#JOGAJUNTO

NBB Caixa

Sangue frio

Flamengo FLA 65
x
69 Mogi MOG
19
1ºQ
X
16
16
2ºQ
X
14
16
3ºQ
X
20
14
4ºQ
X
19

Tijuca Tênis Clube

14 de maio de 2014

Diante de forte presença da torcida rubro-negra, Mogi segura ataque do Flamengo, mostra tranquilidade no fim e iguala a série semifinal do NBB em 1 a 1

DOCUMENTOS:
Súmula
65
X
69
65
PTS
69
6
A3C
6
19
A2C
19
9
LLC
13
31
RT
41
16
ASS
12

Pts: Pontos RT: Rebotes ASS: Assistências A3C: Arremessos de três certos A2C: Arremessos de dois certos LLC: Lances livres certos
(*) Colocação refere-se a rodada em que esta partida foi realizada

O Mogi das Cruzes/Helbor empatou a série semifinal do NBB 2013/2014 contra o Flamengo. Mesmo atuando diante de forte presença do público rubro-negro no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, o time paulista teve tranquilidade nos momentos decisivos para vencer a partida realizada na noite desta quarta-feira, por 69 a 65, e igualar o confronto que definirá um dos finalistas da atual temporada do maior campeonato de basquete do país em 1 a 1.

O jogo teve um enredo único: o equilíbrio. Durante todos os 40 minutos, as equipes se equivaleram e promoveram diversas alternâncias na ponta do placar. Então, o duelo chegou para seus minutos finais completamente em aberto. Então, o time comandado pelo técnico espanhol Paco García mostrou muita tranquilidade, mesmo depois de estar sete pontos atrás (57 a 50), para assumir e não largar mais a liderança do marcador.

“Essa tranquilidade veio por conta da nossa defesa. Eles não pontuavam e nós tínhamos tranquilidade para atacar na sequência. Aliado a isso, tivemos o domínio dos rebotes, coisa que no primeiro jogo não conseguimos. Ficamos o jogo inteiro focados em chegar no final da partida com chances de ganhar e conseguimos um bom rendimento nos minutos finais. O time está de parabéns, mas temos que ter a consciência de que demos apenas um passo dentro da série”, declarou o armador Gustavinho, que foi um dos grandes protagonistas do triunfo mogiano, com nove pontos e sete assistências.

“Erramos muito. Nossa defesa não foi ruim e limitamos eles a 69 pontos. O problema foi o nosso ataque. Não nos apresentamos bem e ficou difícil de reverter no final. Mas agora temos que esquecer esse resultado e pensar nos dois jogos lá em Mogi”, disse o técnico flamenguista José Neto.

Com a série empatada em 1 a 1, Mogi jogará duas vezes seguidas em casa e terá a chance de fechar a série ao lado de sua torcida. O primeiro jogo do confronto em solo paulista será no próximo sábado, no Ginásio Professor Hugo Ramos, às 20h30 (de Brasília), com nova transmissão ao vivo dos canais SporTV. Depois, as equipes voltam a se enfrentar na próxima segunda-feira, às 20h30.

 

O Flamengo começou a partida de maneira arrasadora. Sem deixar os rivais terem facilidade para pontuar e com bons lances de Laprovittola e Meyinsse do outro lado da quadra, o time da casa precisou de apenas quatro minutos para abrir 11 pontos de frente (13 a 2) e empolgar sua torcida.

Diante do cenário ruim, o técnico mogiano Paco García resolveu parar o jogo e então tudo mudou. Mais concentrado depois do tempo técnico de seu treinador, Mogi igualou as ações rapidamente, graças aos desempenhos de Filipin e Toledo. Primeiro, o time paulista impôs uma rápida sequência de 7 a 0 e reduziu o prejuízo (13 a 9). Depois, os visitantes chegaram até a virar o jogo (16 a 15). Mas, nos instantes finais do primeiro quarto, Laprovittola e Meyinnse voltaram a aparecer bem e foi o clube da Gávea quem fechou o primeiro quarto na frente: 19 a 16.

Com boas jogadas de Jason Smith, Mogi conseguiu reassumir a ponta do marcador no início do segundo período (20 a 19). Mas a alegria dos representantes do Estado de São Paulo durou pouco. Uma bola de três pontos certeira de Marcelinho devolveu a liderança ao Flamengo (22 a 20) e na sequência a diferença subiu para oito pontos (30 a 22). Apesar das rápidas trocas de liderança logo em seu início, a segunda parcial foi bastante truncada.

Sem apresentar regularidade em seu ataque, os anfitriões não conseguiam ampliar sua vantagem. Por sua vez, os visitantes também não estiveram bem e não conseguiram aproveitar o momento para encostar. Desta maneira, o duelo chegou a sua metade com os rubro-negros ainda em vantagem: 35 a 30.

A defesa mogiana funcionou muito bem na volta dos vestiários e a equipe teve quadra aberta para contra-atacar. Então, os visitantes promoveram nova mudança no comando do placar e colocaram três pontos de frente (41 a 38). Em seguida, o Flamengo recuperou a liderança (42 a 41), mas Mogi voltou a se apresentar melhor e, após um tiro de três pontos certeiro de Gustavinho, abriu vantagem de quatro pontos (46 a 42). A tática dos rivais serviu de inspiração para a equipe carioca subir de produção.

Depois de um pedido de tempo do técnico José Neto, o Flamengo passou a exercer uma forte defesa e também conseguiu pontuar bastante em contra-ataques. Com destaque para Gegê, incansável dos dois lados da quadra, o time da casa virou o jogo novamente e ainda conseguiu colocar quatro pontos de frente (51 a 47) para inflamar ainda mais sua barulhenta torcida. Mas no último lance do terceiro período, Toledo converteu um tiro de longa distância no estouro do cronômetro e o jogo chegou para seus dez minutos finais com as equipes separadas pela diferença mínima de um ponto: 51 a 50.

Ataques bem trabalhados levaram a vantagem dos cariocas rapidamente para sete pontos (57 a 50), em pouco mais de dois minutos jogados na parcial final. O bom momento flamenguista não teve sequência e Mogi aproveitou para voltar a figurar na liderança. Primeiro, Jason Smith marcou cinco pontos seguidos e a diferença caiu para dois pontos (59 a 57). Depois, Gustavinho protagonizou duas belas jogadas e os visitantes assumiram a ponta do marcador (61 a 59), com quatro minutos para o fim do jogo.

Após uma “troca de cestas”, Mogi seguiu na frente, ainda por um ponto (66 a 65), com pouco menos de um minuto para o fim do jogo. Atrás no placar, o Flamengo recorreu às faltas para segurar o cronômetro e o escolhido foio Toledo. O camisa 13 do Mogi errou os dois lances livres que teve direito, mas Jeff Agba ganhou o rebote ofensivo e a posse de bola continuou com os visitantes. Foi então que Toledo apareceu novamente, desta vez, para o bem de seu time, ao aproveitar um rebote ofensivo e ampliar a vantagem para três pontos (68 a 65). Com a posse de bola nas mãos para tentar empatar o jogo, os cariocas falharam e Filipin, após ficar com o rebote, deu números finais ao jogo com um lance livre certeiro.