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NBB Caixa

"Carinhoespecial"

19-11-2018 | 05:28
Por Liga Nacional de Basquete

Dono de linda trajetória pelo São José na carreira, Régis Marrelli comemora retorno da equipe ao NBB CAIXA, exalta Paulistano e destaca momento de Yago

Vice-líder do NBB CAIXA, o Paulistano/Corpore terá como próximo adversário o São José Basketball, 11º colocado, nesta terça-feira (20/11), no Ginásio Antonio Prado Jr, às 20 horas, com transmissão ao vivo da ESPN.

Ok, tinha tudo para ser um duelo como todos os outro, certo? Não para Régis Marrelli. Isso porque o treinador possui uma linda história de oito anos à frente do time joseense e terá mais um reencontro com o clube em que conquistou seus primeiros títulos como técnico.

Esse, no entanto, é especial, pois será o primeiro desde o retorno da equipe ao NBB CAIXA – ficou três temporadas longe da elite e retornou na atual edição após o vice-campeonato da Liga Ouro 2018.

“São José é um lugar que eu tenho um carinho especial. Inclusive eu moro lá ainda, estou aqui em São Paulo, mas minha família fica lá. É uma cidade que gosto muito, um lugar muito importante na minha trajetória como técnico e que me traz recordações muito boas. Sempre será um lugar e uma equipe especial para mim”, contou Régis.

Pelo São José, o atual treinador do Paulistano conquistou nada menos que dois títulos do Campeonato Paulista (2009 e 2012), um vice-campeonato do NBB CAIXA 2011/2012 e um Troféu Ary Vidal de Melhor Técnico da mesma edição do nacional.

São José, vice-campeão

Régis Marrelli chegou à Final do NBB CAIXA 2011/2012 com o São José e faturou o Troféu Ary Vidal de Melhor Técnico na mesma temporada (João Pires/LNB)

Vale destacar que o time joseense foi a segunda experiência de Régis como treinador principal. Antes, ele havia sido assistente técnico do Mogi de 1998 a 2005, ano em que foi efetivado para a vaga do lendário Edvar Simões, mas por pouco tempo. Depois, em 2006, foi para o São José e deu início à sua gloriosa trajetória por lá.

Antes dos títulos conquistados por Marrelli, a cidade de São José dos Campos já possuía uma grande tradição na modalidade, muito por conta da potência que era o Tênis Clube de São José, campeão brasileiro e bicampeão Paulista no início dos anos 80. Mas, segundo Régis, essa tradição já vinha de antes.

É uma cidade que ama o basquete e tem uma história muito forte na modalidade. Falamos sempre dos anos 80, mas muito antes o basquete já era muito forte lá. O que sempre escutei enquanto estive lá é que, se o time não tivesse parado algumas vezes, São José e Franca seriam as duas cidades mais basqueteiras do Brasil”, falou o treinador, que comemorou o retorno da equipe à elite.

“Realmente é muito legal ver o São José voltando à elite. Um grande trabalho voltou a ser feito, com pessoas sérias, corretas e comprometidas. Ainda tem o Jaú, que foi meu assistente durante oito anos e é um cara muito competente. Tudo isso leva a crer que logo São José estará entre as grandes equipes do país”, completou.

Régis recebendo troféu de melhor técnico das mãos do próprio Ary Vidal ao lado do seu então assistente Jaú, hoje técnico do São José (Luís Pires/LNB)

Como bem disse Régis, um fator que deixa o duelo ainda mais especial para ele é que o treinador do São José é ninguém menos que Paulo Cézar “Jaú”, que foi seu assistente durante os oito anos na equipe joseense.

Jaú participou de todas as conquistas do São José enquanto Régis esteve no comando e por isso criou uma grande amizade com o atual treinador do CAP, que foi só elogios ao seu ex-auxiliar.

O Jaú já é um grande técnico. É claro que tem coisas que ele vai adquirir com o tempo, não tem jeito, tem coisas que você só aprende com o tempo e passando por situações. Mas é um cara estudioso, gosta muito de basquete, trabalhador, com certeza terá muito sucesso. Precisa ter também um pouco de sorte, assim como todo técnico, mas tudo isso chegará logo logo para ele e tenho certeza que ele ficará muitos anos à frente desse projeto do São José”, disse Marrelli.

O momento é do CAP

É claro que o reencontro com o São José é muito especial para Marrelli, mas o que impera no momento é a vontade de levar o Paulistano para o topo do NBB CAIXA.

Vindos de três vitórias seguidas (sobre Vasco, Pinheiros e Flamengo), os atuais campeões nacionais assumiram a vice-liderança do NBB CAIXA, com seis triunfos em oito jogos (75% de aproveitamento).

+Tabela de classificação completa do NBB CAIXA 2018/2019

Agora, o foco está na liderança. Mas, para isso, o que vem pela frente é a dura equipe de São José.

“É um jogo dificílimo contra São José. Eles tiveram uma vitória importante em Bauru e fizeram um grande jogo contra o Flamengo, decidido no minuto final. É uma equipe que tem vários jogadores de alto nível, peças de reposição no banco, bem treinada e com uma defesa forte. Mas estaremos em casa, precisamos jogar forte e ter um volume de jogo grande para buscar essa vitória antes do jogo contra Franca”

Caso leve a melhor sobre São José, o Paulistano se aproximará ainda mais do líder Sesi Franca Basquete, que será seu adversário na sequência. O duelo contra os francanos, que ainda reeditará pela primeira vez a decisão do Campeonato Paulista 2018, será no sábado (24/11), no Pedrocão, às 14 horas, ao vivo na Band.

O segredo?

Mas, afinal, qual será o segredo para o grande momento que vive o CAP? São seis vitórias nos últimos sete jogos. A últimas delas, então, de maneira dominante contra o Flamengo, acertando 17 bolas de 3 pontos e fazendo 97 pontos na melhor defesa do campeonato (97 a 84).

E aí, Régis Marrelli, qual é a fórmula do sucesso desse Paulistano que não para de crescer?

“Temos um grupo jovem, que precisa amadurecer bastante ainda, mas que está crescendo muito. O espírito dos atletas é muito legal. É um grupo que quer vencer, que põe muita energia na quadra, se dedica muito aos treinos e aos jogos, acho que esse é o caminho do sucesso”, disse Régis, que completou:

“Cada vez mais a condição física e a juventude estão predominando e essa é uma característica forte que temos. O Paulistano é um clube que incentiva muito esse trabalho com jovens, com formação dos garotos, e isso é muito legal. Devagarzinho estamos crescendo e vamos evoluindo cada vez mais”.

No entanto, Marrelli destacou um atleta em especial que vem sendo crucial para o sucesso da equipe: Yago Mateus. O armador de apenas 19 anos está infernizando as defesas adversárias e aparecendo em momentos de total importância.

No clássico contra o Pinheiros, ele chamou a responsabilidade e marcou 14 pontos no segundo tempo. Já contra o Flamengo, fez 21 pontos, sendo 13 deles no terceiro período, momento em que o CAP deslanchou no placar e praticamente garantiu a vitória.

+Estatísticas completas de Yago Mateus no NBB CAIXA

O baixinho tem médias de 13,1 pontos e 5,0 assistências, com direito a 90,9% nos lances livres (14,5 de eficiência) – suas melhores médias na carreira no NBB CAIXA. Para Régis, o amadurecimento do “Monstrinho” está puxando a equipe para cima.

“Devemos muito também ao amadurecimento do Yago. Ele está amadurecendo rápido. Sabemos que um armador leva um tempo para ganhar essa maturidade como armador, para realmente ser um técnico dentro da quadra, mas ele tem escutado bastante, tem sido um cara que quer evoluir cada vez mais. Ele tem um grande basquete, só precisa agora entender essa parte de comandar a equipe, ser um armador, um técnico dentro da quadra. Mas isso está acontecendo aos poucos e a equipe vai crescendo junto”, finalizou Régis Marrelli.

+Saiba mais: Yago foi eleito Atleta do Ano do Basquete pelo COB

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio máster da CAIXA, os patrocínios de INFRAERO, Avianca, Nike e Penalty e os apoios de UNISAL, Açúcar Guarani, Ministério do Esporte e Governo Federal.