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Destaque internacional

15-10-2013 | 04:33
Por Liga Nacional de Basquete

Estudo feito por professores da Unicamp com árbitros do NBB durante temporada 2009/2010 ganha destaque na mídia internacional

Um estudo feito por um grupo de professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) com árbitros do NBB ganhou destaque na mídia internacional. O Open Acess Journal of Sports Medicine, famoso periódico de medicina esportiva da Inglaterra, publicou uma análise com base no projeto realizado durante a segunda temporada da maior competição de basquete do país.

Com o intuito de saber a demanda que um árbitro tem durante um jogo de basquete para poder avaliar e planejar seu tipo de treinamento ao árbitro, os oficiais de arbitragem de 12 jogos do campeonato nacional passaram pela avaliação.

“Sempre estivemos envolvidos com o basquete. Eu, especificamente, fui preparador físico de basquete de diversos times por alguns anos e uma coisa que sempre me intrigou foi tentar contribuir com outras áreas, não especificamente com os jogadores, e arbitragem era uma delas”, disse o Prof. Dr. João Paulo Borin, um dos responsáveis pelo projeto.

Tudo começou com um convite do então coordenador de arbitragem da Liga Nacional de Basquete (LNB), Antonio Carlos Affini. A entidade procurou os professores da Unicamp para avaliarem fisicamente os árbitros. Então, para poder conhecerem melho o físico dos árbitros, a equipe de Borin resolveu fazer uma avaliação mais específica.

“Fomos convidados pela LNB para fazer uma avaliação física com os árbitros. Então, para saber como prepararmos os árbitros, resolvemos entender o que acontece no jogo e tentar unir diferentes fatores para poder melhorar a preparação deles”, explicou.

Prof. Dr. João Paulo Borin recolhe sangue da árbitra Andreza Souza durante avaliação (Divulgação)

Para conseguir observar as mudanças durante diferentes jogos de etapas distintas da competição, os professores da universidade do interior paulista usaram quatro partidas da fase de classificação, quatro das semifinais e quatro da decisão entre Uniceub/BRB/Brasília e Flamengo.

“Os árbitros tem participação diretamente relacionada ao jogo. A mecânica de arbitragem está evoluindo e eles não podem ficar para trás. Em diferentes fases do campeonato, a distância percorrida aumenta bastante. Em um jogo da final, o árbitro correu mais do que em uma partida da fase de classificação. Durante os jogos, pudemos notar que no primeiro e terceiro quartos o desgaste para os árbitros é maior do que no segundo e quarto períodos”, completou o professor da Unicamp.

O grande objetivo da empreitada dos professores da Unicamp era medir e avaliar a distância percorrida pelos árbitros, a porcentagem de frequência cardíaca e a concentração de lactato nas diferentes fases da competição e nos períodos diferentes do jogo. Para isso, antes de cada jogo, os árbitros passavam por um procedimento de três coletas de dados: coleta de 25ml de sangue, calibração do pedômetro e colocação do transmissor de frequência cardíaca.

“Verificávamos a tabela dos jogos e montávamos as informações sobre os árbitros daquela partida. No local dos jogos, coletávamos sangue deles antes, durante e depois das partidas. Além disso, filmávamos o jogo e com um programa específico conseguíamos medir a distância percorrida por eles. Depois, com todos os dados na mão, conseguimos fazer uma análise muito boa e agora temos condição de dar um treino específico para os árbitros”, explicou João Paulo.

Trabalho dos árbitros durante temporada 2009/2010 do NBB foi alvo de estudos (Divulgação)

Junto de Borin, outros sete profissionais da área participaram da pesquisa. São eles: José Francisco Daniel, Valéria Bonganha, Anderson Marques de Moraes, Cláudia Regina Cavaglieri, Luciano Allegretti Mercadante, Marcos Tadeu Nolasco da Silva e Paulo Cesar Montagner.

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