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Primeira dramática!


Gin. Prof. Hugo Ramos
Com dois lances livres de Robby Collum no último segundo de jogo, Minas leva a melhor sobre Mogi, fora de casa, e conquista sua primeira vitória no NBB 7
Por Liga Nacional de Basquete


O duelo desta quinta-feira entre Mogi das Cruzes/Helbor e Minas Tênis Clube foi, de fato, um teste para cardíaco. Diante de bom público presente no Ginásio Professor Hugo Ramos, no Alto Tietê, as duas equipes fizeram uma partida de arrepiar, acirrada do início ao fim e decidida apenas nos últimos segundos.
No fim, melhor para o clube de Belo Horizonte, que se aproveitou dos quatro lances livres errados pelos mogianos no minuto final e, na mesma moeda, através do ala/armador norte-americano Robby Collum, restando 1,5 segundos no cronômetro, levou a melhor sobre os paulistas e conquistou sua primeira vitória no NBB 7, pelo placar de 61 a 60, em partida transmitida ao vivo pelo site da LNB.
“Foi uma grande vitória e estamos muito felizes. O trabalho que vem sendo feito todos os dias hoje foi premiado com essa vitória. No primeiro jogo (contra São José) tivemos muitos erros no final. Mas hoje viemos para cá determinados e sabendo que tínhamos condições de vencer. Vencemos uma grande equipe e a sensação com essa vitória fora de casa é muito boa”, comentou o ala Alex Oliveira, do Minas.
O principal destaque do Minas no duelo ficou por conta do experiente pivô Shilton, responsável por 14 pontos. Apesar do resultado negativo, o cestinha da noite veio do Mogi: o ala/armador norte-americano Shamell, que mesmo deixando a quadra com 24 pontos conta, lamentou muito seus lances livres desperdiçados no final do jogo e assumiu a culpa da derrota.
“Faltou eu fazer os dois lances livres no fim. Normalmente eu não erro lances livres no fim. Eu carrego a culpa dessa derrota, foram aqueles dois lances que eu errei. Mas parabéns pro Minas. Jogaram muito bem, só com um americano e cinco ou seis garotos. Precisamos corrigir nossos erros. O NBB é assim. Eu não esperava nada diferente do NBB 7, um campeonato que será muito equilibrado. Hoje nós brigamos, mas parabéns pra eles”, lamentou Shamell.
Com o resultado desta partida, as duas equipes agora somam uma vitória e uma derrota na atual temporada do NBB (50% de aproveitamento). Os minastenistas voltarão à quadra já na próxima terça-feira (11/11), diante do Basquete Cearense, fora de casa, às 19h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV. Na próxima quinta, o Mogi recebe o Pinheiros/SKY, às 20 horas.
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“Nossa defesa cometeu muitos erros. Deixamos o Shilton e o Danilo, que faz muitas bandejas, jogarem facilmente. Fizemos poucas faltas, faltou intensidade mesmo. Às vezes a gente acha que o jogo é fácil, mas não existe jogo fácil. Temos que entrar em quadra pra vencer sempre. Lutamos e brigamos muito hoje, mas na próxima partida a vontade será maior, pois a cobrança também será maior”, completou Shamell.
O jogo
Apesar de estar jogando fora de casa, o Minas começou melhor a partida e construiu boa diferença nos minutos iniciais através da pontaria certeira nas bolas de 3 pontos (10 a 4). Empurrado por sua torcida, o Mogi se recuperou e encostou no placar, chegando a reduzir a frente adversária para apenas dois pontos (13 a 11). A reação dos donos da casa, por sua vez, não teve força para virar o placar e os mineiros venceram o primeiro quarto, por 18 a 15.
Na parcial seguinte, o clube de Belo Horizonte seguiu ignorando a pressão da torcida adversária e, melhor na defesa, chegou a abrir oito pontos de diferença (29 a 21). A partir daí, os comandados de Paco García acordaram de vez no jogo e mudaram sua postura, principalmente na defesa. Com marcação serrada, os mogianos ficaram cinco minutos sem sofrer pontos e empataram a partida (29 a 29), porém, o Minas fez uma cesta no finalzinho e foi para os vestiários na frente, por 31 a 30.
Ao voltar do intervalo, os mogianos, enfim, passaram à frente pela primeira vez na partida (33 a 31). No entanto, a equipe da casa não tiveram vida fácil e os minastenistas seguiram na sua cola durante todo o tempo. Enquanto o Mogi contava com grandes aparições do norte-americano Tyrone, o Minas tinha no também estadunidense Robby Collum seu principal articulador de jogadas. Melhor para os visitantes, que no minuto final, imprimiram uma bela sequência e fecharam o terceiro quarto com cinco pontos de vantagem: 48 a 43.
O clube de Minas Gerais seguiu com bom ritmo e, novamente com boas jogadas de Robby Collum, abriram sua maior vantagem na partida até então: oito pontos (54 a 46). Mas, o Mogi não jogou a toalha, se aproveitou das precipitações dos adversários e emplacou uma sequência de 7 a 0, que reduziu a diferença para apenas um ponto (54 a 53) e forçou o técnico Demétrius e parar o jogo com um tempo técnico.
A parada não teve o efeito desejado para o treinador minastenista, que mais tarde, levou uma falta técnica e permitiu que os mogianos empatassem o jogo. Em meio a forte defesa dos donos da casa, o Minas não conseguiu se encontrar no ataque e o Mogi, sob o comando de Shamell e do Ginásio Hugo Ramos inteiro, conseguiu a virada novamente, para 60 a 56.
Com um minuto para o fim, o Mogi não aproveitou sua posse de bola, e o Minas se aproveitou e fez uma cesta e falta com Danilo Siqueira, que ainda converteu o lance livre de bonificação e reduziu a vantagem mogiana para apenas um ponto (60 a 59), restando pouco mais de 30 segundos para o fim.
Os donos da casa tornaram a desperdiçar sua posse de bola e, com menos de 20 segundos para acabar, Robby Collum teve a chance de colocar os mineiros em vantagem, mas errou o arremesso de 2 pontos. Com a bola nas mãos, Shamell recebeu uma falta rápida e foi para a linha dos lances livres. O norte-americano, no entanto, errou as duas tentativas, mas o pivô Daniel Alemão pegou o rebote ofensivo e sofreu nova falta de Shilton, e foi para a linha dos lances livres.
Assim como Shamell, Alemão também desperdiçou as duas cobranças e, desta vez, o rebote ficou com o Minas, com sete segundos para o fim. Com 1,5 segundos para o fim, Robby Collum partiu pra cima da defesa e sofreu uma falta de Guilherme Filipin. Na linha dos lances livres, o gringo foi perfeito, e deixou o Minas em vantagem nos últimos segundos (61 a 60). Em sua posse, do meio da quadra, o Mogi ainda teve a chance de executar um arremesso para virar o jogo, mas o armador Elinho, marcado e desequilibrado, errou o tiro de 3 pontos e a vitória ficou mesmo com os mineiros.
“Temos um time muito jovem. Eu, o Shilton e o Collum damos muitas dicas para os garotos. É uma equipe que tem muito talento, muita força física, e com certeza é uma experiência muito boa fazer parte deste time. Ainda vamos dar bastante trabalho para outras equipes no NBB. Mostramos nossa cara hoje e vamos continuar assim durante todo o NBB”, concluiu Alex Oliveira.