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A dupla dos 2.388 rebotes

18-10-2012 | 12:00
Por Liga Nacional de Basquete

Flamengo une Olivinha e Shilton, os maiores reboteiros da história do NBB, em busca do garrafão mais forte do país

Olivinha e Shilton, os dois maiores reboteiros, agora juntos por um só ideal: pegar rebotes pelo Flamengo (Montagem/LNB)

Se depender da nova dupla de pivôs contratada para esta temporada, não vão faltar rebotes ao Flamengo. Ao se reforçar com Olivinha e Shilton, o clube rubro-negro simplesmente colocou lado a lado os dois maiores reboteiros da história do NBB. Antes rivais, agora unidos no garrafão.

Olivinha é o maior reboteiro de todas as edições da competição, com 1.220. Já Shilton tem 1.168. Trata-se de um garrafão de 2.388 rebotes, para ninguém botar defeito. Na temporada passada do NBB, ambos alcançaram a mesma marca: 270. O mais próximo da dupla é Murilo, do São José, líder no último campeonato com 358 e até o momento com 1.159 no total de todos os anos.

“Tem o risco de sermos o time com o maior número de rebotes do NBB”, brincou Olivinha, cuja opinião é compartilhada por Shilton. “Temos grandes chances, mesmo”, falou.

A escolha pelos dois maiores reboteiros do NBB não foi por acaso. O técnico do Flamengo, José Neto, afirmou que as contratações fizeram parte de um plano para dar uma nova cara ao estilo de jogo do time carioca. “Na montagem do time, eu fiz uma análise a partir da referência de quando enfrentava o Flamengo como rival, que era um time muito ofensivo. A gente se preocupou com o caráter defensivo da equipe”, disse.

Realmente, dentro do garrafão, Olivinha e Shilton são temidos pela grande capacidade de brigar pela bola. Por muito tempo, ambos batalhavam um contra o outro, mas agora vivem um novo momento, de ajuda mútua. A afinidade de dois jogadores com uma grande característica em comum foi algo natural.

Os dois já brigaram muito pela bola um contra o outro nos garrafões do NBB (João Pires/Divulgação)

“Para mim, vai ser muito bom jogar ao lado do Shilton. Somos dois jogadores bastante agressivos defensivamente, eu lembro que quando nos enfrentávamos, sempre sobrava alguma coisa para um dos dois”, relembrou Olivinha. “A gente está sempre conversando dentro da quadra. São dois guerreiros, não existe bola perdida para a gente. Um vai puxar o outro. A torcida pode esperar bastante comprometimento de nós dois e muita garra. Estamos sempre lutando. Quem ganha com isso é o Flamengo”, completou.

“Éramos rivais dentro de quadra, até porque naturalmente ocupávamos a mesma posição na quadra. Eu joguei muitos anos com o irmão dele, posso dizer que já tinha uma afinidade com a família. Por isso, nossa relação tem sido melhor do que esperava. A afinidade iria aparecer, mas me surpreendeu da forma como foi. O entrosamento pessoal e dentro da quadra foi bem fácil”, declarou Shilton.