HOJE
Flamengo é o primeiro campeão do NBB
Por Liga Nacional de Basquete
O Universo levou a decisão para o quinto jogo, mas na HSBC Arena lotada por 15.430 pessoas o rubro-negro fechou o torneio da Liga Nacional de Basquete por 3 a 2
O Flamengo é o primeiro campeão do Novo Basquete Brasil (NBB), o campeonato da Liga Nacional de Basquete (LNB) organizado pelos clubes. Neste domingo, com a HSBC Arena lotada por 15.430 pessoas, o time carioca venceu o Universo/BRB/Financeira Brasília por 76 a 68 e fechou a série final melhor-de-cinco jogos por 3 a 2, repetindo o título nacional da temporada passada. Marcelinho foi o cestinha do jogo com 27 pontos. Diego foi o destaque brasiliense com 21 pontos.
O presidente da LNB, Kouros Monadjemi, entregou o troféu de campeão ao Flamengo -os jogadores comemoraram ao lado dos familiares no pódio. Além dos troféus, campeões e vices também receberam flores e medalhas. Mas a festa rubro-negra não terminou na Arena e o time seguiu para o estádio do Maracanã para mostrar o troféu a torcida durante o jogo de futebol entre Flamengo e Fluminense.
“Foi tudo maravilhoso. Este time foi montado para vencer”, destacou o técnico Paulo Chupeta, elogiando o Flamengo. “A união dos jogadores com a comissão técnica foi o grande diferencial deste time. Fico muito feliz por este título porque ele é muito importante para nós”, comemorou, lembrando o apoio recebido da família.
Para Paulo Chupeta, a qualidade da competição valorizou o resultado obtido pelos finalistas do torneio. “Tudo funcionou. O NBB está de parabéns, tivemos público em todos os jogos, foi um espetáculo maravilhoso e todos os técnicos estão de parabéns.”
Capitão rubro-negro e cestinha da competição, com 1047 pontos, o ala Marcelinho comemorou com o filho no colo. “Foi muito emocionante, a gente sabe todo sacrifício que fizemos neste torneio até sermos coroados com este título. É muito bom”, disse, lembrando a importância da torcida. “Nosso time é o que é por causa dela.”
“Foi a final que todo mundo esperava”, acrescenta o ala Duda, que contribuiu com 15 pontos para a vitória da equipe. “Ginásios lotados em todos os jogos, com média de Campeonato Brasileiro (de futebol).” Para seu companheiro de time, Jefferson, o conjunto rubro-negro fez a diferença na final. “É difícil ganhar um título só com cinco jogadores. Nossa diferença foi ter um elenco grande.”
O armador Hélio lembrou que o quinto jogo fez jus ao nível da disputa. “A gente sabia que não ia ser fácil. Eles têm jogadores muito bons e briosos e estão de parabéns.”
O capitão do time brasiliense Alex lamentou a derrota, mas destacou a campanha do grupo que levou o troféu e as medalhas de prata. “O balanço é positivo, conseguimos o título da Liga das Américas e o vice-brasileiro, embora a gente quisesse o título. O NBB deu certo este ano, as finais tiveram ginásios lotados e o torcedor de basquete voltou”, diz e, apesar da tristeza pela derrota, lembra que a situação da modalidade já está mudando. “Algum tempo atrás ninguém me conhecia, agora já sou reconhecido andando na rua”, brinca.
Mesmo não considerando o confronto final bonito, o técnico Lula elogiou a disputa da final. “Foi uma partida tensa, nervosa e truncada, mas jogo de final é assim mesmo. Normalmente não se leva para a qualidade, mas para a disputa.”
Avaliando o campeonato, Lula lembrou que a temporada confirmou o início de uma nova fase para a modalidade. “O esporte está de parabéns, todo mundo que é do basquete hoje está comemorando. O esporte mostrou melhorias, conquistou espaço e apontou para um caminho promissor”, diz, destacando os pontos fortes da temporada. “Tivemos o All Star Game, a festa de premiação e teremos ainda a importantíssima clínica de técnicos. O sentimento de todo mundo é de vitória.”
A partida começou com o hino nacional interpretado pela cantora Sandra de Sá e o grupo Molejo. Dentro de quadra, os jogadores entraram tensos e com menos de 2 minutos Baby e Cipriano foram expulsos, após desentendimento em quadra. Na retomada do jogo, o Flamengo abriu 7 a 0, mas o Universo buscou a recuperação e chegou ao empate por 7. Apesar do início nervoso, as duas equipes voltaram a se concentrar no jogo e o primeiro período terminou equilibrado com o rubro-negro vencendo a parcial por 19 a 17.
No segundo quarto, o time da casa conseguiu construir uma vantagem maior e chegou a liderar o placar por 31 a 20. Mas o Universo não desistiu da disputa. O técnico Lula mexeu bastante na formação, colocando Ratto, Mineiro e Diego. A equipe conseguiu reagir e diminuiu a distância para seis pontos, com o Flamengo vencendo o período por 42 a 36 (23 a 19 na parcial).
No terceiro quarto, o equilíbrio foi ainda maior. O Universo reagiu e encostou em 45 a 44, mas o rubro-negro voltou a abrir o placar (50 a 46), levando a torcida ao delírio após uma cesta de três pontos. O Universo atravessou um período de instabilidade, desperdiçando uma sequência de ataques, mas não permitiu que o Flamengo disparasse na pontuação. As duas equipes terminaram a parcial marcando iguais 15 pontos e o Flamengo se manteve seis pontos à frente no placar: 57 a 51.
Na parcial decisiva, o Universo redobrou o esforço e várias vezes encostou na pontuação. Com o Flamengo em quadra lutando pelo título foi a vez da torcida fazer a diferença, cantando para motivar o time, que garantiu a vitória por 76 a 68.
As campanhas
O Flamengo fez uma incrível campanha na fase de classificação – somou 54 pontos em 28 jogos, com 26 vitórias e apenas duas derrotas. Nas quartas-de-final e semifinais fechou os seus playoffs por 3 a 0, respectivamente, diante do Pinheiros/Mackenzie e do Ciser/Araldite/Univille/Joinville. O time chegou a ficar 24 jogos consecutivos sem derrotas e também lotou ginásios no NBB – sua melhor bilheteria foi na partida deste domingo, de 15.430 pessoas, na HSBC Arena.
O Universo/BRB/Financeira Brasília foi o segundo colocado na classificação – somou 50 pontos em 28 jogos, com 22 vitórias e 6 derrotas. Nos playoffs, o Universo fechou as quartas-de-final contra o Vivo/Franca por 3 a 2 e nas semifinais, contra o Pitágoras/Minas por 3 a 1. Levou a decisão ao quinto jogo e foi campeão também de lotação de ginásio – tem o recorde de público, de 16 mil pessoas, do returno, no ginásio Nilson Nelson.
Playoff final
Jogo 1 – Universo/BRB/Financeira Brasília 74 x 81 Flamengo
Jogo 2 – Flamengo 71 x 81 Universo/BRB/Financeira Brasília
Jogo 3 – Flamengo 99 x 78 Universo/BRB/Financeira Brasília
Jogo 4 – Universo/BRB/Financeira Brasília 82 x 78 Flamengo (após prorrogação por 70 a 70)
Jogo 5 – Flamengo 76 x 68 Universo/BRB/Financeira Brasília
Bauru Basket
Botafogo
CAIXA/Brasília Basquete
Caxias do Sul Basquete
Corinthians
Flamengo
Fortaleza B. C. / CFO
Sesi Franca
KTO Minas
Desk Manager Mogi Basquete
Pato Basquete
Paulistano/CORPe
Pinheiros
Farma Conde/São José Basketball
São Paulo
Ceisc/União Corinthians
UNIFACISA
R10 Score Vasco da Gama
Basket Osasco
Cruzeiro
E.C. Pinheiros (B)
Vitória (BA)
L. Sorocabana
Minas Tênis Clube (B)
ADRM
B.Cearense
Botafogo
Caixa Brasília Basquete
Campo Mourão
Caxias
IVV/CETAF
Flamengo
Minas
Paulistano
Pinheiros
São José Basketball
Thalia/PH.D Esportes
Vasco/Tijuca
