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NBB Caixa

7 motivos

27-04-2018 | 07:13
Por Liga Nacional de Basquete

Reedição da última final, duelo de jovens talentos e equipes “no momento”: confira razões especiais para não perder a série semifinal entre Paulistano e Bauru

Rivais nas Finais da temporada passada, Paulistano e Bauru farão novo confronto decisivo, desta vez nas semis (João Pires/LNB)

O destino colocou os finalistas da última temporada frente a frente em uma das semifinais da atual edição do NBB CAIXA. Paulistano/Corpore e Sendi/Bauru Basket duelarão por um lugar na grande decisão, em um duelo recheado de elementos e histórias especiais.

O primeiro capítulo da série acontece nesta segunda-feira (30/04), às 20 horas, no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru, com transmissão ao vivo dos canais SporTV. Depois, as duas partidas seguintes serão disputadas no Ginásio Antonio Prado Junior, em São Paulo, nos dias 05 e 07/05 (sábado e segunda). Os Jogos 4 e 5 ainda não têm datas definidas.

Quer saber o porquê essa série será imperdível? O site da LNB te traz abaixo sete motivos especiais que cercam o confronto.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.

Reedição da Final

Pela primeira vez na história, o NBB CAIXA terá os dois últimos finalistas se enfrentando em uma das semifinais. E a reedição será ainda mais apimentada por conta do enredo da série que definiu o campeão da última temporada.

Com um time jovem, que tinha Arthur Pecos, Georginho e Lucas Dias como principais protagonistas, o Paulistano abriu a série com vitória em casa, por 82 a 78. No duelo seguinte, em pleno Panela de Pressão, o time da capital paulista voltou a vencer, desta vez por 78 a 74, e abriu 2 a 0 de frente na série.

Só que tudo mudou, mesmo. A partir do Jogo 3, o confronto migrou para ginásios maiores e Bauru fez o que parecia improvável. Depois de vencer pela primeira vez na série, por 90 a 79, a equipe venceu também o Jogo 4, disputado no Ginásio do Corinthians, por 81 a 64, e deixou tudo igual.

No Jogo 5, a experiência do Dragão fez a diferença. Dominante do início ao fim, o time do interior paulista venceu a partida decisiva, por 92 a 73, e conquistou o título da NBB CAIXA pela primeira vez, com direito à segunda virada seguida nos playoffs, já que nas semifinais derrotou o Pinheiros por 3 a 2 também depois de perder as duas primeiras partidas.

Garotos de ouro

A série colocará frente a frente dois dos principais jovens talentos do basquete brasileiro: Yago Matheus, do Paulistano, e Gabriel Jaú, do Bauru. Ambos de 19 anos, os garotos já são realidade em suas equipes e vêm mostrando jogo a jogo o porquê são considerados dois dos mais promissores nomes da nova geração.

Efetivos no NBB CAIXA desde a última temporada, os dois atletas entraram para a história ao serem os mais jovens a pontuarem em uma partida das Finais. Yago, por ser seis meses mais novo, ficou com esse “posto”, mas foi Jaú quem saboreou o gosto de levantar o troféu de campeão.

Nesta temporada, os dois garotos tiveram seus momentos especiais. Entre tantos dribles desconcertantes e bolas de 3, Yago teve uma de suas melhores atuações justamente diante do Bauru, quando bateu seu recorde pessoal e marcou incríveis 31 pontos. Os 25 pontos em apenas 16 minutos contra o Botafogo também foram emblemáticos.

Por sua vez, Jaú ganhou ainda mais importância na equipe durante os playoffs e teve no Jogo 4 contra o Vasco, com 17 pontos e dez rebotes, e no Jogo 2 contra Franca, com 16 pontos e sete rebotes, seus principais momentos.

As “jovens realidades” terão mais um teste de fogo em sua carreira durante a série. Mas não há dúvidas de que a dupla tem um futuro brilhante pela frente. Aliás, ambos se inscreveram para o próximo Draft da NBA.

CAP histórico

O Paulistano fez história nesta temporada e chega às semifinais de maneira diferente das duas vezes anteriores. Com um jeito de jogar “diferente”, com muita velocidade e bolas de 3 de tudo quanto é canto, o Paulistano roubou a cena no NBB 10 e se tornou aquela equipe que todos querem ver jogar.

Com 22 vitórias seguidas, a equipe estabeleceu a quarta maior sequência invicta da história do NBB CAIXA. Alguns destes resultados foram impressionantes, como a vitória sobre o Flamengo no Rio de Janeiro, os triunfos convincentes sobre Mogi, Franca e Bauru e os elásticos placares contra Vasco e Botafogo.

Dono da segunda posição na fase de classificação, o Paulistano se classificou direto às quartas de final. O rival foi o Solar Cearense e o início da série foi ruim para os paulistas, com derrota por 72 a 67. Mas, depois de vencer os dois jogos em São Paulo, a equipe fez história mais uma vez. Atuando como o “bom e velho CAP, a equipe venceu o Jogo 4, por 98 a 57 e fechou o confronto com a mais larga vitória dos playoffs do NBB CAIXA.

Bauru on fire

Atual campeão, Bauru fez uma fase de classificação cheia de altos e baixo. O sexto lugar exemplifica bem isso. Mas nos playoffs tudo mudou e a equipe chega às semifinais com a moral altíssima.

Nas oitavas, a equipe encarou o Vasco e a série teve um mix de drama, superação e emoção. No Jogo 1, Alex Garcia vinha fazendo uma daquelas atuações memoráveis, mas após marcar 23 pontos (15 no terceiro quarto) precisou deixar a quadra com uma lesão no joelho. A alegria pela vitória, por 93 a 84, ficou contrastada com a tristeza: o “Brabo” teve uma grave contusão e só voltará a jogar entre seis e oito meses.

Sem seu principal jogador, a equipe ainda perdeu Renan Lenz logo no início do Jogo 2 e viu o Vasco empatar a série. Mas, depois de vencer o Jogo 3, Bauru conquistou uma virada épica na partida seguinte para fechar a série. Lembra daquele lance do Duda “à la Boracini”? Sim, foi ele que selou a classificação do Dragão às quartas.

O adversário seguinte foi o Sesi Franca Basquete e o que se viu no duelo entre os rivais do interior paulista foi um domínio absoluto do Bauru. Após triunfar no Jogo 1, em casa, a equipe foi até o Ginásio Pedrocão e, com duas vitórias contundentes, fechou a série em 3 a 0 para chegar às semifinais pela quinta vez, a quarta consecutiva.

1 x 1

Uma vitória para cada lado. Assim foi o encontro entre as equipes na fase de classificação. Curiosamente as duas partidas foram disputadas na casa do Paulistano, já que Bauru estava punido pelo STJD e, por não poder atuar no Panela de Pressão, “mandou” a abertura da temporada no Ginásio Antonio Prado Junior.

Em uma partida bastante equilibrada, o Dragão contou com um arremesso decisivo de Duda Machado nos instantes finais para vencer por 72 a 71. Com pouco menos de 20 segundos para o fim, o ala/armador bola de dois pontos que virou o jogo e selou a vitória do Bauru.

Já na partida do segundo turno, o Paulistano venceu com um show de Yago. Com sua melhor atuação no NBB CAIXA, o garoto marcou 31 pontos e comandou o triunfo do clube da capital paulista, por 88 a 79.

Cenário especial

Lucas Dias voou na série contra o Solar Cearense. Depois de fechar a fase de classificação com média de 10,2 pontos por jogo, o camisa 9 “explodiu” nos playoffs e se tornou a principal referência ofensiva do Paulistano.

Nas quatro partidas das quartas de final, Lucas foi o cestinha da equipe em três e fechou com média de 16,8 pontos por jogo. Tudo isso com direito a ótimos aproveitamento de 56,3% nas bolas de 3, 60,0% nos arremessos de 2 e 76,9% nos lances livres.

Natural de Bauru, o jogador terá um ingrediente a mais para esta série e mais uma vez atuará contra a equipe de sua cidade natal. Nos jogos anteriores no Panela de Pressão, sempre com boa parte de sua família nas arquibancadas, Lucas colecionou boas atuações. Na última vez em que esteve lá no NBB CAIXA, marcou 20 pontos e liderou a vitória do Paulistano no Jogo 2 das Finais da temporada passada.

HettsFIRE

Com a ausência de Alex, o peso em cima de Hettsheimeir subiu ainda mais. Mas o pivô vem dando conta do recado com maestria. “On fire”, o camisa 30 tem incríveis aproveitamentos de 40,6% nas bolas de 3, 55,6% nos arremessos de dois e 89,7% nos lances livres nos playoffs – sua média é de 16,4 pontos por jogo.

Na série contra o Vasco, com exceção à derrota bauruense no Jogo 2, Hettsheimeir chegou sempre à casa dos 20 pontos (23, 22 e 23). Já diante do Franca, em meio a uma série truncada, o pivô viu sua pontuação cair, mas com expressivos duplos-duplos nos Jogos 2 e 3 – 13 pontos e 12 rebotes e 12 pontos e 16 rebotes, respectivamente – foi para lá de fundamental para a classificação do Dragão.

Sem dúvidas, o sucesso do Bauru na série contra o Paulistano passará muito pelo desempenho de Hettsheimeir. Até agora, o pivô mostrou que pode conduzir o time com o desfalque de Alex. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.