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NBB Caixa

Empolgado

13-09-2013 | 01:02
Por Liga Nacional de Basquete

Líder de rebotes do NBB 2012/2013, pivô Bábby recebe troféu, se mostra animado com bom momento e espera fazer história com a camisa do Mogi

Bábby recebeu o troféu de reboteiro do último NBB das mãos do técnico Paco García e do dirigente Nilo Guimarães (Divulgação)

O pivô Bábby está empolgado. Líder de rebotes da última temporada do NBB, o jogador recebeu seu troféu na noite desta quinta-feira e se mostrou muito feliz com o momento vivido no Mogi das Cruzes/Helbor. Depois de ficar um ano longe das quadras de basquete, o jogador retornou à ação e agora, com a camisa do time paulista, espera ter vida longa no esporte da bola laranja e também fazer história na cidade da região metropolitana do Estado de São Paulo.

Com um histórico consagrado, Rafael Paulo de Lara Araújo, o popular Bábby, atuou na NBA e vestiu as camisas de Toronto Raptors e Utah Jazz. Depois, chegou a atuar pelo Spartak St. Petersburg, da Rússia, antes de retornar ao Brasil. De volta a seu país natal, foi campeão da primeira edição do NBB pelo Flamengo e ainda passou por Paulistano/Unimed e Vivo/Franca.

Depois de disputar o Campeonato Paulista 2011 pelo esquadrão francano, o pivô chegou a atuar em seis partidas do NBB 2011/2012, mas desmotivado, decidiu se retirar das quadras. Porém agora o sorriso está de volta ao rosto do atleta. Após ficar mais de um ano parado, Bábby foi contratado pelo Mogi para a disputa da quinta edição do maior campeonato de basquete do país, reencontrou a alegria para jogar e logo de cara conquistou um importante resultado individual.

“Tenho só que agradecer à diretoria e à equipe. Cheguei em uma situação em que estava há um ano parado, mas acreditei no projeto do Mogi. O time já estava em andamento e já tinha passado a parte mais difícil, que foi vencer a Super Copa Brasil para chegar ao NBB. Cheguei para agregar e a diretoria me recebeu de braços abertos, me respeitando desde o começo. Fazia um ano que eu não jogava e eu não esperava por essa oportunidade”, explicou o atleta, que somou média de 8,7 rebotes por jogo no último NBB.

Em seu retorno às quadras, Bábby encontrou uma cidade apaixonada pelo basquete. Tradicional polo da modalidade no final dos anos 90 e no início da última década, Mogi das Cruzes ficou longe das competições por sete anos. Agora, com a equipe de volta ao principal patamar do esporte da bola laranja no Brasil, o clima é de festa e o bom ambiente foi apontado pelo pivô como uma dos fatores que o ajudaram a conquistar o prêmio de reboteiro do NBB 2012/2013.

“Tenho que agradecer também à cidade de Mogi das Cruzes, que me recebeu muito bem, com muito carinho dos torcedores e com uma energia bastante positiva. Tudo isso me ajudou bastante. Fiquei mais empolgado para jogar melhor e isso não tem preço para mim. Cheguei acima do peso, mas com muito trabalho e esforço, consegui emagrecer rapidamente. Então, me sinto muito feliz e honrado por ter conquistado este prêmio. São poucos jogadores que conseguem parar um ano, voltar e logo de cara conquistar um prêmio tão importante como este. Quando você está feliz, as coisas fluem naturalmente.”, disse o jogador.

Bábby em ação na última temporada; jogador está animado para seguir por muitos anos em Mogi (João Pires/LNB)

E a boa relação com os torcedores é motivo de empolgação para Bábby. Aos 32 anos, o jogador está longe de pensar em parar definitivamente de jogar e espera atuar até seu corpo não aguentar mais. Então, animado com a evolução do time mogiano, o atleta quer permanecer por mais anos na equipe e fazer história na cidade.

“Passei a maior parte das minhas férias treinando, visando este próximo NBB. Estou bastante empolgado. Quero levar o time do Mogi aos playoffs e levar a cidade à nata do basquete novamente. Quero aproveitar esses seis, sete, oito anos que eu ainda tiver de basquete, até quando meu corpo me ajudar, para ficar aqui em Mogi, conquistar títulos e fazer história na cidade. Quero criar raiz por aqui e ser lembrado como parte desta história. Esse prestígio que eu tenho na cidade é uma coisa maravilhosa. Então esse esforço que eu tive de ficar as férias toda trabalhando foi para trazer alegria para essa cidade”, exaltou o pivô.

Feliz com o momento vivido, Bábby fez questão de reconhecer o profissionalismo da diretoria mogiana. Na visão do jogador, que se recupera de uma pequena entorse no tornozelo esquerdo, sofrida durante a disputa do Campeonato Paulista 2013, o trabalho feito por Ewerton Komatsubara, diretor da equipe, e por Nilo Guimarães, secretário de esportes da cidade, é fundamental para o bom desempenho dos atletas em quadra.

De muletas, Bábby recebeu o troféu de reboteiro do NBB durante partida da equipe no Campeonato Paulista (Divulgação)

“O atleta procura sempre um conforto e uma estrutura onde se sente bem, e eu encontrei isso em Mogi. São poucos clubes que têm esse profissionalismo que existe aqui. O Nilo e o Ewerton são caras que estão querendo fazer a coisa certa desde o começo e isso faz a diferença. O time chegou ao NBB, teve uma temporada de estreia boa e conseguiu se manter na elite do basquete brasileiro. Agora, para esta temporada, investiram um pouco mais na equipe e tenho certeza de que isso aumentará ainda mais nos próximos anos”, explicou Bábby.

Entusiasmado, Bábby espera que a equipe de Mogi das Cruzes alcance voos altos na sexta edição do NBB. Para o pivô, a experiência de alguns jogadores do elenco comandado pelo técnico espanhol Paco García, como o armador Gustavinho, os alas Filipin e o recém-contratado Marcus, além do ala/pivô Thomas Gherke, pode fazer a diferença dentro da competição.

“É um time com muita qualidade e que pode chegar longe no NBB. Queremos nos classificar aos playoffs e quem sabe até chegar entre os quatro primeiros. Para este anos contamos com o Marcus, que é um jogador experiente e que passou muito tempo jogando na Espanha. Temos também o Gustavinho e o Filipin, ambos com bastante experiência no basquete nacional, e o Thomas, que jogou no basquete universitário norte-americano e teve ótimos desempenhos na última temporada”, disse Bábby, que ainda aproveitou para elogiar o treinador Paco García.

“O Paco eu não tenho nem o que falar. Ele é um cara fenomenal, tanto dentro como fora de quadra. Ele é um técnico que mostrou muito respeito pela minha carreira, pelas coisas que eu conquistei fora do país. Ele é um cara bastante profissional. Ele sempre me deu muita credibilidade e isso me dá confiança para sempre fazer um algo a mais dentro de quadra. Ele sempre me disse que na cabeça dele eu sou o melhor pivô do NBB e isso me passou uma energia muito boa”, completou

Porém, apesar da animação por uma boa campanha do time na próxima edição da competição nacional, o pivô sabe da dificuldade e do equilíbrio encontrados no NBB. Em sua temporada de estreia na competição, Mogi fechou sua participação na 14ª colocação, com 11 vitórias em 34 partidas realizadas (32,4% de aproveitamento). Então, Bábby quer a equipe com os pés no chão para evoluir no maior campeonato de basquete do país.

“De acordo com o sistema do time, é tudo feito passo a passo. Então vamos em busca de uma vaga nos playoffs e tentar evoluir muito o time durante o campeonato. O coach Paco sempre quer evoluir mês a mês. Um dia quem sabe poderemos ser campeão paulista e campeão do NBB. Mas temos que ser humildes e reconhecer que as coisas vão acontecer sempre passo a passo”, concluiu.