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Treinamento intensivo

13-10-2014 | 05:29
Por Liga Nacional de Basquete

Com palestras, testes físicos e treinos práticos, Clínica de Arbitragem é promovida em São Paulo pela LNB; evento contou com presença de 41 árbitros do quadro do NBB

Os árbitros que participarão do NBB7 tiveram um treinamento intensivo no último final de semana. De quinta-feira à sábado, 41 homens e mulheres do quadro de arbitragem do maior campeonato do país passaram por uma bateria de palestras, treinos práticos e testes físicos da FIBA, em clínica promovida pela Liga Nacional de Basquete (LNB) em parceira com a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), em São Paulo (SP).

Na temporada 2014/2015 do NBB, a relação de arbitragem contará com 42 integrantes de 12 Estados diferentes: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.

A clínica teve início na manhã de quinta-feira, com uma palestra ministrada pelo Gerente Técnico da Liga Nacional de Basquete, Paulo Bassul, com Geraldo Miguel Fontana, Coordenador de Arbitragem da FIBA Américas, e Alberto García, Diretor Executivo da FIBA Américas, todas em um hotel localizado na região central da capital paulista.

Na primeira, diversos temas foram abordados, como conduta, profissionalismo, entre outros, tudo para que a arbitragem siga o crescimento que o NBB apresenta a cada ano. Já na segunda, os árbitros tiveram conhecimento e recomendações de como agir perante as alterações das regras FIBA. E na terceira e última do dia, ainda com Fontana, sobre análise de situações de jogo.

“Essa clínica é essencial para que o árbitro possa receber as orientações necessárias para que o campeonato seja ainda melhor que nos anos anteriores. Foram dois dias muito intensos, com muita informação sobre o que há de mais atual no basquetebol internacional sobre os vários pontos das Regras Oficiais”, avaliou a Coordenadora de Arbitragem da LNB, Flávia Almeida. “Os árbitros foram muito participativos e demonstraram muito interesse durante as palestras”, completou.

“A arbitragem é parte fundamental em uma competição de alto nível e equilibrada como é o NBB. É necessário muito estudo e atualização constante. A clínica de arbitragem vem de encontro a isso, promovendo palestras com profissionais com vasta experiência e profundo conhecimento, como é o caso do Alberto Garcia e do Geraldo Fontana, e também possibilita uma avaliação da condição teórica e física de cada um dos árbitros que trabalharão no NBB”, analisou Paulo Bassul, Gerente Técnico da LNB.

Um dos palestrantes da Clínica, o Coordenador de Arbitragem da FIBA Américas, Geraldo Fontana, acredita que o evento serviu para os árbitros reconhecerem as falhas cometidas no passado e usá-las para evitar novos erros no futuro, para que a arbitragem esteja cada vez mais preparada para uma competição do nível do NBB.

“Essa experiência é muito importante. Nela você tem a oportunidade de fazer uma reflexão sobre o passado e buscando melhorar para o futuro. Com o passar dos anos, vamos analisando onde a arbitragem está bem e onde precisa melhorar. Essa clínica tem o propósito de unificar critérios de arbitragem. Temos um grupo muito jovem de árbitros, que estão preparados para esse nível de campeonato, mas certamente tem capacidade de serem cada vez melhores”, disse Fontana.

Já na sexta-feira, foi dia dos árbitros largarem o apito e de fato suarem a camisa, no teste físico da FIBA, realizado pela manhã, no clube A Hebraica de SP. Após as provas, mais palestras foram realizadas em diferentes horários, sobre Mecânica de arbitragem para 3 pessoas, e controle de jogo, com Geraldo Miguel Fontana, e filosofia de arbitragem, com Alberto García. Ao final do dia, os participantes da clínica passaram por uma avaliação teórica.

No terceiro e último dia, sábado, os árbitros passaram por mais um teste físico da FIBA, este incluindo os árbitros que estavam apitando a Liga Sul-Americana, novamente no clube A Hebraica de SP. Logo em seguida, os participantes tiveram mais duas palestras com Geraldo Miguel Fontana, ambas sobre análise de situações de jogo, e para fechar a experiência, os homens e mulheres que estiveram na Clínica receberam as últimas considerações da Coordenadora de Arbitragem da LNB, Flávia Almeida.

“As palestras ministradas pelo Geraldo Miguel Fontana e pelo Alberto Garcia foram enriquecedoras e atuais. Todos os árbitros pertencentes ao quadro do NBB 7 se mostraram muito satisfeitos com o que foi proposto a eles, e tenho certeza que todos saímos com muito mais conhecimento do que antes da Clínica”, disse Flávia Almeida.

Premiações

Ainda no primeiro dia, foi realizada a entrega dos troféus aos árbitros premiados pela temporada 2013/2014 do NBB. Os escolhidos ao posto de Melhor Trio de Arbitragem foram Marcos Benito (SP), Sérgio Jesus Pacheco (SP) e Guilherme Locatelli (SC). Já o troféu de Melhor Árbitro do NBB6 ficou com o catarinense Cristiano Maranho, que já apitou duas Olimpíadas (2008 e 2012) e três Copas do Mundo de Basquete (2006, 2010 e 2014).

A cerimônia de premiação, no entanto, foi encerrada de maneira emocionante. A Liga Nacional de Basquete prestou uma homenagem à família do ex-árbitro paranaense Márcio Bastos Ruziska, que há um ano, foi vítima de um acidente automobilístico em uma estrada no Paraná e faleceu aos 24 anos. Desta forma, a LNB chamou a mãe e a irmã de Márcio e lhes entregou uma placa de reconhecimento em nome da entidade.

Ainda em memória ao ex-árbitro, nascido em Artorga (PR), a LNB decidiu nomear o prêmio de Árbitro Revelação do NBB6 como ‘Troféu Márcio Ruziska’, coincidentemente vencido por um grande amigo do falecido, o catarinense Leandro Sehnem, de 29 anos, que recebeu o troféu das mãos da mãe de Márcio, dona Odisseia Bastos, e se emocionou profundamente.

“Eu não estava esperando, foi uma emoção muito grande. Eu era muito amigo dele, ele frequentava a minha casa durante as férias. Ter o nome dele nesse troféu é muito significativo para mim, e com certeza ele (Márcio) faz parte dessa conquista”, comentou Leandro Sehnem. “São duas emoções bem distintas. Receber o prêmio de Árbitro Revelação gera uma pressão maior, uma cobrança maior nas minhas atuações em quadra, pois agora a responsabilidade certamente será muito maior em cima de mim”, concluiu o catarinense de 29 anos.