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01-07-2013 | 12:00
Por Liga Nacional de Basquete

Depois de boas atuações no NBB5 por Joinville, Victor Correia quer usar LDB para ganhar moral no São José; atleta é um dos destaques da 1ª etapa da competição

Agora no São José, Victor é um dos destaques do início da edição 2013 da LDB (João Pires/LNB)

A LDB ainda está apenas em sua terceira edição, mas muitos jogadores conseguiram ganhar espaço no mercado do basquete graças à competição Sub-22. Depois de brilharem no maior campeonato de base do basquete brasileiro, alguns atletas passaram a receber chances em suas equipes durante o NBB. Porém, para o ala/armador Victor Correia, do São José, o caminho foi um pouco diferente.

Após se destacar na base paulista – o jogador defendeu Círculo Militar, Paulistano e Barueri nas categorias de base –, o garoto, de 21 anos, se transferiu para o Cia. do Terno/Romaço/Joinville. Na equipe catarinense, Victor teve sua primeira experiência na elite do basquete brasileiro e não fez feio. Com média de 12,7 pontos por partida, o atleta foi o principal pontuador da equipe do Sul do país na edição 2012/2013 do NBB.

O bom desempenho de Victor pelo esquadrão de Santa Catarina chamou a atenção do São José/Unimed e o jogador acertou com a equipe do interior paulista para a próxima temporada do basquete brasileiro. Porém, o jogador sabe que não será fácil ter espaço no forte time joseense no NBB. Por isso, o ala/armador abriu mão de suas férias para poder jogar a LDB pela primeira vez em sua carreira e mostrar seu potencial para a comissão técnica da equipe do Vale do Paraíba.

“Nem pensei em ter férias. Eu mudei do Joinville para o São José e por mais que o Régis (Marrelli, técnico do time adulto) tenha me acompanhado um pouco durante o NBB, ele não me conhece totalmente. Então essa LDB serve para eu poder mostrar meu potencial e mostrar meu jogo para ele. Ele está bem atento aos nossos jogos aqui na LDB e se ele gostar do que estou fazendo sei que terei mais chances no adulto”, explicou Victor.

A tentativa do garoto de mostrar serviço funcionou e o camisa 5 do São José é um dos destaques da primeira etapa da LDB 2013. Depois de seis rodadas disputadas na Arena Olímpica, em São Sebastião do Paraíso (MG), Victor é o segundo maior cestinha da competição, com média de 19,67 pontos por jogo, além de aparecer na terceira colocação no ranking de assistências, com quatro passes decisivos por partida, e em quarto na lista dos jogadores mais eficientes do campeonato, com 18,3 pontos de eficiência por confronto.

“Fomos buscar um jogador talentoso, que domina muito bem os fundamentos. Tem bom passe, bom drible, um ótimo chute e muita facilidade para pontuar. Além disso tudo, é um jogador com personalidade muito forte, capaz de liderar um time, como fez em boa parte da temporada passada por Joinville. Ele tem mostrado nestes primeiros jogos o porquê da contratação dele. Veio para liderar o grupo da LDB, para fazer a diferença em quadra e é isso que ele está fazendo até agora”, elogiou Jaú, técnico do São José na LDB e assistente de Régis Marrelli no time adulto da equipe paulista.

Jaú passa instruções para Victor durante jogo da LDB; treinador é só elogios para o garoto (João Pires/LNB)

Mais do que os elogios de seu treinador, Victor espera ganhar confiança para sua primeira temporada com a camisa do São José. O jovem jogador usou até o exemplo do que aconteceu com Ricardo Fischer, do Paschoalotto/Bauru, no último ano. Depois de boas atuações na LDB, o armador voltou mais seguro para atuar na equipe adulta e foi um dos destaques da ótima campanha do time comandado por Guerrinha no último NBB.

“Com certeza a LDB me trará mais confiança para chegar bem no adulto. Posso citar o exemplo do Ricardo Fischer, que jogou muito bem na última LDB e voltou com moral para o adulto do Bauru. Fazendo jogos bons na LDB e sabendo que teve um bom desempenho no geral, você volta mais tranquilo para o adulto e automaticamente deixa uma dúvida na cabeça do técnico”, disse.

Para brilhar nas primeiras rodadas da edição 2013 da competição nacional para atletas até 22 anos, Victor teve que se adaptar a uma nova situação. Após ser um dos atletas mais jovens do elenco do Joinville no NBB5, o ala/armador é um dos jogadores mais velhos do plantel do São José na atual temporada da LDB. Ao lado do armador Gabriel e do ala Chandler, ambos também com 21 anos, o jogador tem a missão de liderar um jovem time, que conta com muitos garotos de 16 e 17 anos.

“Tenho que tentar fazer a mesma coisa que fizeram comigo nesta última temporada do NBB lá em Joinville e passar para esses meninos. Acho que o Ricardo (Probst) fez isso muito bem, não só comigo mas com todo o elenco do Joinville. Então, tenho que usar as coisa que aprendi e ajudar os garotos do meu time. Eu procuro dar alguns toques e algumas dicas para os meninos mais novos melhorarem o jogo deles”, afirmou o atleta, que na última edição do NBB teve como melhor atuação individual os 32 pontos marcados diante do Mogi das Cruzes/Helbor, no dia 14 de fevereiro.

Victor é dono de um ótimo arsenal de jogadas ofensivas (João Pires/LNB)

Versátil, Victor pode atuar em duas posições em quadra. Com 1.80m de altura, o atleta tem uma incrível capacidade para pontuar e jogar na função de ala/armador. Mas, sua baixa estatura, fazem com que seja natural que também atue como armador principal. Com a camisa do Joinville, o jogador mostrou que pode dar conta do recado em qualquer um dos dois papéis.

“Ele (Victor) é um jogador versátil, que pode jogar nas posições um (armador) e dois (ala/armador). Ele vai aprender com o Fúlvio a ser protagonista sem ser protagonista, a coisa que já vimos com o  (Ricardo) Fischer, que é um jogador de características parecidas com a dele. Ele ainda tem que melhorar alguns pontos, diminuir os desperdícios de bola e melhorar o controle de jogo, principalmente se quiser ser um armador mesmo. Acreditamos muito no talento do Victor”, disse Jaú.

Para o jogador, essa dúvida sobre sua posição também não é um problema e Victor está empolgado em poder manter sua versatilidade também em São José.

“Então, a proposta do São José me interessou muito porque o Régis falou que gostava do meu jogo de dois (ala/armador). Ser reserva do Fúlvio, lógico que eu sei que vou aprender muito com ele, mas também sei que eu teria pouco tempo de quadra. Com essa proposta, eu fiquei muito entusiasmado porque sei que jogando de dois eu terei mais tempo de quadra. Mas tenho consciência que preciso jogar de um também e acho que posso fazer as duas funções tranquilamente”, concluiu Victor.