta do Limeira aposta no entrosamento de alguns jogadores convocados para defender as cores do Brasil para fazerem uma boa campanha no Mundial.

“Tenho boa expectativa para este time porque conheço a maioria dos atletas e sei que estão todos focados para realizar uma boa campanha no mundial. O fato de alguns jogarem juntos há alguns anos pode colaborar para que a equipe renda melhor dentro de quadra”.

Humberto, Wesley, Lukinha e todos os outros jovens jogadores terão mais chances de mostrar seu talento na próxima edição da Liga de Desenvolvimento de Basquete, que contará com a extensão de seu calendário, para os atletas adquirirem um maior ritmo de jogo e mostrarem seu valor, podendo assim, ganhar mais visibilidade no cenário nacional.

“A cada temporada que passa, a LDB vai se consolidando. Cada uma das equipes disputarão um mínimo de 28 partidas na próxima edição da competição, o que será crucial para a evolução dos nossos jovens jogadores”, finalizou Paulo Bassul.