HOJE
LNB: 10 anos de inovação
Por Liga Nacional de Basquete
Fundação, primeiros passos e história: LNB completa 10 anos e consolida maior movimento de renovação do esporte brasileiro
Renascimento, inovação, evolução. Essas palavras certamente representam muito sobre a história da Liga Nacional de Basquete (LNB), que nesta quarta-feira (01/08), completou uma década de sua fundação.
Desde o dia 01 de agosto de 2008 até hoje, foram inúmeras conquistas dentro e fora das quadras. Parcerias, novas competições, respeito nas Américas, atletas indo para a NBA, Brasil de volta às Olimpíadas… São muitos os feitos.
Mas tudo só foi possível graças a várias pessoas que trabalharam (e ainda trabalham) duro em prol de um só objetivo: fortalecer o basquete e levá-lo ao posto de segundo esporte em popularidade no país.
10 ANOS! 🎊🎉
Hoje (01 de Agosto) a Liga Nacional de Basquete completa uma década! Foram anos de muito trabalho, inovação e evolução. #SempreNBB #SempreNovo #SempreBasquete pic.twitter.com/iTiboW3A8B— NBB CAIXA (@NBB) August 1, 2018
“É um orgulho imenso ver a LNB completando uma década de existência. Esse modelo, inovador em matéria de gestão esportiva, trouxe inúmeros benefícios ao basquete, tanto dentro quanto fora de quadra, e quem ganha com isso é o fã da modalidade. O sucesso da LNB só foi possível graças à união dos clubes, que acreditaram em uma ideia de coletividade e fizeram um sonho antigo nosso virar realidade”, declarou o presidente da LNB, João Fernando Rossi.
A fundação
A Liga Nacional de Basquete surgiu a partir de ideias e conversas entre o atual presidente João Fernando Rossi, na época dirigente do EC Pinheiros, e o atual vice-presidente Kouros Monadjemi, que era presidente do Minas Tênis Clube.
Depois do fim do mandato de Kouros no clube mineiro em dezembro de 2007, os dois iniciaram de fato a tramitação da ideia no mês seguinte, em janeiro de 2008. Foram agregados ao início das conversas o dirigente Rubens Calixto, do Franca Basquetebol Clube, e Cássio Roque, que geria uma associação de clubes paulistas.
“O basquete brasileiro passava por um período caótico, diversas brigas entre clubes e confederação, processos na justiça, o campeonato de 2007 não acabou. Naquele ano, o Alberto García, secretário geral da FIBA Américas, disse para mim: ‘por que não tenta criar a liga de basquete no Brasil’? A partir daquele momento começamos a realizar reuniões com os clubes para a criação da Liga, que tiveram cada vez mais dirigentes envolvidos. Todos davam suas opiniões, mas os laços foram se fortalecendo e assim criamos a Liga”, disse o atual vice-presidente da LNB, Kouros Monadjemi, que foi presidente da entidade por quatro anos.
A primeira reunião aconteceu no Club Athletico Paulistano, em que todos os representantes de times que faziam basquete à época foram convidados, dentre eles os 15 clubes que jogaram a primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB) e mais Ulbra (RS), Nova Iguaçu (RJ) e até o EC Bahia (BA).
Já o segundo encontro entre os clubes foi no CR Flamengo e antecedeu o decreto final, que aconteceu no dia 01 de agosto de 2008 e fundou a Liga Nacional de Basquete (LNB). Era o início de uma nova história…
“A construção da Liga foi feita do idealismo dos clubes, que sempre fizeram basquete e revelam jogadores no Brasil. A palavra chave desse sucesso é união. O entendimento da Liga é que todos juntos são mais fortes, e a prevalência do coletivo sobre o individual sempre. No começo tínhamos vários dirigentes, mas aos poucos fomos nos moldando para ser dirigentes da Liga antes dos clubes”, declarou Cássio Roque, conselheiro da presidência da LNB.
Construção do NBB
Depois que a LNB foi fundada, os representantes da entidade se movimentaram para enfim realizar o campeonato. Os representantes da Liga procuraram diversas emissoras para fazer as transmissões das partidas, mas sem muito sucesso. Foi aí que surgiu a Rede Globo.
Na figura do executivo Luiz Fernando Lima, a Rede Globo acreditou e apoiou o projeto da LNB e decidiu ser não só a responsável pelas transmissões, mas sim sócia, parceira do basquete brasileiro nessa nova empreitada.
Depois disso, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) decidiu, por meio de seu presidente Geraisme Bozikis, o “Grego”, dar a chancela à LNB para realizar o campeonato nacional.
Foi aí que as ideias enfim saíram do papel e foi dado o sinal verde para a criação do Novo Basquete Brasil (NBB), que teve sua primeira partida realizada no dia 28 de janeiro de 2009, entre Vila Velha e Araraquara, no Ginásio Tartarugão, em Vila Velha (ES).
“Quando visitamos a CBB na época, em que o Grego (Geraisme Bozikis) era o presidente, ele havia me prometido que daria a chancela. Ele deu, e isso fortaleceu ainda mais nosso trabalho. Os clubes paulistas tinham uma liga formada, que era gerida pelo Cássio Roque, e ele teve uma inteligência, uma sensibilidade muito grande para acabar com essa Liga e criar a LNB. Tivemos uma primeira reunião como Liga no Paulistano, outra no Flamengo, tudo em 2008, e o primeiro jogo foi em janeiro de 2009”, disse Kouros Monadjemi.
O cenário da época
Diante de tantas ideias e decisões revolucionárias, a pergunta que pairava no ar era a seguinte: por que criar uma liga? A resposta é clara e objetiva: o basquete brasileiro precisava de uma mudança – urgente.
Os meados dos anos 2000 foram tempos sombrios para a modalidade no Brasil. Os ídolos estavam se aposentando, os resultados da Seleção eram ruins e os campeonatos nacionais cada vez mais desorganizados – um deles, inclusive, não chegou ao fim por problemas políticos.
Foi aí que os clubes resolveram se unir para, juntos, mudarem o rumo do esporte da bola laranja no Brasil e colocá-lo no posto de segundo esporte do país. Essa é e sempre será uma das missões da LNB.
“O basquete vinha passando por um período de crise e a sensação que ficava é que estava faltando uma coesão maior entre os clubes, além de um mais profissionalismo e organização na administração do basquete como um todo, principalmente das entidades que organizavam as competições”, disse Rubens Calixto, um dos conselheiros da LNB.
Resistência dos clubes
Por mais interessante e promissora que fosse a ideia de criar uma liga no Brasil, as “feridas” do passado deixaram marcas nos clubes, que demonstraram uma certa desconfiança sobre o novo modelo de gestão sugerido.
“Naquele momento havia muita desconfiança entre os clubes. Por isso, o primeiro passo, além do planejamento, foi fazer os clubes acreditarem que a união era o melhor caminho e que um poderia confiar no outro. Isso não foi fácil no começo, pois haviam desconfianças antigas e até uma certa descrença de que uma Liga seria a solução dos problemas”, comentou Rubens Calixto.
O conceito de liga realmente não era – e ainda não é – muito familiar no país, pois a grande maioria dos esportes são geridos por federações e confederações.
No entanto, a LNB testou uma ideia pouco utilizada por aqui, em que todas as decisões são tomadas única e exclusivamente pelos clubes, assim como acontece na NBA, NFL, Premier League e tantas outras ligas que fazem sucesso mundo afora.
“O desejo dos clubes de formar uma liga já existia, mas o que não conseguíamos era uma unidade, achar o melhor formato e uma maneira em que todos concordassem. Na hora que conseguimos chegar a uma conclusão de que todos queriam a mesma coisa, deu certo. O direito de organizar o campeonato, negociar contratos de patrocínio, contratos de televisão, regulamento, eram coisas que todos queriam, e com esse formato a Liga seria a voz única dos clubes. Quando conseguimos aparar as arestas, fazer com que cada um cedesse um pouco nos seus princípios, tudo deu certo”, declarou Cássio Roque.
“O que mais me preocupava nesse período era quanto a união, colocar a Liga acima do próprio interesse. Felizmente conseguimos, devido ao esforço e compreensão dos clubes e a sensibilidade dos dirigentes. Foi um processo que levou um tempo, pois estavam todos acostumados a pensar somente no seu lado, mas a conscientização foi pensar no todo, e que só pensando no todo cresceríamos individualmente. Isso é o que acontece até hoje. Essa, sem dúvidas, foi a grande conquista do basquete brasileiro”, disse Kouros Monadjemi.
O NBB CAIXA
O próprio nome já diz. O Novo Basquete Brasil (NBB), hoje chamado de NBB CAIXA, simbolizou uma nova era da modalidade da bola laranja no país, ou então, o início do maior movimento de renovação do esporte brasileiro.
A primeira edição foi realizada com 15 equipes. Seis delas nunca deixaram o campeonato e estão firmes até hoje: Bauru, Flamengo, Franca, Minas, Paulistano e Pinheiros. Naquele ano, a festa de lançamento do novo campeonato aconteceu no EC Pinheiros, com a presença de todos os clubes representados. Cerimônia marcante e cheia de esperança.
“Depois do processo de criação da LNB, a primeira diretoria tinha a preocupação de criar um lado mais profissional à entidade. Escolheram um gerente executivo e um coordenador de arbitragem. Mas como era uma coisa nova e tinha um campeonato muito rápido para começar, então houve uma colaboração muito grande dos próprios fundadores. O Dadinho (Minas) era o diretor financeiro e cuidava da parte mais administrativa, o Rossi era o diretor técnico, o Kouros cuidava da parte de relacionamento e condução da Liga como um todo, o Lula fez a primeira tabela do NBB. Enfim, todos ajudaram de alguma forma”, comentou Sergio Domenici, hoje superintendente da LNB.
Com a bola em jogo, o Flamengo foi campeão da primeira edição do Novo Basquete Brasil em cima do Brasília, com vitória por 3 a 2 na série melhor de cinco.
Na partida que decretou o título rubro-negro, o ginásio do Rio de Janeiro estava completamente lotado, o que demonstra que o processo de renovação do basquete havia começado com o pé direito.
“A primeira Final foi algo inesquecível, pois na Arena HSBC tinha quase 16 mil pessoas. Me lembro da expressão do Rossi olhando para as arquibancadas e dizendo: ‘o que é que a gente fez?’. O Luiz Fernando Lima (Globo) enfatizava: ‘o mais interessante é que a grande maioria dessas pessoas não são basqueteiras’. Ou seja, lá na primeira edição, conseguimos levar pessoas que não tinham como hábito assistir basquete, novos fãs para a nossa modalidade”, concluiu Sergio Domenici.
Na temporada seguinte, com 14 times, o NBB CAIXA foi vencido pelo Brasília, que se vingou do Fla ao vencer uma final entre eles pelo mesmo placar de 3 a 2. Depois disso, a equipe candanga ainda faturou outros dois títulos e sagrou-se tricampeã da competição. Fora das quadras, outras melhorias também aconteciam.
“A partir do segundo ano, começamos a reforçar alguns outros quesitos, como marketing, visibilidade da competição, entrega para a televisão, e a comunicação. A comunicação sempre foi uma prioridade, levar o basquete para um número maior de pessoas. Precisávamos passar ao público uma nova imagem, que as coisas haviam mudado, e isso certamente foi muito importante”, comentou Sérgio Domenici.
Já na temporada 2012/2013, maior edição da história do NBB CAIXA, com 18 times, teve início a “dinastia” do Flamengo, que conquistou nada menos que quatro títulos consecutivos da competição com o “quarteto fantástico” formado Marcelinho Machado, Marquinhos, Olivinha e o técnico José Neto.
A soberania rubro-negra chegou ao fim na temporada 2016/2017, em que os quatro primeiros colocados na fase de classificação caíram nas quartas de final e abriram espaço para uma final inédita entre Sendi/Bauru e Paulistano/Corpore.
Na ocasião, o Dragão aplicou uma virada histórica sobre o CAP, que vencia a série melhor de cinco por 2 a 0, e ficou com seu primeiro título na história do NBB CAIXA – o primeiro do Estado de São Paulo na competição.
Já na temporada seguinte, foi a vez do Paulistano “desencantar” e soltar o grito de campeão pela primeira vez na história. Sob comando de Gustavo De Conti, a equipe alvirrubra protagonizou uma final inédita contra o Mogi das Cruzes/Helbor e foi campeã ao vencer a série por 3 a 1.
“Desde que o NBB CAIXA foi criado o basquete brasileiro vem crescendo muito dentro de quadra. Estamos passando por um período de renovação de atletas, impulsionado pela LDB, e o nível das partidas aumentou muito, também por conta da profissionalização das comissões técnicas e dos clubes em geral. É claro que ainda há muito a melhorar, mas o equilíbrio do NBB CAIXA aumenta a cada temporada, tivemos dois campeões inéditos nas duas últimas edições e a expectativa é que o nível seja cada vez maior”, analisou o atual presidente da LNB, João Fernando Rossi.
Jogo das Estrelas
Em paralelo ao crescimento do NBB CAIXA, o Jogo das Estrelas foi algo que também acompanhou a curva para cima do basquete brasileiro. E pode se dizer que ele funcionou como uma espécie de “termômetro” desse cenário.
Na primeira edição do campeonato, o evento foi realizado no Ginásio do Maracanãzinho alguns meses depois do início do NBB CAIXA. Com muito suor e trabalho de todos os organizadores, a experiência foi satisfatória, mas ainda havia muito por vir.
“Fazer o primeiro Jogo das Estrelas também foi algo incrível para nós. O campeonato começou em 28 de janeiro, e em 22 de março já estávamos fazendo um Jogo das Estrelas para 6.500 pessoas no Maracanãzinho. A importância daquilo foi exatamente já dar um processo de continuidade para um evento que, hoje, é um dos maiores do país”, disse Domenici.
Nos anos seguintes, o evento rumou para Uberlândia (MG), Franca (SP) por duas vezes seguidas, Brasília (DF), Fortaleza (CE), retornou a Franca (SP), seguiu para Mogi das Cruzes (SP) e pousou em São Paulo (SP), onde lotou o Ginásio do Ibirapuera por dois anos consecutivos – 2017 e 2018.
A cada ano que passa o Jogo das Estrelas fica maior. Cada vez mais organizado, com mais parceiros e mais interesse do público. A ideia principal é transformar o evento em uma experiência completa para o fã no aspecto do entretenimento aliado ao esporte. Essa, sem dúvidas, foi a grande sacada desse evento que, hoje, é o maior do esporte nacional.
Respeito internacional
Desde que a LNB foi criada, as coisas melhoraram gradativamente também dentro das quadras, e o Brasil recuperou o respeito internacional, principalmente nas Américas.
O primeiro e mais expressivo resultado dessa nova era foi a volta da Seleção Brasileira às Olimpíadas (para Londres 2012) depois de 16 anos fora – a última vez havia sido em Atlanta 1996. A vaga veio através do vice-campeonato do Pré-Olímpico de Mar Del Plata 2011. Vale a pena ver de novo…
Com metade dos atletas vindos do NBB CAIXA, o Brasil teve grande campanha nos Jogos Olímpicos de Londres e terminou a competição na sexta colocação.
Depois disso, em solo brasileiro, os clubes do NBB CAIXA passaram a dominar as competições continentais a partir de 2013 (Liga Sul-Americana, Liga das Américas e Copa Intercontinental).
Na Liga Sul-Americana, foram quatro títulos: Brasília (2013), Bauru (2014), Brasília (2015) e Mogi (2016). Já na Liga das Américas, a “Libertadores do Basquete”, tivemos os campeões Pinheiros (2013), Flamengo (2014), Bauru (2015). E na Copa Intercontinental, considerada o “Mundial” de Clubes contra o campeão da Euroliga, o Flamengo foi o campeão em 2014 contra o Maccabi Tel-Aviv (ISR).
Além disso, dois clubes do NBB CAIXA fizeram as malas e tiveram experiência no melhor basquete do mundo: a NBA. Isso mesmo. Flamengo e Bauru foram aos Estados Unidos para fazer partidas da pré-temporada da maior liga do planeta.
Em 2014, o clube da Gávea enfrentou Orlando Magic, Phoenix Suns e Memphis Grizzlies, enquanto o Dragão, em 2015, mediu forças com New York Knicks e Washington Wizards. Também em 2015, o Flamengo recebeu o Magic para a primeira edição do NBA Global Games envolvendo um time brasileiro, na Rio Arena.
Novas competições
As ações da LNB não se limitaram apenas ao NBB CAIXA, e foram criadas mais duas competições de tamanha importância para o cenário do basquete brasileiro: a Liga Ouro, divisão de acesso à elite, e a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), torneio nacional de clubes Sub-22 – agora Sub-20.
A LDB foi criada em 2011 em parceria com o Ministério do Esporte. Depois de sete edições realizadas, os ganhos são enormes para o basquete brasileiro. Hoje, mais de 50% dos atletas do NBB CAIXA já passaram pela LDB, o que reforça a missão de formação e abastecimento de novos jogadores para o cenário nacional.
Além de projetar atletas para o NBB CAIXA e até Seleção Brasileira, a LDB tem seu nome representado até na NBA.
A primeira “cria da LDB” a ir para a maior liga do mundo foi Bruno Caboclo, ex-Pinheiros, draftado pelo Toronto Raptors, seguido por Cristiano Felício, ex-Minas e Flamengo, contratado pelo Chicago Bulls, e por Georginho de Paula, ex-Pinheiros e Paulistano, que disputou a pré-temporada de 2017/2018 pelo Houston Rockets.
Já a Liga Ouro é outro campeonato de enorme importância no basquete brasileiro. Criada em 2014, a competição é a única divisão de acesso ao NBB CAIXA e já levou um total de sete equipes para a elite do basquete nacional: os campeões Rio Claro (2014), Caxias do Sul (2015), Vasco da Gama (2016), Botafogo (2017) e Corinthians (2018), além dos vice-campeões Campo Mourão (2016) e Joinville (2017).
A edição anterior foi, de longe, a maior da história, com a participação de nove equipes, sendo elas de cinco Estados diferentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Paraíba) mais o Distrito Federal.
Parceiros
Para chegar ao patamar que está hoje, a Liga Nacional de Basquete contou com uma série de parceiros de tamanha importância nessa trajetória. Sem eles, sem dúvida alguma, não teríamos atingido tal nível.
“A LNB sempre entendeu que, para construir coisas grandes, precisávamos nos aliar a pessoas que acreditassem no nosso projeto. As condições para empresas e entidades sérias eram: ética e seriedade, e eficiência nas entregas, que justificasse os investimentos que recebêssemos”, disse Marcelo Vido, ex-diretor de marketing da LNB e atual diretor financeiro da entidade.
A primeira entidade a reconhecer a importância de uma liga comandar o basquete brasileiro foi a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), que deu à LNB a chancela para organizar o campeonato nacional adulto masculino, o NBB CAIXA.
Já em 2008, a Rede Globo se tornou não só dona das transmissões do NBB CAIXA, mas sim parceira da LNB, o que representou o pontapé inicial para a primeira temporada do Novo Basquete Brasil, no início de 2009.
Ainda no início do projeto NBB, a Eletrobrás se tornou parceira da LNB durante dois anos e foi fundamental para a construção e afirmação da competição no cenário nacional da modalidade.
Em 2014, a LNB ganhou uma parceira de peso: nada mais nada menos que a NBA. Principal liga de esportiva do mundo, a entidade se uniu à Liga como objetivo de colaborar para a expansão e o desenvolvimento do basquete no Brasil.
“Foi através do conceito de união e da credibilidade que passamos para o mundo do basquete que a LNB teve um crescimento gigante ao longo dos anos. Essa conquista que tivemos foi excelente. Tudo isso foi fruto dessa cultura de Liga e a parceria com a NBA veio reforçar esse sentimento nos clubes, pois a NBA segue exatamente esse modelo. Assim reforçamos essa cultura do coletivo prevalecendo sobre o individual”, analisou o conselheiro da presidência, Cássio Roque.
Já em março de 2016, a Caixa Econômica Federal se tornou patrocinadora máster do NBB, que a partir daí se tornou NBB CAIXA. O patrocínio da Caixa foi o primeiro de muitos que vieram em seguida. Ainda em 2016, as gigantes SKY e Avianca também se tornaram patrocinadoras oficiais do campeonato nacional.
Também em 2016, a TV Bandeirantes se tornou parceira do NBB CAIXA e passou a transmitir jogos da competição todos os sábados, às 14 horas. Com isso, a emissora mudou o patamar de visibilidade da competição, ampliando de maneira substancial sua audiência.
O ano de 2017, por sua vez, foi marcado por muitas parcerias. Em janeiro, a Nike se tornou patrocinadora da LNB. Já no segundo semestre, a Penalty se tornou a bola oficial do NBB CAIXA, enquanto que a INFRAERO virou nossa parceira pouco antes do início da décima edição da competição.
Já no início de 2018, foi a vez do Açúcar Guarani se tornar parceira da competição e patrocinadora oficial das transmissões do NBB CAIXA via Facebook. Além dela, outra parceria assinada com foi a Wewi, marca de refrigerantes orgânicos.
Além de todos os parceiros oficiais, a LNB contou com muitas parcerias pontuais, em diversos momentos importantes. Cartões Caixa, Elo, FIESP e o McDonald’s foram patrocinadores do Jogo das Estrelas 2018. Já nas Finais do NBB CAIXA 2017/2018, a LG fechou uma parceria pioneira para os programetes de pré e pós-jogo da decisão entre Paulistano e Mogi.
“Além de garantir a tranquilidade que precisávamos para fazer a competição, os parceiros acompanham a LNB no pensamento de ter uma competição forte, que traga retorno para eles. Não é só investimento para ajudar o basquete, mas sim enxergar o basquete como um negócio, uma forma de maximizar os resultados que as marcas deles pretendem alcançar”, finalizou Marcelo Vido.
Orgulho e confiança
Nessa data tão especial para a LNB, os principais executivos da entidade expressaram seus sentimentos sobre o crescimento da mesma. Além disso, aproveitam para projetar um futuro para a entidade.
João Fernando Rossi – presidente da LNB
“É um trabalho que nos dá muito orgulho e certamente nos motiva a fazer ainda mais. Sabemos que ainda há muito a evoluir em diferentes aspectos, mas não tenho dúvidas de que, se mantivermos essa tônica de união tão predominante hoje na LNB, atingiremos nosso objetivo que é fazer do basquete o segundo esporte em preferência nacional”.
Kouros Monadjemi – vice-presidente da LNB
“Sabíamos das dificuldades que teríamos, pois era um trabalho longo. Hoje, dez anos depois, temos muito motivo de orgulho dizer que um sonho nosso se realizou, virou realmente uma realidade. É claro que ainda temos muito trabalho pela frente, não me sinto totalmente à vontade pensando que a Liga esteja dentro de um equilíbrio financeiro, técnico que desejamos, pois ainda temos muito a caminhar, mas estamos no caminho certo”.
“Hoje me sinto feliz, pois muito dos membros que estavam participando daquele início continuam. Cássio, Rossi, Rubens Calixto, Jorge Bastos, Lula Ferreira, Éder Lago, Vitinho Jacob, Marcelo Vido e tantos outros. Não podemos parar. Ainda temos muito a fazer para, conforme prometido, levar o basquete ao posto de segundo esporte em preferência no Brasil”.
Rubens Calixto – conselheiro da LNB
“O restante do mundo todo ia passando por uma evolução, tanto dentro quanto fora de quadra, e o sentimento era de que faltava esse passo a mais no Brasil, tanto nas confederações e federações quanto nos próprios clubes. Sabíamos que se esse processo não começasse do topo, não evoluiríamos. Felizmente conseguimos dar esse passo e hoje os resultados nos dão muito orgulho”.
Sérgio Domenici – superintendente da LNB
“Quando me perguntam qual é o segredo para a LNB ter dado certo, sempre digo que é a sistema de gestão sob a forma de colegiado dos clubes, ou seja, os clubes tomarem as decisões e decidirem juntos o futuro da LNB, foi a fórmula para o sucesso. Além disso, formamos um quadro de executivos com grande expertise em suas áreas, isso com certeza foi algo que impulsionou nossa evolução”.