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Mogi e Flamengo se enfrentarão pela 3ª vez em semifinais e carregam um histórico de rivalidade e grandes jogos (Antonio Penedo/Mogi Helbor)

Uma das vagas nas Finais do NBB CAIXA 2017/2018 será decidida com um clássico que, apesar de recente, é recheado de história e rivalidade: Flamengo (1º) e Mogi das Cruzes/Helbor (4º).

Duas das maiores potências do basquete brasileiro atual, as equipes abrirão as semifinais da competição neste sábado (28/04), no Ginásio Hugo Ramos, em solo mogiano, às 14 horas, com transmissão dupla da Band e do SporTV.

Para explicar a tal rivalidade entre Flamengo e Mogi, basta olhar os confrontos recentes entre eles, alguns deles repletos de confusões e muitos decididos nos segundos finais. Além disso, será a terceira vez que as equipes se encontram em semifinais de NBB CAIXA.

Quer saber um pouco mais sobre essa série? Separamos seis elementos que deixam essa série imperdível!

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.

Duas semifinais

Flamengo e Mogi já se encontraram duas vezes em semifinais de NBB CAIXA, ambas vencidas pelos cariocas. No entanto, cada uma delas aconteceu em uma situação diferente. E você vai entender o porquê.

-2013/2014

A primeira foi em 2013/2014, somente o segundo ano Mogi no NBB CAIXA. Naquela ocasião, a equipe paulista disputava seu primeiro playoff na competição e chegou às semis depois de terminar a fase de classificação na 12ª colocação e fazer história ao eliminar Pinheiros nas oitavas (3 a 1) e Limeira nas quartas (3 a 2), ambas sem o mando de quadra.

O Flamengo, por outro lado, era o atual campeão do NBB CAIXA e havia terminado a fase de classificação na liderança. Os rubro-negros chegaram à semi depois de despachar o Bauru nas quartas de final (3 a 1) e caminhavam firme para mais um título.

Embalado por feitos históricos, o Mogi, que tinha Gustavinho Lima, Marcus Toledo e o remanescente Filipin, venceu o Jogo 2 da série contra o Flamengo em pleno Rio de Janeiro, mas acabou perdendo o confronto por 3 a 1 para o clube da Gávea, que tinha Laprovittola, Meyinsse e o trio Marquinhos, Marcelinho e Olivinha.

Com Marcelinho e Meyinsse, Flamengo eliminou a “surpresa” Mogi nas semifinais de 2013/2014 (João Pires/LNB)

-2015/2016

Dois anos depois, Flamengo e Mogi se encontraram novamente nas semifinais, mas agora em um cenário diferente. Foi a primeira temporada de Shamell, Larry, Tyrone e Jimmy juntos no time mogiano, que terminou a fase de classificação em quinto e eliminou o Vitória nas oitavas (3 a 0) e o Solar Cearense nas quartas (3 a 1).

Do outro lado, os rubro-negros tinham Rafa Luz e JP Batista ao lado do mesmo trio Marquinhos, Marcelinho e Olivinha. A equipe mais uma vez foi líder da fase de classificação e foi à semi depois de varrer o Rio Claro nas quartas de final (3 a 0).

O Mogi venceu os Jogos 1 e 3 contra o Flamengo e teve a chance de fechar a série em casa, mas viu os então tricampeões do NBB CAIXA ganharem o Jogo 4 no Hugão (93 a 91) e fecharem o confronto no Rio de Janeiro na quinta partida (79 a 75), 3 a 2.

Flamengo e Mogi se reencontraram nas semis de 2015/2016, e o desfecho foi o mesmo: vitória rubro-negra (João Pires/LNB)

Jejum mogiano

A superioridade do Flamengo não existiu somente nas duas semifinais. Em toda a história do NBB CAIXA, as equipes se enfrentaram 21 vezes, com 17 vitórias para os cariocas e apenas quatro para os mogianos.

Inclusive, a última vez que o Mogi venceu os rubro-negros foi justamente no Jogo 3 das semifinais do NBB CAIXA 2015/2016, no Tijuca Tênis Clube, por 83 a 77, no dia 09 de maio de 2016.

De lá para cá, seis partidas foram realizadas, duas temporadas se passaram, e nada de triunfos para os mogianos. Chegou a hora de colocar um ponto final no jejum?

Última vitória do Mogi sobre o Flamengo foi na temporada 2015/2016, no Rio de Janeiro (Divulgação/Flamengo)

Apesar da larga superioridade rubro-negra, o equilíbrio sempre esteve presente no confronto. Dos 21 jogos entre as equipes, 17 tiveram diferença menor de dez pontos, o que mostra que, apesar do resultado final, a disputa é intensa e emoção não falta.

Temporada rubro-negra

Na atual temporada, o Flamengo venceu os dois jogos contra Mogi na fase de classificação. No primeiro turno, na Arena Carioca 1, a equipe do técnico José Neto levou a melhor por 77 a 71. Com destaque para o trio Marquinhos, JP Batista e Ramon, que combinou para 63 pontos.

Já no returno, no Ginásio Hugo Ramos, o duelo foi definido como uma verdadeira batalha. Com 18 trocas de liderança no placar, o Flamengo contou com participação decisiva de Varejão no minuto final e venceu por 75 a 72.

Varejão foi autor dos cinco últimos pontos da equipe na partida, sendo um tapinha a 30 segundos do fim e dois lances livres que deixaram a vantagem em três pontos (75 a 72). Com 20 pontos, o armador venezuelano David Cubillán foi o cestinha da partida, seguido por Marquinhos, com 15.

#NBBnaBand
Alguém segura o cestinha do @NBB aí!
Marquinhos voltou para esse 2° tempo on fire 🔥
Com bela bola de #3PontosSky o @TimeFlamengo vira o jogo pic.twitter.com/3kQ1a5D3Zt

— NBB CAIXA (@NBB) March 10, 2018

Ao final da fase de classificação, o Flamengo ficou com a liderança, com campanha de 25 vitórias e apenas três derrotas. Nas quartas de final, varreu o Minas Tênis Clube (9º), por 3 a 0. Enquanto isso, o Mogi terminou a primeira fase em quarto, com 19 triunfos em 28 jogos. Para ir à semi, o time mogiano eliminou o Banrisul/Caxias (5º) nas quartas de final, por 3 a 1.

Os maiores

Outro atrativo da série entre Flamengo e Mogi será o encontro entre os dois maiores cestinhas da história do NBB CAIXA: Shamell (6.502 pontos) e Marquinhos (5.832 pontos).

Na atual temporada, os dois também estão entre os melhores pontuadores, mas em uma distância maior. Marquinhos é o primeiro do ranking (18,6 pontos por jogo), enquanto Shamell é o sexto (15,1 pontos por jogo).

Shamell e Marquinhos são os dois maiores cestinhas da história do NBB CAIXA (Bruno Lorenzo/LNB)

Nos confrontos diretos entre eles no NBB CAIXA, o ala rubro-negro leva ampla vantagem, com 12 vitórias em 16 partidas contra o norte-americano, considerando duelos entre Flamengo x Pinheiros e Flamengo x Mogi.

Nesses respectivos duelos, no entanto, quem pontua mais é Shamell: 19,0 pontos de média nas partidas contra Marquinhos, que anota em média 16,6 pontos contra o norte-americano.

E sabia que os dois já jogaram juntos? Foi no Pinheiros, durante duas temporadas (2010/2011 e 2011/2012). Juntos eles levaram o clube pinheirense a duas semifinais de NBB CAIXA, mas em ambas acabaram eliminados pelo Brasília, campeão nos dois anos.

Junto de Olivinha, os cestinhas dupla Shamell e Marquinhos já jogaram juntos no Pinheiros (João Pires/LNB)

Rivalidade especial

Não há como falar da rivalidade de Flamengo x Mogi sem citar Marcelinho x Tyrone. Referências de suas equipes, os dois se envolveram em algumas polêmicas nos últimos anos.

Uma das confusões, inclusive, chegou a parar o STJD por conta de uma acusação de agressão de Tyrone que gerou uma lesão de tornozelo em Marcelinho no segundo turno da temporada passada do NBB CAIXA. O norte-americano acabou suspenso por dois jogos, e o camisa 4 rubro-negro absolvido.

O último episódio foi justamente no duelo entre Mogi e Flamengo na fase de classificação deste NBB CAIXA, no Hugo Ramos. Na última posse de bola, houve uma disputa de bola intensa no garrafão e Tyrone acabou atingindo Marcelinho. Um princípio de confusão foi iniciado, mas rapidamente os ânimos se acalmaram.

Eles querem as Finais

Flamengo e Mogi estão na “sede” de ir à decisão.

Tetracampeão consecutivo do NBB CAIXA (entre 2012/2013 e 2015/2016), o clube da Gávea teve sua sequência de títulos interrompida na temporada passada com uma eliminação surpreendente nas quartas de final para o EC Pinheiros, por 3 a 2.

Por isso, voltar a decidir o título é o desejo número um dos rubro-negros.

Do outro lado, o Mogi quer sair do “quase” e finalmente ir às Finais do NBB CAIXA. A equipe mogiana foi às semifinais outras três vezes e em nenhuma obteve sucesso.

Foram duas contra o Flamengo, nas edições 2013/2014 (3 a 1) e 2015/2016 (3 a 2), e uma contra o Bauru, na temporada 2014/2015 (3 a 2). Por isso, a “gana” do time do Alto Tietê fica ainda maior.

Calendário da série

Jogo 1 – 28/04 (sábado), às 14 horas, Ginásio Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes (ao vivo na Band e SporTV)

Jogo 2 – 04/05 (sexta), às 20 horas, Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro (ao vivo no SporTV)

Jogo 3 – 06/05 (domingo), às 14h30, Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro (ao vivo no SporTV)

Jogo 4* – data e horário a definir, Ginásio Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes

Jogo 5* – data e horário a definir, Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro

*Se necessário