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Análise:Mogi

11-10-2018 | 10:07
Por Douglas Carraretto e Marcel Pedroza

Grupo reformulado, novo sistema e o antigo Shamell: confira a análise sobre o Mogi, atual vice-campeão do NBB CAIXA

Mogi se reformulou para a temporada 2018/2019 para ir em busca de seu primeiro título nacional (Luiz Pires/LNB)

Um Mogi das Cruzes/Helbor reformulado entrou em cena na temporada 2018/2019. Em relação ao ano anterior, rostos conhecidos como Tyrone, Larry Taylor, Jimmy e Caio Torres deixaram a equipe e deram lugar a seis novos atletas, que mudaram o ambiente e a tônica do grupo do técnico Guerrinha.

Os reforços foram o armador Arthur Pecos e o pivô JP Batista (ambos ex-Flamengo), o ala Gui Deodato (ex-Sendi/Bauru), o ala/pivô Luis Gruber (ex-Sesi Franca), o pivô João Pedro (ex-Sesi Franca) e o armador argentino Enzo Cafferata (ex-Caxias do Sul).

Nomes de inquestionável qualidade, com experiência em Seleção e Finais do NBB CAIXA (todos, com exceção de Cafferata, disputaram pelo menos uma decisão da competição). Grupo forte e apto para lutar pelo tão sonhado título nacional que bateu na trave no ano anterior.

Agora, o torcedor que estava acostumado a ver a bola ser dividida entre o “Big Three” formado por Larry, Shamell e Tyrone verá um esquema diferente dentro de quadra.

Provável quinteto titular:

Arthur Pecos – armador
Shamell – ala
Gui Deodato – ala
Gruber – ala/pivô
JP Batista – pivô

Suplentes:

Filipin – ala
Fabrício – ala/pivô
João Pedro – pivô
Cafferata – armador
José Carlos – ala/pivô
Lessa – armador
Lucas Santana – armador

As mudanças no elenco, inevitavelmente, mudaram a tônica do grupo. Ok, não há como negar que Shamell seguirá sendo uma referência dentro do elenco, mas, é bem provável que o atleta fique menos de tempo com a bola nas mãos e o jogo do Mogi fique mais coletivo – já que antes o jogo era todo concentrado no Big Three. São alguns destaques:

Armação

Um dos pontos chave dessa mudança é a armação. Arthur Pecos, por exemplo, tem um estilo de jogo mais veloz e intenso fisicamente em relação a Larry Taylor – até porque é 14 anos mais novo que o Alienígena. Além disso, Pecos move a bola de maneira mais rápida e não baseia tanto seu jogo no 1×1, como faz Larry, por isso, deixou mais dinâmico o ataque mogiano.

Armação com Arthur Pecos e Cafferata mudou o estilo de jogo do Mogi, que passará a ser mais coletivo nessa temporada (Antonio Penedo/Mogi Helbor)

No banco de reservas está o argentino Enzo Cafferata, que foi um dos candidatos ao troféu de Sexto Homem do último NBB CAIXA. Mesmo mostrando que sai bem do banco, o hermano pode muito bem jogar ao lado de Pecos e formar uma forte dupla na armação. Seus chutes de 3 pontos o credenciam a atuar como um “2” e o transformam em ponto de desafogo no ataque.

Fator JP

JP Batista é, sem dúvidas, o grande reforço do Mogi para a temporada 2018/2019 do NBB CAIXA. Seu impacto em quadra é enorme e casa completamente com a nova proposta de jogo “mais coletiva” do Mogi. Dono de uma incomparável leitura de jogo, o experiente jogador foi o pivô “5” com maior média de assistências da última temporada, com 2,7 por jogo.

Além disso, seu jogo de 1×1 é extremamente forte e seus recursos ofensivos são diversos, principalmente de costas para a cesta. Na temporada passada, JP foi o líder em bolas de 2 pontos convertidas no NBB CAIXA, com média de 5,1 por jogo (54% de aproveitamento).

 

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Portanto, podemos concluir que JP também será um dos grandes criadores de jogadas do Mogi, que nesta temporada promete ser um time que joga mais sem a bola do que com a bola, com ataque mais dinâmico que prioriza a movimentação ao isolamento.

Shamell é Shamell

Por mais que o estilo de jogo do Mogi tenha mudado e Shamell fique menos tempo com a bola nas mãos, é impossível imaginar o novo dono da camisa 8 mogiana sem um papel de extrema liderança dentro do grupo.

Ele é daqueles atletas que, quando o jogo aperta, coloca a bola embaixo do braço e toma conta das ações. Maior cestinha da história do NBB CAIXA com 6.635 pontos, Shamell já deu inúmeras demonstrações que cresce nas horas decisivas – vide os 40 pontos no Jogo 4 contra o Flamengo que decretou a ida do Mogi à final do último NBB CAIXA.

Mesmo com as mudanças na tônica do time de Mogi, Shamell seguirá sendo uma grande referência (Fotojump/LNB)

O norte-americano de 38 anos vai para sua quinta temporada com a camisa do Mogi. Durante esse tempo em solo mogiano, conquistou um Campeonato Paulista, uma Sul-Americana e um vice-campeonato do NBB CAIXA e um da Liga das Américas, a “Libertadores do Basquete”.

Por isso, diante de toda a reformulação do elenco da equipe, Shamell será mais do que nunca o ícone, a referência, o homem de confiança do torcedor mogiano, que ainda está se acostumando com as novas caras e a nova tônica do time. Portanto, torcedor, fique tranquilo: o elenco mudou, a dinâmica do grupo também, mas o caldeirão Hugo Ramos seguirá sendo “La Casa de Shamell”.

Calendário do mês

13/10 (Sábado)

13h35 – Paulistano/Corpore x Mogi das Cruzes/Helbor – ao vivo na Band e na ESPN

18/10 (Quinta-feira)

20h45 – Mogi das Cruzes/Helbor x EC Pinheiros – ao vivo no Bandsports

20/10 (Sábado)

19h – Mogi das Cruzes/Helbor x Basquete Cearense – ao vivo no Facebook

26/10 (Sexta-feira)

21h10 – Mogi das Cruzes/Helbor x Universo/CAIXA/Brasília – ao vivo no Fox Sports

30/10 (Terça-feira)

20h – Flamengo x Mogi das Cruzes/Helbor – ao vivo na ESPN

+Tabela de jogos completa do Mogi no NBB CAIXA

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e o apoio do Açúcar Guarani.