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NBB Caixa

Grande passo

Coop/São José Basketball SJO 78
x
77 Palmeiras PAL
18
1ºQ
X
17
20
2ºQ
X
11
13
3ºQ
X
16
16
4ºQ
X
23
11
5ºQ
X
10

7 de abril de 2014

Em duelo eletrizante e decidido na prorrogação, São José supera Palmeiras, e abre 1 a 0 na série oitavas de final; Quezada quebra recorde de assistências das Finais do NBB

DOCUMENTOS:
Súmula Borderô
78
X
77
78
PTS
77
5
A3C
7
27
A2C
20
9
LLC
16
41
RT
45
26
ASS
19

Pts: Pontos RT: Rebotes ASS: Assistências A3C: Arremessos de três certos A2C: Arremessos de dois certos LLC: Lances livres certos
(*) Colocação refere-se a rodada em que esta partida foi realizada

O São José/Unimed começou sua trajetória nas Finais do NBB com um grande resultado. Apoiado por sua calorosa torcida que compareceu em peso no Ginásio Lineu de Moura, a “Águia do Vale” venceu uma verdadeira batalha contra o Palmeiras/Meltex, em partida emocionane e decidida apenas na prorrogação, por 78 a 77, resultado que os deixou em vantagem na série oitavas de final da sexta edição do maior campeonato do país, por 1 a 0.

Para começar os playoffs com o pé direito, os joseenses contaram com grande atuação do armador dominicano Manny Quezada, que apesar de fazer apenas cinco pontos, distribuiu incríveis 19 assistências, o recorde no fundamento na história das Finais do NBB e segunda maior marca em todo campeonato – a maior pertence a Fúlvio, do próprio São José, com 21. Quem também teve papel determinante na vitória do time da casa foi o ala/pivô Jefferson William, responsável por um duplo-duplo de 12 pontos e 15 rebotes, além de Caio Torres, com 20 pontos.

“Fizemos um bom trabalho hoje. Tivemos a chance de abrir vantagem, mas não conseguimos. O Palmeiras defendeu muito bem e nos complicou com a marcação por zona. Acredito que isso tenha sido o diferencial, pois o jogo ficou amarrado.  Mas conseguimos nosso objetivo inicial que era a vitória, mas temos que pensar em um jogo de cada vez. Passado este, quarta-feira já tem mais”, comentou o capitão do São José, Jefferson.

Do lado palmeirense, destaque para o armador argentino Maxi Stanic, que também anotou dois dígitos em dois fundamentos, ao encerrar a partida com expressivos 13 pontos e 16 assistências na conta, além de ter apanhado oito rebotes. Grande parte das assistências do “hermano” alviverde foram para o pivô Átila dos Santos, que deixou a quadra com 18 pontos e seis rebotes.

Com  o triunfo, os comandados de Luiz Augusto Zanon seguiram a escrita do duelo e mantiveram a soberania absoluta dos mandantes no confronto entre joseenses e palmeirenses, que nunca foi vencido pela equipe visitante – antes desta, haviam sido disputadas quatro partidas entre as duas equipes na história do NBB, com duas vitórias para cada lado, todas do time que jogou em casa.

Por outro lado, o resultado positivo conquistado nesta segunda-feira tratou de quebrar uma escrita do time de São José dos Campos nas Finais. Nas três vezes que se classificou para as oitavas de final na história do NBB, a agremiação do Vale do Paraíba jamais havia vencido o Jogo 1 das séries, mas sempre conseguiu e virar as séries e avançar às quartas de final.

O Palmeiras começou melhor, com mais pegada e fez os quatro primeiros pontos da partida (4 a 0), porém, o São José deu a resposta rápida e logo virou o duelo (5 a 4). A partir daí, o confronto ficou “lá e cá” e as duas equipes passaram a revezar constantemente na liderança do marcador. Nos segundos finais, a vantagem era palmeirense, mas um arremesso de 2 pontos de Caio Torres fez com que os donos da casa encerrassem a primeira parcial vencendo, por 18 a 17.

Mas a história do confronto mudou no segundo período. Com ritmo de jogo arrasador e quente nos arremessos de fora, os joseenses anotaram dez pontos seguidos e ampliaram a diferença que era de um para 11 pontos (28 a 17). Abusando e usando da velocidade nos contra-ataques, o esquadrão do Vale do Paraíba seguiu aumentando sua vantagem, que chegou a ser de 14 pontos (36 a 22). Sob liderança do armador argentino Stanic, o Palmeiras conseguiu reduzir levemente o prejuízo e ir para os vestiários perdendo por dez pontos (38 a 28).

A vantagem do São José chegou a ser de 13 pontos logo no início do terceiro quarto (43 a 30), mas o Palmeiras não se deu por vencido e emplacou uma bela sequência de sete pontos seguidos, reduzindo a margem para apenas seis pontos (43 a 37). Através da boa presença do pivô Caio Torres, os donos da casa tornaram a deixar a diferença acima dos dez pontos, mas nos momentos finais da parcial, o clube de Palestra Itália foi superior e caminhou para a etapa final atrás por sete pontos (51 a 44).

Ao fazer oito dos 11 primeiros pontos do Palmeiras no início do quarto período, o pivô Átila dos Santos, sempre servido por Maxi Stanic, liderou a bela reação do time alviverde, que entrou de vez no jogo e reduziu a vantagem adversária para apenas dois pontos (58 a 56). A diferença permaneceu mínima até o minuto final, em que Stanic, através de dois lances livres, empatou o jogo (64 a 64).

Nos segundos finais, o São José chegou a colocar a mão na vitória e abrir três pontos de frente (67 a 64), mas quando o placar apontava 12 segundos para o fim, o ala Guto acertou uma bola de 3 pontos milagrosa e deixou tudo igual no confronto (67 a 67). Com a posse de bola em mãos, Manny Quezada foi pra cima tentar a bola da vitória, mas sua bandeja foi bloqueada por um lindo toco do palmeirense Wiggins, que levou o duelo para a prorrogação.

Com dois pontos de Stanic no primeiro lance do tempo extra, o Palmeiras finalmente passou à frente (69 a 67). Mas o time do Vale do Paraíba não se abalou com a perda da vantagem e tratou de recuperá-la em grande estilo. Depois de deixar tudo igual no placar (71 a 71), a equipe da casa roubou duas bolas em sequência e virou a partida através de duas belas bandejas do norte-americano Andre Laws (75 a 71), para delírio do público presente no Ginásio Lineu de Moura.

Quando o cronômetro indicava aproximadamente um minuto e meio para o fim do jogo, o São José tinha sete pontos de diferença e ali parecia que a vitória joseense estaria definida. Porém, não foi bem isso que aconteceu. Em dois ataques seguidos finalizados com bolas de 3 pontos – por Marcão e Neto – o Palmeiras encostou no placar e tornou a colocar fogo no jogo (78 a 77). No minuto final, as duas equipes não converteram seus ataques e a última bola do duelo ficou com os palmeirenses. Atrapalhados pela forte defesa do São José, os comandados de Betão tiveram que realizar seu arremesso final marcados, e Guto não obteve sucesso, o que decretou o suado e importante triunfo do time do Vale do Paraíba.

“O São José é uma bela equipe, uma equipe muito bem preparada. Mas esse foi só o primeiro jogo, e nas Finais são cinco. Acredito que temos muito pela frente ainda”, analisou o palmeirense Átila.

Agora, após abrir 1 a 0 na série, o São José terá a oportunidade de ampliar sua vantagem no confronto já nesta quarta-feira (09/04), novamente no ‘caldeirão’ Lineu de Moura, em São José dos Campos (SP), às 20 horas (de Brasília).