#JOGAJUNTO

NBB Caixa

De novo,Pinheiros!

Flamengo FLA 75
x
78 Pinheiros PIN
23
1ºQ
X
21
21
2ºQ
X
20
17
3ºQ
X
24
14
4ºQ
X
13

Tijuca Tênis Clube

5 de maio de 2017
Por Douglas Carraretto

Com emoção até o fim, Pinheiros justifica rótulo de “time da virada”, vence Jogo 5 em pleno RJ e quebra hegemonia histórica do Flamengo

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Façanha repetida
Com emoção até o fim, Pinheiros justifica rótulo de “time da virada”, vence Jogo 5 em pleno RJ e quebra hegemonia histórica do Flamengo
05/05/2017 | 10:32
Por Douglas Carraretto
Flamengo 75
x
78 Pinheiros
75
X
78
COMPARE AS EQUIPES
75
PTS
78
7
A3C
5
21
A2C
20
12
LLC
23
41
RT
45
24
ASS
19

Pts: Pontos RT: Rebotes ASS: Assistências A3C: Arremessos de três certos A2C: Arremessos de dois certos LLC: Lances livres certos
(*) Colocação refere-se a rodada em que esta partida foi realizada

O EC Pinheiros é, sim, o “time da virada” do NBB CAIXA. Depois de sair perdendo a série quartas de final contra o Flamengo por 2 a 0, a equipe mostrou seu histórico poder de reação e concretizou a virada sobre o atual tetracampeão ao vencer o Jogo 5 do confronto de maneira incrível, em pleno Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro (RJ), pelo placar de 78 a 75.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, Nike e Avianca e o apoio do Ministério do Esporte.

Façanha (mesmo): O Pinheiros reverteu uma série de playoff depois de perder por 2 a 0 pela quarta vez na história, mas o feito fica ainda maior quando o adversário é o atual tetracampeão do NBB CAIXA e que nunca ficou de fora de uma semifinal da competição. Com a classificação, a equipe volta a ficar entre os quatro primeiros do NBB CAIXA depois de cinco temporadas – a última foi em 2011/2012.

Fala aí: “Não tem como explicar. Eles (Flamengo) nunca tinham ficado de fora de uma semifinal e fomos os primeiros a fazer isso. Isso é imenso para nós. Estávamos perdendo por 2 a 0 a série, mas nos unimos e não deixamos nenhum fator externo nos atrapalhar. A gente sabia que podia reagir e conseguimos. Ganhamos com o coração, na base da raça e da coragem”, disse o emocionado Renan Lenz.

Fogo pela frente: Em sua primeira semifinal desde 2011/2012, o Pinheiros terá pela frente o Gocil/Bauru Basket, que também quebrou o mando de quadra nas quartas de final sobre o quarto colocado Brasília. O primeiro jogo contra o Dragão será nesta segunda-feira (08/05), no Ginásio Poliesportivo Henrique Villaboim, em São Paulo (SP), às 19h30, com transmissão ao vivo dos canais SporTV.

Campeão inédito: Com as eliminações de Flamengo e UniCEUB/BRBCARD/Brasília nas quartas de final, o NBB CAIXA terá um campeão inédito. Pinheiros e Bauru já estão garantidos na disputa. Agora, o outro confronto será definido neste sábado (06/05), com os Jogos 5 entre Mogi das Cruzes/Helbor e Universo/Vitória, às 14 horas, ao vivo no SporTV, e Franca Basquete e Paulistano/Corpore, às 18 horas, ao vivo no #NBBnaWeb via Facebook Live.

Todos juntos: Para sair do Tijuca com a terceira vitória seguida sobre o atual tetracampeão, a equipe do técnico César Guidetti apresentou um belo desempenho coletivo e teve cinco atletas pontuando em dígitos duplos: Holloway (18), com direito a 14 lances livres em 14 chutados (100%), Bennett (13), que ainda deu seis assistências, Renan Lenz (11), Neto (11) e Ansaloni (10), que beirou o duplo-duplo ao pegar nove rebotes.

Fala aí: “É um feito muito grande e estamos felizes demais. A gente acreditava muito. Aliás, antes dos playoffs, os únicos times que não tínhamos ganhado era Vasco e Flamengo. Vencemos os dois no Jogo 5. O Jogo 3 aqui no Rio foi o dia em que realmente vimos que dava para virar. Enquanto os resultados não vinham, ficamos com um pouco de receio. Mas a série virou e conseguimos manter o foco para conquistar essa classificação”, disse Teichmann, autor de oito pontos e 11 rebotes.

Mais façanhas: Além de ser responsável por quatro das cinco viradas perdendo por 2 a 0 dos playoffs do NBB CAIXA, o Pinheiros se tornou o primeiro oitavo colocado na fase de classificação a eliminar o líder, que jamais ficou de fora das semifinais da competição. De quebra, foi apenas a sexta vez em 37 oportunidades no mata-mata que uma equipe visitante ganhou o Jogo 5.

No sufoco: O Pinheiros chegou a ter nove pontos de vantagem no último quarto (74 a 65) e parecia caminhar para um triunfo sólido. Mas os erros ofensivos fizeram a diferença, e o Flamengo cortou a diferença para um ponto restando menos de dois minutos para o fim (74 a 73). A sobrevivência pinheirense veio através de uma “ponte aérea” entre Holloway e Bennett e os dois lances livres certeiros de Renan Lenz a 18 segundos do fim, quando a diferença ainda era de um ponto.

Jogou muito: O início da partida foi de ligeira superioridade do Flamengo, mas o Pinheiros não deixou a equipe da casa deslanchar em momento algum. O bote veio no terceiro quarto, no qual os pinheirenses mostraram frieza e tranquilidade para escolher as melhores bolas e vencer a parcial por 24 a 17. Já na parcial, a vantagem chegou a ser de nove pontos e, apesar da reação rubro-negra, a cabeça no lugar prevaleceu novamente na equipe do técnico César Guidetti.

Três chances #1: É a primeira vez que o Flamengo fica de fora de uma semifinal de NBB CAIXA, mas a maneira com que tudo aconteceu deixa a eliminação ainda mais doída. A equipe do técnico José Neto chegou a abrir 2 a 0 na série e abriu caminho para mais uma varrida em quartas de final de NBB CAIXA. Foram três chances para garantir a classificação, nos Jogos 3, 4 e 5, todos vencidos pelo Pinheiros.

Três chances #2: Na última posse de bola do jogo, o Pinheiros tinha três pontos de vantagem (78 a 75), e o clube da Gávea arremessou três bolas de 3 pontos consecutivas vindas de três rebotes ofensivos. No entanto, Marquinhos, Marcelinho Machado e por último Ricardo Fischer, livre da zona morta nos instantes finais, não conseguiram o tiro certeiro que levaria o duelo para a prorrogação.

Fala aí: “Em momento nenhum me preparei para falar de uma derrota. Depois do jogo fui sincero com os jogadores e falei que não estava preparado para falar uma eliminação nessa fase do campeonato, porque acho que não merecíamos isso, como time e proposta de trabalho. Mas esporte é isso. Sabíamos que teríamos dificuldade. A torcida fez a parte dela, lotou o ginásio. O resultado pesa, mas também temos que ver tudo que passamos durante a temporada. Falei para os jogadores para eles saírem daqui se sentindo homens. Tem que ser assim. Esporte é isso, vida que segue”, comentou José Neto, técnico do Flamengo.

Nada deu certo: O segundo tempo definitivamente não foi favorável ao Flamengo. Somando o terceiro e o quarto períodos, a equipe da casa totalizou apenas 31 pontos. Ainda englobando somente os 20 minutos finais, os rubro-negros arremessaram 19 bolas de 3 e converteram apenas duas, com direito a 0/9 no último quarto.

Produção baixa: Em sua pior marca ofensiva na série (75 pontos), o Flamengo viu suas principais peças no ataque com baixa produção. Cestinha rubro-negro nos quatro duelos anteriores, Marquinhos fez apenas dez pontos (0/5 nos 3 pontos e 2/7 nas bolas de 2), Marcelinho fez nove (1/7 nas bolas de 3), Ramon anotou só três (1/5 nas bolas de 3) e Ricardo Fischer, atleta que mais ficou em quadra no time da casa, com 29 minutos, zerou (0/5 nas bolas de 3), mas deu oito assistências.

Dupla boa: Olivinha e JP Batista podem ser considerados os destaques do Flamengo na fatídica partida. Com 25 pontos e nove rebotes, o ala/pivô, que defendeu o Pinheiros nas quatro primeiras edições do NBB CAIXA, estava inspirado e foi responsável por cinco das sete bolas de 3 do time na partida, com 56% de aproveitamento (5/9). Já o pivozão fez 13 pontos em 19 tentados (68% de aproveitamento) e pegou quatro rebotes.

Fala aí (2): “Não gosto de usar a palavra ‘frustrado’, mas me sinto em débito com a torcida. Temos que analisar bem onde pecamos. Não podemos achar que o Pinheiros é um time qualquer. Ganhar três jogos seguidos da gente mostra que eles têm um time capaz para isso. Foi a consistência. É um jogo de detalhe. Se alguma das bolas de 3 no final caísse a gente ia para a prorrogação com moral. Mas o jogo é assim, não tem ‘se’. Agora vamos ver as situações que temos e seguir em frente”,

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