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Vantagem bauruense

09-05-2015 | 03:38
Por Liga Nacional de Basquete

Bauru venceu todos os 6 jogos que fez contra Mogi na temporada 2014/2015; confira informações e curiosidades sobre o duelo válido pela semifinal do NBB 7

Shamell, do Mogi, e Larry, do Bauru

Mogi das Cruzes, de Shamell, ou Bauru, de Larry Taylor? Quem vai à Final do NBB? (Cleomar Macedo/Helbor)

Finalistas da Liga Sul-Americana 2014, Paschoalotto/Bauru e Mogi das Cruzes/Helbor já se enfrentaram seis vezes na atual temporada, todas elas vencidas pelos bauruenses. Agora, os playoffs do NBB colocaram os dois frente a frente novamente, desta vez pelas semifinais da sétima edição do maior campeonato do país.

A equipe bauruense, que vai para sua segunda semifinal de NBB na história, terminou a fase de classificação na liderança absoluta, com campanha de 28 vitórias em 30 jogos. Nas quartas de final, os comandados do técnico Guerrinha sofreram, mas passaram pelo rival Franca Basquete, em série decidida apenas no Jogo 5.

Também pela segunda vez na disputa por uma vaga na decisão do NBB, o Mogi foi o terceiro colocado na primeira fase da competição, com campanha de 21 triunfos em 30 confrontos. Para chegar à semifinal pelo segundo ano consecutivo, o time do técnico espanhol Paco García bateu o Macaé Basquete, em mais uma série de cinco jogos.

Confira informações e curiosidades sobre o confronto entre Bauru e Mogi:

Só dá Bauru
Contabilizando jogos do Campeonato Paulista, Liga Sul-Americana e NBB, Bauru e Mogi já se enfrentaram seis vezes na temporada 2014/2015, todas elas vencidas pelos bauruenses, senda a três últimas por 19 pontos ou mais de diferença. Confira as partidas:

Campeonato Paulista 2014 – 1º turno – Mogi 72 x 76 Bauru
Campeonato Paulista 2014 – 2º turno – Bauru 93 x 89 Mogi
Liga Sul-Americana 2015 – 2ª fase – Mogi 78 x 91 Bauru
Liga Sul-Americana 2015 – Final – Bauru 79 x 53 Mogi
NBB 7 – 1º turno – Mogi 80 x 99 Bauru
NBB 7 – 2º turno – Bauru 97 x 75 Mogi

Foi histórico
A vitória sobre o Mogi na Final da Liga Sul-Americana, por 79 a 53, rendeu ao Bauru seu primeiro título internacional em sua história. Os destaques da decisão ficaram por conta do pivô Hettsheimeir, com 18 pontos, o ala Robert Day, com 13, e do ala Alex Garcia, autor de 12 pontos e oito assistências, além do ala/pivô Jefferson William, com um duplo-duplo de 11 tentos e 13 rebotes.

Bauru se sagrou campeão sul-americano em cima do Mogi no Panela de Pressão, palco do duelo desta terça-feira (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Bauru se sagrou campeão sul-americano em cima do Mogi no Panela de Pressão, palco do Jogo 1 da série semifinal (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

5 em 6
Se tratando somente de NBB, Bauru e Mogi estiveram frente a frente em seis oportunidades, e a soberania também é do Dragão da Cidade Sem Limites, que venceu vezes. O único triunfo mogiano sobre os bauruenses foi no segundo turno do NBB 6, no Hugo Ramos, por 75 a 74.

Marcou
A última vez em que as equipes se enfrentaram foi marcante para Alex Garcia. Com expressivos 31 pontos, o camisa 10 do Bauru se tornou o terceiro jogador na história do NBB a ultrapassar a marca dos 4.000 pontos, e se juntou a Shamell, do próprio Mogi, e Marcelinho Machado, do Flamengo, na seleta lista de atletas que já alcançaram este feito.

Afiadíssimos!
Que a bola de 3 pontos é carro chefe do Bauru não é novidade, mas o Mogi sabe, e muito bem. Nos quatro duelos de NBB e Liga Sul-Americana entre os dois nesta temporada, o time bauruense contabilizou incríveis 63 tiros longos em cima dos mogianos (15,75 de média), que responderam com apenas 31 (7,7 de média). Confira os placares de bolas de 3 pontos:

Liga Sul-Americana 2015 – 2ª fase – Mogi 10 x 13 Bauru
Liga Sul-Americana 2015 – Final – Bauru 14 x 07 Mogi
NBB 7 – 1º turno – Mogi 08 x 17 Bauru
NBB 7 – 2º turno – Bauru 19 x 6 Mogi

Daytem média de 23,2 pontos em jogos no Hugo Ramos, com direito a jogo de 10 bolas de 3 pontos na Sul-Americana (Cleomar Macedo/Helbor)

Daytem média de 23,2 pontos em jogos no Hugo Ramos, com direito a jogo de 10 bolas de 3 pontos na Sul-Americana (Cleomar Macedo/Helbor)

Day + Hugão = show!
Robert Day defende o Bauru, mas seu histórico mostra uma tamanha afinidade com os aros do Hugo Ramos. Em toda sua carreira no Brasil, o norte-americano tem média de 23,2 pontos no ginásio mogiano, contabilizando Paulista 2014, NBB e Liga Sul-Americana 2015. Confira os desempenhos de Day no “Hugão”:

NBB 5 – 1º turno – Mogi 83 x 81 Uberlândia –23 pontos
NBB 6 – 1º turno – Mogi 71 x 73 Uberlândia –21 pontos
Campeonato Paulista 2014 – 1º turno – Mogi 89 x 93 Bauru –29 pontos
Liga Sul-Americana 2015 – 2ª fase* – Bauru 95 x 87 Brasília –32 pontos (10/12 nas bolas de 3)
Liga Sul-Americana 2015 – 2ª fase* – Bauru 110 x Comunikt –21 pontos
Liga Sul-Americana 2015 – 2ª fase* – Mogi 78 x 91 Bauru – 18 pontos
NBB 7 – 2º turno – Mogi 80 x 99 Bauru – 19 pontos

*Ginásio Hugo Ramos foi uma das sedes da 2ª fase da Liga Sul-Americana 2015

Shamell

Maior cestinha desta edição e também da história do NBB, Shamell é uma das principais armas do Mogi para a semifinal contra o Bauru (Gaspár Nóbrega/FIBA Américas)

Showmell é Showmell
Cestinha da atual temporada do NBB, com média de 20,35 pontos por jogo, o ala norte-americano Shamell, do Mogi, é também o dono da maior média de tentos dos playoffs até agora – 21,4 por jogo.

Duelo de titãs
Além de principal anotador desta edição, Shamell ainda é o maior cestinha de toda a história do NBB, com 4647 pontos. O norte-americano, no entanto, terá pela frente o terceiro atleta que mais fez pontos no campeonato, o ala Alex Garcia, que tem 4086 pontos.

Duelo de alto nível
Alex e Shamell possuem médias de 17,4 e 17,3 pontos, respectivamente, nos duelos entre si na história do NBB. No entanto, considerando apenas esta temporada, o camisa 10 do Bauru tem média de 14,0 pontos contra Shamell, que anotou em média apenas 10,6 pontos nas partidas contra o “Brabo”.

Vai bem
Em toda a história do NBB, Shamell anota em média 18,38 pontos em jogos contra o Bauru.

Segundas vezes
Tanto Bauru quanto Mogi chegaram à semifinal do NBB pela segunda vez na história. A primeira dos bauruenses foi no NBB 5 (3 a 0 para o Uberlândia), enquanto que os mogianos debutaram na temporada passada (3 a 0 para o Flamengo).

Larry Taylor, do Bauru, e Gruber, do Uberlândia

No NBB 5, Bauru foi à semifinal com o Uberlândia e foi derrotado por 3 a 0 (João Pires/LNB)

100%
O líder da fase de classificação nunca perdeu uma série semifinal, ou seja, jamais ficou de fora de uma decisão. Será que o Bauru confirma esta escrita diante do Mogi e vai à decisão? Confira os líderes das respectivas temporadas do NBB:

NBB 1 – Flamengo – campeão – foi à Final com o Brasília
NBB 2 – Brasília – campeão – foi à Final com o Flamengo
NBB 3 – Franca – vice-campeão – foi à Final com o Brasília (campeão)
NBB 4 – São José – vice-campeão – foi à Final com o Brasília (campeão)
NBB 5 – Flamengo – campeão – foi à Final com Uberlândia
NBB 6 – Flamengo – campeão – foi à Final com o Paulistano
NBB 7 – Bauru – ?

4º sem sorte
O quarto colocado na fase de classificação nunca foi à Final do NBB em toda a história. Será que o Mogi muda a escrita, bate Bauru e vai à decisão? Confira os desempenhos dos quartos colocados nas semifinais da competição:

NBB 1 – (1º) Flamengo 3 x 0 Joinville (4º)
NBB 2 – (1º) Brasília 3 x 2 Minas (4º)
NBB 3 – (1º) Franca 3 x 0 Flamengo (4º)
NBB 4 – (1º) São José 3 x 2 Flamengo (4º)
NBB 5 – (3º) Uberlândia 3 x 0 Bauru (4º)
NBB 6 – Limeira eliminado nas quartas pelo 12º Mogi, por 3 a 2
NBB 7 – (1º) Flamengo x Mogi (4º)

Alex Garcia, do Bauru, e André Coimbra, do Franca

Melhor ataque antes dos playoffs, Bauru sofreu com a defesa francana e teve desempenho ofensivo igual ao pior ataque da primeira fase (Newton Nogueira/Divulgação)

Foi difícil #1
A vida do Bauru não foi fácil nas quartas de final. Líder absoluto da primeira fase, com campanha de 28 vitórias em 30 partidas, a equipe do técnico Guerrinha teve, na árdua série diante do rival Franca, vencida por 3 a 2, o mesmo número de derrotas que sofreu em todo o campeonato.

Foi difícil #2
Além disso, o Dragão, que tinha o melhor ataque da competição, com 90,7 pontos por jogo, fez apenas 74,6 tentos por partida na série quartas de final contra os francanos, rendimento este que seria o pior ataque da fase de classificação, já que o Uberlândia, dono do pior desempenho ofensivo da competição, somou 75,17 pontos nos 30 duelos da primeira fase.

2º x 3º
Bauru e Mogi se encontram na segunda e terceira posições em dois fundamentos diferentes nas estatísticas do NBB 7:
– Ataques:
2º – Bauru – 88,4 pontos por jogo
3º – Mogi – 84,7 pontos por jogo

– Rebotes:
2º – Mogi – 37,34 rebotes por jogo
3º – Bauru – 37,23 rebotes por jogo

Jimmy e Paulão, do Mogi, e Jefferson e Murilo, do Bauru

Mogi e Bauru possuem médias de rebotes praticamente idênticas no NBB 7 (Cleomar Macedo/Helbor)

Estilos diferentes
As duas equipes possuem filosofias e maneiras diferentes de se portar em quadra, e alguns números podem provar isso. Franco atirador, o Bauru é o líder em bolas de 3 pontos no NBB 7, com média de 11,3 por jogo. Enquanto isso, Mogi é o time que mais converte lances livres na competição, com 17,7 por partida.

“Nova” missão
Assim como nesta edição, o Mogi chegou à semifinal na temporada passada e pegou o também líder da fase de classificação, Flamengo. Na ocasião, os comandados de Paco García eram estreantes em playoffs e terminaram a fase de classificação em 12º, mas no fim, foram eliminados pelos atuais campeões, por 3 a 1.

Capitão do Mogi, Filipin acertou 17 dos 17 lances livres que chutou nas quartas de final contra o Macaé (Cleomar Macedo/Helbor)

Capitão do Mogi, Filipin acertou 17 dos 17 lances livres que chutou nas quartas de final contra o Macaé (Cleomar Macedo/Helbor)

Não errou
Dono de um afiado gatilho nos arremessos, o ala Filipin, do Mogi, não errou nenhum lance livre nas cinco partidas da série quartas de final contra o Macaé. Ao todo, o jogador converteu 17 tiros livres em 17 tentados (4,1,4,1 e 7) e está com 100% de aproveitamento nos playoffs.

Pela 1ª vitória
O Bauru nunca venceu um jogo de semifinal em sua trajetória no NBB. Na única vez em que chegou a esta fase do mata-mata, a equipe do técnico Guerrinha sofreu uma “varrida” do Uberlândia – 3 a 0.

Portas fechadas
O Mogi é o responsável por sofrer a menor quantidade de pontos em uma só partida semifinal na história do NBB ao vencer o Flamengo por 69 a 65 na segunda partida da série. Do outro lado, Bauru também compartilha deste recorde negativo, pois registrou apenas 65 pontos na derrota para o Uberlândia na semi do NBB 5 – 93 a 65.