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Clubes do basquete brasileiro apresentam campeonato de 2009

15-12-2008 | 02:46
Por Liga Nacional de Basquete

Reunidos na Liga Nacional de Basquete (LNB), as principais equipes do País disputarão o Novo Basquete Brasil (NBB), a partir de 23 de janeiro

São Paulo – A Liga Nacional de Basquete (LNB) apresentou, em São Paulo, nesta segunda-feira, a nova organização do esporte nacional para a temporada de 2009, baseada na união dos clubes, apoio da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e parceria com a Rede Globo. A LNB, fundada por 19 clubes de todo o Brasil, organizará o Novo Basquete Brasil (NBB) – o campeonato brasileiro masculino de basquete – a partir de 23 de janeiro de 2009, com 15 equipes de 7 Estados.

Os clubes apresentaram a nova organização do esporte, numa cerimônia, no Clube Pinheiros, em São Paulo, com a presença de 200 pessoas e apresentação do grupo de basquete de rua da Cufa (Central Única das Favelas), e de enterradas com jogadores de cada um dos 15 times que disputarão o campeonato. A solenidade contou com o ministro dos Esportes, Orlando Silva, do secretário-geral da Fiba Américas, Alberto Garcia, dos presidentes da CBB, Gerasime Grego Bozikis, da LNB, Kouros Monadjemi, de Oscar Schmidt, de dirigentes, técnicos e jogadores dos clubes.

“Queremos reconduzir o basquete à condição de segundo esporte mais popular do Brasil, contribuir para a formação de novos atletas e a profissionalização dos clubes”, afirmou o empresário Kouros Monadjemi, de 63 anos, que comanda a LNB. “A Liga reúne 19 equipes de 8 Estados, com tradição no basquete, e fará um campeonato com 15 times e parceria da Rede Globo.”

“Foi um dia mágico para o basquete brasileiro, que conseguiu juntar todos os Estados e clubes para fazer um campeonato com a chancela da CBB, de acordo com as normas da Fiba. O Objetivo de todos é unir o basquete. Era o desejo dos clubes, dos dirigentes, dos jogadores e da mídia”, afirmou Grego. O ministro Orlando Silva desejou “vida longa” à LNB.

<b>NBB, primeiro passo</b>

Oscar Schmidt, que jogou na seleção brasileira de basquete por mais de duas décadas e disputou cinco Olimpíadas, disse que o aval da CBB foi decisivo para a organização dos clubes, assim como a parceria com a Rede Globo. “Era isso o que todos os clubes queriam há muito tempo para o bem do basquete brasileiro. O NBB será um campeonato muito profissional, o que é o primeiro passo. O mais importante é que os clubes se mantenham unidos e apóiem essa iniciativa até o fim.”

Para Luís Augusto Zanon, também ex-jogador da seleção brasileira, técnico do Winner Limeira, o destaque é a união de “todos os poderes do basquete”. “Isso trará muitos benefícios a todos, mas não podemos ter pressa em cobrar os resultados. O importante é dar tempo para que o campeonato amadureça. A presença das principais equipes do País traz uma competitividade grande para o NBB.” Zanon acha que a nova organização poderá trazer mais investimentos aos clubes e ajudará a massificar o basquete no Brasil. “Um campeonato profissional também facilitará o surgimento de novos ídolos, importante para a popularização do esporte.”

O técnico Aluísio Ferreira, o Lula, do Universo/BRB, de Brasília, definiu esta como uma nova etapa do basquete brasileiro. “É um novo formato, com a administração dos clubes e o aval da CBB. Essa junção de fatores era o que faltava para dar maior profissionalismo ao basquete. Agora teremos um campeonato forte, com todos as equipes do mesmo lado e oficializado pela CBB. Tem tudo para dar certo.” Lula aposta que o NBB terá um nível técnico muito forte. “Dentre as 15 equipes que estão participando, tenho certeza de que pelo menos 10 chegam com condições de disputar o título nacional.”

Para o armador Alex Garcia, de 27 anos, que atuará pelo time de Brasília, será uma competição importante, bem disputada. “Grandes jogadores estão de volta e os principais times do País estão participando. Esse torneio vai devolver a esperança para o basquete brasileiro,” antecipou.

<b>Sonho realizado</b>

O técnico Jorge Guerra, o Guerrinha, de GRSA/Bauru, definiu a LNB e o NBB como “o sonho de todos que foi realizado” depois de anos de tentativas. “Várias coisas boas convergiram para que tudo desse certo. O basquete profissional é uma realidade e uma referência em várias partes do mundo. O Brasil estava atrás de outros países nesse sentido e a criação do NBB é o primeiro passo em direção a essa profissionalização.”

O técnico Hélio Rubens, do Vivo/Franca, também fala “em sonho realizado”. “O modelo de campeonato gerido pelos clubes não é novo. Já ocorre assim no mundo inteiro e no Brasil não poderia ser diferente. Um campeonato organizado e profissional é uma prestação de serviço ao público brasileiro.”

Para Helinho, de 33 anos, o experiente armador do Vivo/Franca, um campeonato organizado pelas principais equipes do País dá credibilidade à competição. “Assim, aumenta a quantidade de jogadores e times e melhora a qualidade. É uma iniciativa importante para ampliar o número de praticantes de basquete no País.”

O NBB terá a presença das seguintes equipes: CETAF/Garoto/UVV/PMVV, Ciser/Araldite/Univille/Joinville, Conti/AMEA/Assis, Flamengo/Petrobras, GRSA/Bauru, Lupo/Araraquara, Paulistano/ Amil, Pinheiros, Pitágoras/Minas Tênis, Saldanha da Gama, São José/Unimed/Vinac, Univates/Bira, Universo/BRB, Vivo/Franca e Winner/Limeira. O NBB terá representantes do Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.