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Patamar elevado

28-11-2014 | 05:28
Por Liga Nacional de Basquete

Honroso vice-campeonato da Liga Sul-Americana 2014 consolida Mogi das Cruzes entre grandes potências do basquete no país com pouco mais de três anos de projeto

Mogi das Cruzes chegou ao vice-campeonato da Sul-Americana em apenas três anos de projeto  (Cleomar Macedo/Helbor)

Em franco crescimento, Mogi das Cruzes chegou ao vice-campeonato da Sul-Americana em pouco mais de anos de projeto (Cleomar Macedo/Helbor)

Mogi das Cruzes está, de fato, de volta às cabeças do basquete brasileiro. Importante praça da modalidade da bola laranja na década de 90, a cidade do Alto Tietê voltou a ter seu tradicional time de basquete entre os principais clubes do país através de um projeto cada ano mais organizado e estruturado, iniciado em 2011, e que na última quinta-feira (27/11), foi premiado com o histórico vice-campeonato da Liga Sul-Americana 2014.

O time mogiano chegou à disputa do título sul-americano após heroica vitória sobre o Boca Junior (ARG) na primeira partida do Final Four, na terça-feira (25/11), em duelo decidido na prorrogação, pelo placar de 87 a 85. Na grande final, a equipe comandada pelo técnico espanhol Paco García foi derrotada pelo anfitrião do quadrangular e poderoso Paschoalotto/Bauru, por 79 a 53, e ficou com o segundo lugar do continente.

“Chegar à final foi muito bom, sensacional. Estamos de parabéns por isso. Bauru jogou em casa, com apoio da torcida, que os ajudou muito. Parabéns pra eles, mas parabéns também pra cidade de Mogi das Cruzes. Mas ainda não acabou, temos um NBB pela frente ainda. Parabéns para o Bauru, mas parabéns para nós também”, comentou o ala norte-americano Shamell.

O novo projeto do basquete de Mogi das Cruzes está com quase quatro anos de vida e a cada ano que passa a cidade vai ficando cada vez mais envolvida com o time e, hoje, o Ginásio Professor Hugo Ramos, o “Hugão”, é praticamente garantia de casa cheia e espetáculo à parte da torcida, que cresce ano a ano e se torna mais apaixonada pela equipe e pela modalidade da bola laranja.

Basquete vai se tornando cada dia mais parte do dia-a-dia da cidade de Mogi das Cruzes (Cleomar Macedo/Helbor)

Basquete se tornou parte do dia-a-dia da cidade de Mogi das Cruzes e “Hugão” já virou um verdadeiro caldeirão (Cleomar Macedo/Helbor)

Os primeiros “tempos áureos” do basquete mogiano foram marcados pelo título Estadual de 1996, com presença do ex-jogador e atual técnico do Rio Claro, Chuí, e também chegou até as semifinais do nacional em 97, quando tinha em seu plantel atletas consagrados como Pipoka, Danilo Castro, Paulinho Villas-Boas, Ratto, Luisão, e o Cláudio Mortari como treinador.

Na última temporada, no entanto, o Mogi das Cruzes/Helbor repetiu o feito alcançado pela brilhosa equipe de 97 e surpreendeu a todos ao chegar à histórica semifinal do NBB 6 mesmo depois de encerrar a fase de classificação com a última vaga para os playoffs  (12ª colocação), sendo eliminado apenas pelo campeão Flamengo na disputa pela vaga na decisão, por 3 a 1.

Hoje, pode se dizer que os comandados de Paco García são responsáveis por proporcionar a cidade de Mogi das Cruzes “novos anos dourados”, com uma equipe liderada por Gustavinho, Thomas Gehrke e Filipin, remanescentes do início do projeto, e que hoje conta com grandes nomes do basquete brasileiro, como o norte-americano Shamell, Paulão Prestes, entre outros.

“Mogi é uma cidade que é apaixonada por basquete e essa evolução é um prêmio para todo mundo. Estou nesse projeto desde o início e muita gente já passou por esse time, alguns permaneceram, como eu, Filipin, Thomas. É importante passar por essa trajetória. É claro que não gostaríamos de perder, ainda mais dessa forma, mas não podemos desprezar um vice-campeonato continental para uma equipe que tem pouco mais de cinco anos de vida”, declarou o armador Gustavinho.

Na primeira competição internacional de seu novo projeto, Mogi garantiu presença nos quadrangulares semifinais da Sul-Americana (Divulgação/FIBA Américas)

Evoluindo em velocidade impressionante com o passar dos anos, onde o basquete de Mogi das Cruzes pode chegar? (Divulgação/FIBA Américas)